sábado, 18 de fevereiro de 2017

manter o país sob controlo, custe o que custar...

o PS e os seus porta-vozes oficiais ou informais vêm exibindo uma riquíssima paleta de estratégias, umas concertadas, outras desconcertantes, todas atiradas para a arena sem especial ordem de preferência, inteligência ou, convenhamos, vergonha na cara.
Com o rigor possível, consegui catalogar algumas:
- Estratégia A Minha Pátria é a Banca Portuguesa.
a CGD é uma instituição sensível que deve ser tratada com consideração e pinças. Perder tempo com irrelevâncias…é, vendo bem, um acto de traição.
- Estratégia O Respeitinho é Lindo. 
é indecente andar-se a julgar o carácter alheio, principalmente de personalidades que não possuem nenhum. Vilezas assim só se admitem, e até incentivam, quando o julgado pertence à “direita”.
- Estratégia Galo de Barcelos. 
-insistir nestas polémicas escusadas dá uma péssima imagem do lá fora.
Estratégia Amigos Para as Ocasiões. 
O que passou, passou. A quem importam os SMS trocados? Que interessa quem disse e fez o quê? Não queremos construir um futuro comum? De que vale agora apontar culpas?
- Estratégia Ocasiões Para os Amigos. 
a culpa é obviamente do dr. Domingues, que reclamou intoleráveis privilégios – os drs. Centeno, Costa e Marcelo são inocentes em ambos os sentidos da palavra. …
Ou, melhor ainda, a culpa é da “direita”, porque as leis da física ditam que as responsabilidades por cada embaraço indígena acabam por cair em cima de Pedro Passos Coelho.
- Estratégia O Peso da Tradição. 
admitamos que o ministro, o Presidente da República e, por mera hipótese académica, o virtuoso primeiro-ministro mentiram. E depois? Os políticos não costumam mentir? 
- Estratégia Recolher Obrigatório. 
este é um caso encerrado.
- Estratégia A Vida Continua. 
mudemos de assunto e mostremo-nos chocados e constrangidos pelas revelações inoportunas que “o Cavaco” (esgar de desprezo) publicou em livro, para cúmulo escrito pelo próprio (repetir o esgar).
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A franca sabotagem da comissão de inquérito prova que a maioria de esquerda abdicou de vez do verniz “institucional” e assumiu o seu único objectivo: manter o país sob controlo, custe o que custar. (in Acabar com a democracia por SMS por Alberto Gonçalves)