domingo, 30 de setembro de 2018

Liga das Senhoras Extraordinárias

desculpem-me as feministas reais
mas começo a ficar farto destas feministas virtuais (androfóbicas no real)!
A Liga das Senhoras Extraordinárias caracteriza-se por manter viva a táctica trotsquista da revolução permanente e por simultaneamente ter recuperado das histórias infantis a crença no poder paralisante das palavras mágicas. Só lhes falta a varinha! Ou talvez nem isso porque o que é um “vídeo viral” senão uma varinha mágica? [...]
A Liga das Senhoras Extraordinárias diz “machista”, faz uma selfie, coloca tudo no instagram e espera que o vilão da história desapareça pelos ares. Todas as semanas as Senhoras Extraordinárias têm uma irritação. Há sempre algo que as enerva muito e as emociona ainda mais. O debate de ideias deu lugar ao fanico. [...]
Mas as Senhoras Extraordinárias valem pelo que dizem e ainda mais pelo que calam. Aliás é essa combinação de disponibilidade para muito calar enquanto armam uma enorme algazarra que permite às Senhoras Extraordinárias a prática daquele exercício de dizer uma coisa e apoiar o seu contrário com a ligeireza de quem combina um casaco de quadrados com uma saia de bolas:
- dizem-se feministas mas apoiam uma política de subserviência em relação ao machismo de determinados grupos étnicos e religiosos pois é nesses grupos que acreditam estar os seus futuros eleitores;
- dizem-se a favor da democracia e da justiça independente mas mal os tribunais não decidem como elas acham que deveriam decidir, lá vêm elas para a rua em manifestações que não hesitariam em classificar como arruaceiras, populistas e justiceiras caso os protagonistas fossem outros…
.
Convém não esquecer que o ódio que as Senhoras Extraordinárias votam aos que definem como seu alvos é inversamente proporcional ao servilismo e adoração que mostram perante aqueles que apoiam (in “ a liga das senhoras extraordinarias” por HelenaFMatos )


artigo completo AQUI

10 de Outubro de 1999

E porque até nisto estamos sempre crónica e pontualmente atrasados, só chegámos a 1984 em 1999. 
.
Tenho-me perguntado o que aconteceu no caminho para cá. Hoje sei: aconteceu o 10 de Outubro de 1999.
Se eu tivesse que escolher a data mais negra da história da democracia portuguesa, seria 10 de Outubro de 1999. Desde esse dia, o espaço público, que já foi mais livre, mais leve, mais divertido, tem vindo a tornar-se cada vez mais intolerante, mais policiado, mais claustrofóbico. 
.
O que aconteceu à nossa democracia foi o 10 de Outubro de 1999: o dia em que o Bloco de Esquerda recolheu 132 mil votos nas legislativas e Francisco Louçã e Luís Fazenda foram eleitos deputados à Assembleia da República. Pela primeira vez, a “doença infantil do comunismo” passou a ter representação parlamentar. O resto é metástase. A partir desse dia começou a feroz colonização das universidades, das escolas, das redacções de imprensa, de todas as "fábricas da palavra" (porque as outras fábricas, as "fábricas das mãos", já estão há muito tomadas pelo PCP). A 10 de Outubro de 1999, com a eleição do Bloco, teve início em Portugal o sistemático sequestro das palavras. O que sentimos hoje é o vazio crescente deixado pelas palavras já sequestradas e cujos sussurros familiares de vez em quando ainda somos capazes de escutar.

O triunfo dos porcos no Santo dos Santos é a instituição de uma novilíngua, vala comum de velhas palavras executadas. Parafraseando o outro, se querem uma visão do futuro, imaginem uma bota a pisar uma palavra — para sempre. 1984. E porque até nisto estamos sempre crónica e pontualmente atrasados, só chegámos a 1984 em 1999. 10 de Outubro de 1999: o anti-25 de Abril de 1974. Ainda tereis saudades, como eu, do 9 de Outubro de 1999.” (por Miguel Granja no FeiceBuque) 
.
artigo completo AQUI

sábado, 29 de setembro de 2018

a nova Nova School of Business and Economics

hoje a inaugura-la vão lá estar todos os que não acreditaram que seria possível ter uma Faculdade Pública sem dinheiros dos nossos impostos!
.
deviam ter acreditado! Antes no final dos anos 80 (1989) também com o recurso aos Privados a UNova deu-nos o ISEGI (Instituto Superior de Estatística e Gestão de Informação), hoje NOVA IMS Information Management School, no Campus de Campolide...
.

sexta-feira, 28 de setembro de 2018

entre o “reponsabilizar” e o “culpabilizar”

“Aqueles que continuam a insistir que a solução política de 2015 não tem problema nenhum, que assim é que é, porque é “como lá fora”, talvez um dia venham a perceber que não é assim, que o governo de um político que foi candidato a primeiro-ministro e como tal rejeitado pelo eleitorado tinha de dar nisto, numa simples azáfama para agradar e para ceder, temperada pelo equívoco e pelo engano.” (in “Como é doce governar sem responsabilidades” por Rui Ramos)

.
.
A primeira palavra daquele paragrafo (“aqueles”) é a mais importante para o futuro que se avizinha. Não tem “nada a ver” com eleitores mas tem “tudo a ver” para aqueles que os condicionaram no voto e na bovina mansidão que leva 3 anos.
São “aqueles”, “os” especialistas em branqueamento, que forçosamente terão que ser culpabilizados!

(o português é uma língua extraordinária que permite, a bom entendedor, distinguir entre o “responsabilizar” e o “culpabilizar” e também diferenciar entre “aqueles” e “os”...)

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

taxistas e tachistas...

em princípio, os políticos deviam estar com os taxistas. Reparem:
é uma massa relativamente importante de empresários e de trabalhadores que beneficiam de um monopólio público e das respectivas rendas, e que a qualquer governo poderia interessar ter como clientes satisfeitos. Os taxistas não são funcionários públicos, mas é como se fossem. Mais: estão concentrados nas cidades, cujo trânsito podem bloquear ou perturbar. São o tipo de classe profissional capaz de proporcionar à elite política todas as razões para cedências. Seria fácil, aliás, tratar as plataformas electrónicas como exemplos de “capitalismo selvagem”. O esquerdismo primário que hoje em dia passa por ciência nas universidades dispõe, para o efeito, da necessária doutrina sobre a “uberização da economia”.
Era o que se poderia esperar: a classe política portuguesa tornou-se há muito a guardiã das “realidades que vêm de trás”, para usar uma expressão do presidente da república, desde o que ficou do corporativismo salazarista até ao que sobreviveu do PREC gonçalvista. 

os “brown noses” a que temos direito...

 Há hoje nas redacções dos media portugueses, e também muito nas respectivas chefias e direcções, abundância de criaturas que adoptam surpreendentemente a denominação de jornalistas. O dever do jornalista, o cerne da sua profissão, consiste em informar. Não é o objectivo das criaturas. As criaturas querem dar a «informação» que convém às suas convicções -- calando o resto -- e aos seus ídolos, na medida em que as criaturas julguem que essa «informação» lhes convém. [...]
Nos Estados Unidos, há, uma expressão brutal (e brutalmente certeira) para designar essa gente que sai do caminho e se dá a todos os esforços para louvar e apoiar os mandantes que ama: brown noses.

Abstenho-me de explicar o significado da expressão, mas deixo-vo-la para que lhe admirem a justeza. (in “Brown noses”por José Mendonça da Cruz)

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

ai Porto! Também foste enganado !!!

«a propósito da situação actual do Serviço Nacional de Saúde
durante a audição do Ministro da Saúde, a requerimento do PCP.
.
Intervenção da deputada Cecília Meireles na Comissão de Saúde
.

Processo de deslocalização do Infarmed para o Porto é a história das mil e uma desculpas from cdspp on Vimeo.

sábado, 22 de setembro de 2018

O melhor país do mundo

Os poucos que assistem à farsa com o horror que esta merece aproveitam para se despedir do melhor país do mundo a fingir que não é uma vergonha, nas mãos de criaturas que não têm nenhuma. (in “O melhor país do mundo” por Alberto Gonçalves)
.


sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Está na minha natureza...

“ – Era uma vez um Escorpião, que vivia nas margens de um rio, um dia, depois de uma grande chuvada, a água do rio começou a subir de forma ameaçadora para o Escorpião, este, ao ver que a água não parava de subir e seguramente iria chegar à sua toca, o que o faria morrer afogado, começou a chamar um Sapo que descansava numa pedra e pediu-lhe para o transportar nas suas costas até  à outra margem. O Sapo, disse-lhe que não, porque sabia que o Escorpião lhe picaria e lhe provocaria a morte. Mas o Escorpião, com toda a sua capacidade de argumentação, lá convenceu o sapo a transportá-lo e assim aconteceu. Quando iam no meio do rio, o Escorpião, picou mesmo o Sapo, envenenando-o. O sapo ainda teve tempo de perguntar ao Escorpião: “ – Porque me picaste? 
O Escorpião, respondeu ao Sapo, dizendo-lhe apenas: 
“ – Está na minha natureza”. 

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

da "bloquização" do PS ao desprezo dos Governos em relação à instituição militar...


...
Começou na Assembleia da República, com o dr. Louçã e companhia em postura andrajosa, para melhor impacto cénico na defesa da liberalização do consumo de drogas e da guerra aos crucifixos. Consciente do poder da imagem, no BE, a par dos discursos inflamados, a T-shirt manhosa foi sempre uma imagem de marca. Mas ao menos nesses tempos, a enorme maioria da representação parlamentar, PS incluído, tinha noção de onde estava. Acontece que depois, veio a "bloquização" do próprio PS.
Assim se percebe que a opção descontraída do primeiro-ministro em Angola nem sequer tenha sido caso único. Teve precedente na imagem gémea do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, sem gravata e em desleixo, a passar revista às tropas em Portugal, mesmo sabendo que as Forças Armadas foram forjadas por séculos de tradições que encaram o atavio e aprumo como regras essenciais. Apesar do óbvio desprezo do Governo em relação à instituição militar, há actos que soam a insulto. (in “O hábito faz o monge “ por Nuno Melo)

terça-feira, 18 de setembro de 2018

figuras que nos deixam envergonhados...

[...]Um outro facto que demonstra que os nossos políticos são uns parolos, incivilizados e que não têm nível absolutamente nenhum foi o caso do pançudo do ministro Capoulas, que numa visita oficial, apareceu ao lado do primeiro-ministro depois deste ter ido vestir um fato e gravata, em mangas de camisa e expondo a sua barriga horrível aos anfitriões angolanos. 
Houve alguém na comitiva angolana que chegou a perguntar "Quem é este?"... e um dos seguranças esteve mesmo para o prender pensando que era um meliante qualquer que queria fazer algum mal ao visitante António Costa. 
Enfim, só más figuras que nos deixam envergonhados. (in “Tristeza em Angola”por João Severino)

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

o "coiso" e o em “apresentar arma” numa “chegada informal”!


o Costa não sabia que ia ser recebido com todo aquele estadão.
Julgava que era chegar, levantar as malas, ir fazer o check in ao hotel, tomar uma banhoca no jacuzzi, dar uma palmada nas bebidas do frigo-bar que a conta é com os angolanos, papar todos os salgadinhos à mão, ligar à Nanda do fixo, espreitar os canais de tv e pôr o ar condicionado a trabalhar, e só depois já fresquinho ir ter na calma com o pessoal à recepção. (in Jorge Costa no feicebuque)

.
Ao Observador, fonte do executivo esclareceu que esta não foi uma chegada com honras militares, mas sim uma “chegada informal”.
As honras militares, essas, estão previstas para terça-feira, quando António Costa se encontrar com o presidente angolano, João Lourenço, no Palácio Presidencial.
.
claro que o “coiso” e os “coisos do coiso” - habituados, no máximo, “ás honras bombeirais” - não fazem ideia do que são “honras militares”
Basta olhar para os militares em “apresentar arma” para vemos que, só para uma “fonte do executivo” os militares estavam numa de “chegada informal” .

protocolo afro-indiano?




não sei quanto tempo demora a de um “pulitico”
mas consta que

a educação de uma criança começa 20 anos antes do seu nascimento, pela educação de sua mãe.” (atribuída a Napoleão Bonaparte)

ou

a educação de uma criança começa cem anos antes de ela nascer” como diz um antigo adágio chinês  

domingo, 16 de setembro de 2018

para memoria futura...

O desassoreamento do Mondego em Coimbra, iniciado em Agosto de 2017, vai evitar cheias e permitir, com outras intervenções projectadas ou já em curso, a valorização e integração efectiva do rio e suas margens na cidade, deverá ficar concluído em Setembro de 2018, prevê a empresa responsável pelo empreendimento, que reduz para metade o prazo contratualmente previsto para a execução da obra, que é de dois anos. d’Aqui e d’Aqui

sexta-feira, 14 de setembro de 2018

em Maio há Europeias...

a propósito de uma sondagem em França
vamos lembrar-nos do que por cá a imprensa a que temos direito nos quer esconder:
em Maio há Europeias...
.
em França, tal como cá, as sondagens que “valem o que valem”:
LaREM, La République en marche (Macron) ainda se situa como primeiro partido da França, com 21,5% - uma descida de 8% em relação ao resultado obtido por Macron nas presidenciais de Junho de 2017-
O RN, Rassemblement National (ex FN), de  Marine Le Pen  com 21% desde o inicio do Verão subiu 4%.
Na terceira posição situam-se os Les Républicains (Direita) com 14% que perdem 13% em relação aos 27% das últimas eleições europeias de 2014.
La France insoumise (extrema-esquerda)  do Jean-Luc Mélenchon, com 12,5%, não passa da quarta posição, tal como ocorreu nas últimas eleições presidenciais.
Os aliados de Le Pen, Debout la France (DLF) de Nicolas Dupont Aignan, conseguem 6%, os ecologistas 5% e
o Partido Socialista (Hollande) continua a baixar e não ultrapassa os 4,5% das intenções de voto dos franceses.

Texto completo AQUI

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

a pobreza é uma virtude? *

Primeiro, como sempre acontece, surgiu Catarina Martins. Num desesperado esforço para usar a sua eterna superioridade moral como arma para justificar a “taxa Robles”, disparou toda a indignação que conseguiu juntar contra quem “compra e vende num curto período e faz muito dinheiro”.
A seguir, tentando mais uma vez, com sucesso, baralhar os eleitores do PSD, Rui Rio aproximou-se de um microfone para dizer que a ideia do Bloco de Esquerda “não é assim tão disparatada. E até elaborou o seu pensamento económico:
Efectivamente, uma coisa é comprarmos e mantermos durante ‘x’ tempo e outra coisa é andarmos a comprar e a vender todos os dias só para gerar uma mais-valia meramente artificial”.
.
Catarina Martins e Rui Rio estão, portanto, de acordo. Ganhar dinheiro, sim — mas só se for pouco dinheiro e só se for muito devagarinho. 

* a pobreza é uma virtude?
Corrrendo o risco de considerarem um elogio, Catarina Martins e Rui Rio, “Os líderes do BE e do PSD, partilham uma velha ideia que governou o nosso país durante 41 anos: a de que a pobreza é, em si mesma, uma virtude. 
Um célebre político português do século XX anunciou um dia que “um país, um povo que tiverem a coragem de ser pobres são invencíveis”. E construiu todo um regime (por sinal, autoritário) em cima disso.
Foi o mesmo político que afirmou, com ironia: “Os homens mudam pouco e então os portugueses quase nada”.

(in “Ganhar dinheiro? Só pouco e devagarinho” por Miguel Pinheiro)

terça-feira, 11 de setembro de 2018

ainda sem palavras...

não foi manif...foi lembrete!

"Com um Governo que não conta o tempo completo dos professores, mesmo negociando o prazo e o calendário, não há acordo possível", afirmou o Nogueira aos jornalistas.
.
Costa responde que "com um dirigente sindical tão intransigente, relativamente à proposta que o Governo apresentou, não há acordo possível".

mais AQUI
.

O partido das taxas imobiliárias

Apoiado por uma imprensa de jornalistas avençados e aliado do Partido Socialista do António Costa,
“O Bloco de Esquerda é mesmo o partido dos impostos imobiliários, o caça-riqueza, o salteador dos investidores. No último orçamento desta legislatura, Catarina Martins inventou um novo imposto sobre as mais-valias imobiliárias, que o Bloco classifica de “especulativas”, veremos depois o que isso quererá exactamente dizer. E, do que se sabe, o PS vai mesmo alinhar na sua aprovação, para garantir mais uns milhões que pagam as medidas populares para ganhar as próximas eleições. O imposto até já tem o carimbo de um dirigente do Bloco…

Qual é a justificação de Catarina Martins? Em primeiro lugar, a justificação escondida: O Bloco de Esquerda quer expiar o caso Robles, o vereador bloquista da Câmara de Lisboa que se dizia contra a pressão imobiliária nos centros urbanos, contra os despejos, e estava, ele próprio, a tentar vender um prédio em Alfama por mais de cinco milhões de euros. Um caso que mostrou a hipocrisia política em todo o seu esplendor, o falso moralismo de um partido que, afinal, é igual aos outros nos defeitos. As virtudes, essas, ainda se procuram… Especialmente porque, numa primeira resposta, e já com os dados necessários para uma decisão, o BE tentou dizer-nos que não havia contradições. Havia, claro, e o dirigente bloquista é agora um proscrito, que serve de mau exemplo citado nas entrevistas de quem manda no Bloco.(in “O partido das taxas imobiliárias” por António Costa)

Ministério Público investiga compra de casa de Fernando Medina...

A notícia é dada pelo jornal i desta quarta-feira, 13 de Setembro de 2017
O Ministério Público está a investigar a compra de uma casa por parte do actual presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, a uma familiar de líderes da construtora Teixeira Duarte.
.
Em causa está a compra de um duplex na Avenida Luís Bívar, em Lisboa, por Fernando Medina. O imóvel foi adquirido por 645 mil euros, por um valor inferior ao que é considerado como estando a ser praticado no mercado e dos 843 mil euros que a antiga proprietária tinha pago em 2006, remata o jornal Público.
.
As primeiras notícias sobre a compra da casa, pelo Observador, davam conta de que Medina tinha declarado ao Tribunal Constitucional (TC) um sinal de 220 mil euros pelo imóvel, mas não actualizou a sua declaração de património com o valor restante da transacção quando efectivou a compra da casa em Setembro de 2016

mais AQUI


segunda-feira, 10 de setembro de 2018

o aliado do Partido Socialista do César, Costa & Rodrigues

coberto, divulgado e louvado por uma parte da imprensa a que temos direito
“o BE não gosta de quem cria riqueza, quer acabar com os ricos para ter um país de pobres onde o seu discurso alastra como uma praga. Sem perceber, ou percebendo muito bem, que o país tem pobres a mais e ricos a menos. E antes de redistribuir, é preciso criar. O ataque, o confisco, a quem acumula capital, o capital que o país tanto precisa e sem o qual não haverá investimento, até pode ter efeitos orçamentais no curto prazo, como já teve o “imposto Mortágua”. Mas vai ter consequências muito negativas a médio prazo para o país. Os portugueses não vão querer acumular, estão a ser incentivados a gastar, a consumir, os estrangeiros acabarão por deixar de ter Portugal como destino.
No final, haverá uma ‘taxa Robles”, mas não haverá receita, porque não haverá quaisquer mais-valias, especulativas ou não.
mas
A ignorância em matérias económicas é enorme, a que se junta, também, a ganância política. A economista Vera Gouveia Barros tem escrito de forma tão clara como pedagógica sobre o mercado imobiliário e as medidas que ameaçam acabar com um mercado que está a contribuir decisivamente para o crescimento económico dos últimos anos, o imobiliário.
Sobre os disparates que se dizem, como a defesa do tabelamento dos preços máximos na venda e arrendamento. 

domingo, 9 de setembro de 2018

le noveau monstre des mers...

le bateau est aussi un pollueur des mers.
Le Saint-Exupéry carbure au fuel lourd et émettrait autant de CO2 que 55 millions de voitures.
.
Une situation dénoncée par Nicolas Hulot le jour de sa demission:
"C'est une superbe performance technologique, mais est-ce bon pour la planète ?
La réponse est non".
.

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

para os mais esquecidos, “poucochinhos” e outros idiotas-úteis...

Em Dezembro de 2017, uma investigação da jornalista Ana Leal da TVI, revelava centenas de documentos que punham em causa a gestão da presidente da associação ‘Raríssimas’. Um escândalo nacional que fez, inclusivamente, cair um secretário de Estado, Manuel Delgado, e fez “tremer” o ministro Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva.

A Paula Brito e Costa foi acusada de usar dinheiros da instituição em deslocações fictícias e gastos pessoais, entre os quais roupas e compras de supermercado. Na sequência da reportagem da estação de Queluz, a fundadora da associação Raríssimas foi constituída arguida, por suspeitas de três crimes: peculato, falsificação de documentos e recebimento indevido de vantagem.
e ainda mais:
o Vieira Silva sabia dos problemas nas contas da Raríssimas? a Paula Brito e Costa recebia o vencimento previsto na lei? a Sónia Fertuzinhos desenvolveu trabalho sobre doenças raras? E o que mais se sabe das “ferias” da Paula com o Manuel?

Veja as respostas AQUI

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Bloco dos apartamentos...

Robles ...
Sobre o caso Ricardo Robles eu tenho de contar aqui uma história. Com a devida autorização das pessoas. E esta seria mais uma pequena história vulgar e banal de rapacidade e de lucro sem o Vereador Robles DESPEJOU pessoas e LIQUIDOU um pequeno negócio e COLOCOU 4 TRABALHADORES NO DESEMPREGO e atirou outro para a reforma antecipada.
.
Este senhor que teve de se reformar aos 63 anos era um pequeno comerciante. O Sr. Augusto. Trabalhou desde miúdo num restaurante do sócio do meu pai, na Rua Augusta. E como é tantas vezes comum no ramo do comércio o Sr. Augusto, na altura com trinta e tal anos, decidiu estabelecer-se por conta própria, autonomizando-se dos seus patrões. Talvez não saibam mas a cada vez mais exígua comunidade de antigos comerciantes da restauração na Baixa e no Centro de Lisboa é quase uma família. Com as suas zangas, as suas rivalidades. Mas igualmente solidários uns dos particular interesse não fora a mentira mais descarada que a elite dirigente do partido do Vereador Robles tenta espalhar.
Só que ainda que repitam esta mentira mil vezes nunca a deixaremos passar por verdadeira. E a verdade é esta: outros em caso de aflição, e sempre dispostos a ajudar a desencravar alguém. Foi assim que o Sr. Augusto teve alguma ajuda inicial dos seus patrões a que adicionou as suas economias.
.
Comprou um trespasse de um pequeno café/snack bar em Alfama, num prédio antigo, e aí investiu tudo. Fez beneficiações e criou empregos. O pequeno restaurante/café era humilde: não era trendy, não era fancy, nunca foi gourmet, também não servia cozinha étnica. Servia mini-pratos e meias-doses aos almoços e servia bolos encomendados de pastelaria aos pequenos-almoços e aviava umas sandes aos lanches. A decoração era básica mas digna. Igual a milhares e milhares de estabelecimentos familiares pelo país fora que sustentam o emprego de centenas de milhares de pessoas.
 Quando o Sr. Augusto começou a laborar no prédio já o 1’Andar estava afectado ao estabelecimento como armazém, onde tinha as arcas frigoríficas e onde estavam os arrumos do pessoal. Assim por lá esteve durante 26 anos a trabalhar e a dar trabalho a terceiros.
Nunca soube que a Segurança Social, seu senhorio, tinha colocado o prédio à venda.
.
Nunca pôde assim concorrer ao leilão. A consequente chegada do então Deputado Municipal Ricardo Robles à sua vida teve o efeito da chegada de uma desgraça, de um tornado que lhe virou a vida de pernas para o ar. O seu novo senhorio só o deixaria continuar a laborar sem o 1’ andar para além da duplicação do valor da renda.
O Sr. Augusto aceitaria até pagar uma renda maior mas não poderia aceitar ficar com um espaço significativamente menor, sem ter onde colocar as suas arcas. O seu modelo de negócio sempre foi aquele e nunca poderia alterar a sua vida para ali passar a vender apenas quiches e rissois e comida vegan. Não houve entendimento. Para sair o Deputado Robles ofereceu-lhe 5000€ pelo seu investimento e por uma vida de trabalho. O Sr. Augusto exige 120000€ há quase três anos num caso que se vai arrastando em tribunal.
Entretanto aos 63 anos reformou-se. E os seus 4 empregados ficaram sem emprego, e foram parar ao subsídio de desemprego sem um tostão de indemnização. Pessoas como o Sr. Augusto foram os perdedores da troika. Ao passo que investidores sagazes como o Vereador Robles foram os ganhadores da troika.
Houve pois gente insuspeita que lucrou com a crise. É esta pois uma história de perdedores e de vencedores. Pequenos comerciantes de Lisboa como o meu pai, o seu sócio, o Sr. Augusto, foram os heróis silenciosos deste país. Aguentaram os piores anos da crise sem baixar os braços, a trabalharem sempre até caírem de velhos sem nos sobrecarregarem na Segurança Social, mantiveram empregos fazendo das tripas coração para não despedirem ninguém nem tirarem o pão a famílias, assegurando que o seu pessoal é também a sua família, suportando a carga fiscal, as alterações à Lei do Arrendamento,

mas acima de tudo aturando o discurso moralista e superior de uma cambada de meninos privilegiados que berravam contra a troika enquanto privadamente até ganhavam com ela. Pessoas como o Sr. Augusto, como o meu pai, que trabalharam toda uma vida, que agora ficaram fora de moda, não têm ninguém que os represente

cegueira cultural: o grande problema de Lisboa

Só por cegos, os dois últimos presidentes da Câmara de Lisboa, poderão não ser vistos como aqueles, que sendo culturalmente diferentes, tem vindo a descaracterizar a cidade.
Modernizar! Dizem-nos...
.
.
Era praticamente a última das vivendas que em tempos marcaram a paisagem da Avenida de Berna, em Lisboa.
Hoje para quem passa o portão número 64 da Avenida de Berna, em Lisboa, em frente à Fundação Gulbenkian, junto à Praça de Espanha, torna-se difícil imaginar que em 1943 aqui se ergueu um restaurante sob a alçada de um casal de refugiados da segunda Guerra Mundial. Era uma casa branca de arquitetura antiga, trepada por folhas verdes que se estendiam sobre as nossas cabeças desde o portão principal até à entrada, janelas de bordas amarelas gastas pelo tempo, telha laranja a cobrir o teto e o característico arco de boas vindas com a inscrição "La Gôndola".
.
.

Desenhado em 1928 pelo engenheiro Júlio Salustiano,  o primeiro restaurante italiano de Lisboa, La Gôndola, conheceu a luz do dia poucos meses depois de Enrico Mandillo e Maddalena Ranedda fugirem juntos de Itália e se instalarem em Lisboa, no fim da Segunda Guerra Mundial. Ele um poeta, jornalista, oficial da Marinha e adepto do fascismo italiano. Ela, quem dominava o requinte de uma cozinha italiana e, mais tarde, portuguesa. (in Susete Francisco e Catarina Reis)

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

foram-se mais de dois séculos de história...

De residência real ao museu nacional de história natural e antropologia, o Palácio de São Cristóvão conta com mais de dois séculos de história.

Com 11.417 metros quadrados de área construída, dos quais 3.500 eram área de exposição, o edifício recebia anualmente 150 mil visitantes. Fundado por decreto real de D. João VI em 1808, o museu é uma das marcas deixadas pela família real portuguesa aquando da sua estadia no Brasil. Inicialmente instalado no Campo d’Santana, o museu foi criado pelo rei para promover a “educação, a cultura e a difusão da ciência” na cidade que foi capital do império português.

Por esta altura, a família real estava instalada no Palácio de São Cristóvão, residência que tinha sido oferecida por um mercador à família. O palácio tinha sido construído por volta de 1803 e era à época considerada a mais luxuosa residência do Rio de Janeiro. Tinha três andares: o primeiro para serviços gerais, o segundo (mais ornamentado) para receber visitas e o terceiro destinado a dormitórios e à vida familiar.
Esta foi a residência oficial da família real portuguesa entre 1808 e o seu regresso a Portugal em 1821. Com a proclamação da independência do Brasil (1822), tornou-se na residência oficial do imperador, que aqui habitou até 1889, ano em que o país se tornou uma república. Foi também neste ano que o palácio recebeu a primeira Assembleia Constituinte do Brasil.