domingo, 29 de novembro de 2020

Óh tótós! Sabem que o "pê ésse" votou contra?

 

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Novo Cais de Lisboa




Um ano depois como está o "prometido" com pompa e circunstância?
27 Novembro 2019, 13:14
Vai ser possível ligar o terminal de cruzeiros ao Terreiro do Paço e ao Cais do Sodré, com uma nova avenida, árvores e passeios largos com ciclovia. Assim vai ficar o Novo Cais de Lisboa.


terça-feira, 24 de novembro de 2020

o dia antes

Na noite de 24 de Novembro de 1975, enquanto os militantes do Partido Comunista, do Couço a Grândola enchiam as cartucheiras e aqueciam os motores das camionetas para vir participar na revolução, em Lisboa, juntamente com o Ralis, Copcon e os paraquedistas chefiados por sargentos, além dos civis a quem tinham sido previamente distribuídas armas, Eduardo Ferro Rodrigues, radical do MES, organizava os SUV (Soldados Unidos Vencerão) do Regimento de Infantaria n.º 2, de Abrantes, para rodar sobre a capital. 
Antes da meia-noite, e apesar da relação de forças favorável à instauração de uma ditadura do proletariado, o Politburo soviético ordena a Cunhal que pare e este, como sempre, obedece, com a garantia de Melo Antunes, do Grupo dos Nove, num encontro em casa de Nuno Brederode Santos (da facção moderada do MES), de que o PC não seria ilegalizado. Os russos já estavam satisfeitos com a independência de Angola, proclamada pelo MPLA em 11 de Novembro de 1975, e não queriam abrir mais uma guerra civil, de resultado provavelmente funesto. 
A aventura de criar um reduto comunista na ponta da Europa ocidental havia terminado. A embaixada soviética em Lisboa evacuou cerca de uma centena de conselheiros de inteligência e militares e Cunhal recebeu, como prémio de obediência, a Ordem de Lenine. Ferro Rodrigues, Vieira da Silva e o seu grupo (Sergio Figueiredo?), continuaram no MES, cada vez mais radicalizado, apesar de progressivamente esvaziado por consecutivas dissidências. Chegam ao PS em 1986, sem nunca terem renegado os princípios marxistas e os fins leninistas.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Lembra-se do PASOK ?

Vou ignorar o facto de mais uma vez uma alegada jornalista usar uma comparação que só é possível por quem poderia alinhar no significativo “encaixotar” da estatua de Churchill em Londres.
Mas, talvez sem a razão que a razão conhece, lembrei-me do Papandréu e o PASOK. 
Pouco conhecedores, ou especialmente desinteressados, da História, mais longínqua ou mais próxima, os portugueses estão alegremente a afundar-se na ilusão do Ouro do Brasil, perdão da Europa, ou do tempo do Soares de mao estendida à caridade do Chanceler Schmidt (em paralelo temporal ao Grego Papandréu das bancarrotas e das contas públicas marteladas). 
Costa não se tem mostrado capaz de elaborar uma proposta para além da propaganda que debita. Parece intimidado pelo radicalismo absurdo que tem obrigado a esquerda a deixar à direita causas como a estabilidade monetária, a liberdade de iniciativa, ou agora, em nome do politicamente correcto, até a liberdade de expressão. Costa tem medo: receia que, se admitir a conveniência do ajustamento e a necessidade de reformas, acabe por legitimar a direita e por ceder a coroa da anti-austeridade, com que espera ganhar as eleições, ao PCP e à extrema-esquerda. Mas é precisamente esse medo que pode pôr o PS na via sacra do PASOK. 
O PS ainda não é o PASOK por sorte. Tal como este em 2009, também venceu umas eleições a negar a “austeridade”, para depois andar de PEC em PEC. Em 2011, deixou um país arruinado, mas teve a sorte de haver uma coligação de direita que, com mais ou menos dificuldade, executou o bastante do memorando para equilibrar as contas. Foi assim que o PS, dispensado de ajudar, pôde fazer de cigarra da anti-austeridade, ajudado ainda pelo modo como o velho PCP e a velhinha UDP (sob o pseudónimo de BE) bloqueiam o desenvolvimento (in “Como é que o PS pode ser o PASOK“ por Rui Ramos) 
Não é difícil imaginar o PS transformado num PASOK. As próximas eleições, se as houver, irão encarregar-se disso se os eleitores portugueses já souberem ler… 
(e conhecerem o que na Grécia foi o PASOK, assim: em maiúsculas!)

mamadu baa Matem o homem branco!

domingo, 22 de novembro de 2020

o polvo socialista...

“O facto de esta notícia passar com um encolher de ombros é demonstrativo de que não aprendemos nada com a Operação Marquês, e que o regime continua podre, pervertido e perigoso.”
“O facto de o primeiro-ministro assumir de forma tão aberta essa relação de confiança pessoal é demonstrativo de uma continuidade preocupante com os tenebrosos anos 2005-2011.
.
João Miguel Tavares no Público de 20 de Agosto escrevia sobre a nomeação de Vítor Escária como chefe de gabinete de António Costa, um dos factos políticos mais emblemáticos do ano — e que faz temer o pior:
“Vítor Escária é citado 83 vezes na acusação da Operação Marquês. Foi ele o principal intermediário no negócio das casas do grupo Lena na Venezuela. Chegou a estar sob escuta, houve buscas a sua casa e foi ouvido como testemunha no processo.
“Não foi acusado de qualquer crime. Mas o que consta da acusação é suficientemente perturbante para qualquer primeiro-ministro ter a obrigação política de se manter à distância. (...)
“Em 2013 e 2014, Escária declarou ter recebido 21.250 euros da Proengel II, sociedade de Carlos Santos Silva e do Grupo Lena. Em 2014, foi sócio de Alexandre Cavalleri (detido por suspeita de fraude), dono da empresa Iguarivarius, da qual Mário Lino foi chairman (ler o longo artigo do Observador “Como um ex-ministro e um ex-assessor de Sócrates ajudaram o rei do pernil de porco a conquistar a Venezuela”).
“Isto anda tudo escandalosamente ligado. Vítor Escária é um lobista, um facilitador e angariador de negócios que António Costa acaba de colocar no coração do seu gabinete.
“O facto de o primeiro-ministro assumir de forma tão aberta essa relação de confiança pessoal é demonstrativo de uma continuidade preocupante com os tenebrosos anos 2005-2011.

“O facto de esta notícia passar com um encolher de ombros é demonstrativo de que não aprendemos nada com a Operação Marquês, e que o regime continua podre, pervertido e perigoso.”

estado de sitio II

sexta-feira, 20 de novembro de 2020

o Embaixador na UE vai "contar a história toda"?

“O embaixador dos Estados Unidos para a União Europeia vai ser ouvido esta quarta feira na Câmara dos Representantes no processo de destituição do presidente Donald Trump. Para o antigo procurador do escândalo Watergate, que levou ao processo de destituição do então Richard Nixon, esta audição de George Sondland vai ser “prejudicial” para o agora presidente dos Estados Unidos, disse Nick Akerman à CNN.”
(“do então Richard Nixon”? Querem ver que depois de morto mudou de nome?)
e a Sónia continua:
“Sondland vai contar a história toda, com documentos detalhados e com muitas testemunhas a corroborar. Não há dúvidas de que [a Administração Trump] tentou que o Governo ucraniano anunciasse uma investigação a Joe Biden”, afirmou Akerman. Mais: “Usaram dinheiro aprovado pelo Congresso dos EUA para fazer isso. Suborno puro”. 
(mais AQUI)

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

central gigante de hidrogénio verde


Estávamos em 19 de Novembro de 2019 quando o Diogo Lopes no Observador publicou este belo texto de propaganda ao Galamba que estava Secretário de Estado:
Portugal e Holanda estarão a negociar um consórcio que terá como objetivo instalar uma unidade de produção de hidrogénio “verde” alimentado a energia solar. De acordo com a TSF, esta central, avaliada em 600 milhões de euros, ficará em Sines e terá capacidade de alimentar uma frota de autocarros e camiões que percorram 800 milhões de quilómetros por ano — ou seja daria para alimentar 27 vezes uma frota do tamanho da Carris, que faz cerca de 29 milhões de quilómetros anualmente.”

terça-feira, 17 de novembro de 2020

estado de emergência Concelhos e risco!

 

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

ESTADO DE EMERGENCIA para memória futura

Branqueamentos!



Uma entrevista “encomendada” para “branquear” o as declarações ao “Sexta às Nove” da Sandra Felgueiras do Galamba que estava de secretário de Estado Adjunto e da Energia. Aquele programa esteve “retido” pela “prima” Flor que dirigia a RTP.


Regresso à pergunta que lancei no FeiçeBuque:
”Daqui a um ano estarei aqui a perguntar ao Miguel Prado o que é que aprendeu (ou ganhou) com esta entrevista?”

"Reconduzido na tutela da Energia, João Galamba tem estado no olho do furacão com a polémica do lítio. Mas continua a trabalhar em vários dossiês da transição energética. Em entrevista ao Expresso revela algumas das novidades sobre o próximo leilão de renováveis em Portugal.
Desde 2012, com a saída do então secretário de Estado, Henrique Gomes, que se fala muito do lóbi da energia. É um sector fatal para governantes?
É um sector desafiante, porque num certo sentido é o sistema nervoso de uma economia e da sociedade. Não há nenhuma actividade económica nem nenhum cidadão que possa prescindir da energia. É um sector que requer uma visão global do país. No momento que vivemos hoje, de transição energética, essas características estruturais do sistema energético tornam-se ainda mais importantes.

sábado, 14 de novembro de 2020

estado de sitio

 

em estado de desespero ...

Munidos de frigideiras, colheres de pau, panelas e outros utensílios, milhares de empresários manifestaram-se contra as novas medidas do Governo. “Isto é o exemplo claro do estado de desespero em que as pessoas se encontram neste momento”. (Miguel Camões, porta-voz do movimento “A Pão e Água” e presidente da Associação de Bares e Discotecas da Movida do Porto.)

Lembram-se das carruagens da CP!



... as unidades serão “descascadas” até ficar só o esqueleto metálico, a partir do qual nascerá uma nova unidade. 
Só os bogies e os motores deverão ser importados. Todas as restantes peças serão produzidas em Portugal, avançava o jornal.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Não! A culpa não é dos portugueses !

As coisas não estão a correr nada bem, mas não foi agora que começaram a correr mal e não podemos repetir o erro de pensar que é calando as críticas que avançamos. Os números para Portugal são neste momento dos piores do mundo desenvolvido no que se refere a infecções registadas (como se prova no gráfico abaixo) e o número de mortos começa a ser alarmante. Estamos com metade dos mortos da Alemanha, que tem uma população oito vezes maior, e a Suécia – a famosa Suécia –, um país com a mesma população que Portugal e que também enfrenta uma segunda vaga de contaminação (3 a 4 mil novos casos por dia), o número mais elevado de mortes que registou foi 13 (dados até dia 6 de Novembro). Pior: nalgumas regiões do país, sobretudo no Norte, a taxa de contaminados por 100 mil habitantes é tão elevada que é difícil prever quando se conseguirá dominar a doença.


Vou ser franco e directo: olhando para os números e ouvindo o que têm dito os especialistas, a minha sensação é que a situação está fora de controle, as medidas que têm vindo a ser tomadas pecam sempre por tardias, atabalhoadas, atamancadas mesmo, e que são incompletas, para além de que já estamos a cruzar linhas vermelhas, apesar de ninguém o assumir. Ou poucos o assumirem.

As linhas vermelhas de que falo é já haver médicos a escolher que doentes tratam, algo que foi revelado ao Observador pelo médico intensivista dos hospital Pedro Hispano Gustavo Carona, que fala de hospitais a trabalhar a 200%, 300%. Surpreendidos? Eu não. Quando na segunda-feira soube que a Ordem dos Médicos tinha divulgado as suas recomendações sobre como escolher quem tratar percebi o que vinha a caminho. E o que estava a caminho for anunciado dias antes por João Gouveia, presidente da comissão nacional da resposta em Medicina Intensiva à Covid-19, que também numa entrevista à rádio Observador disse que já estávamos “a passar a linha vermelha e que só esperava “não chegar a uma triagem de catástrofe”. Para quem não se lembra, essa foi a triagem que teve de ser feita nos hospitais da Lombardia durante a primeira e catastrófica vaga da doença. A triagem que deixava a morrer quem nem se tentava sequer salvar.

Mas entretanto os dias foram passando e basta projectar no futuro próximo a consequência do número de infectados que estamos a registar hoje para perceber que “em 15 dias vamos ter 125 doentes por dia em Unidades de Cuidados Intensivos”, como referiu o pneumologista António Diniz, membro equipa criada pela Ordem dos Médicos para dar apoio à Direção-Geral de Saúde.

Isto é o que está no nosso horizonte próximo, e aquilo que o nosso Governo decidiu foram medidas menos drásticas que as tomadas em países com situações muito menos graves, como a Alemanha ou o Reino Unido, para já não falar da Irlanda. Costuma-se dizer que em política o mal – ou o que é impopular – deve ser feito depressa e todo de uma vez. Exactamente o contrário do que tem vindo a acontecer. Medidas a conta-gotas, discurso contraditório, necessidade constante de corrigir o tiro (recordo os mercados de levante, recordo as compras durante o recolher obrigatório, recordo o apoio aos restaurantes que só apareceu depois dos protestos, mas podia fazer uma lista bem mais longa). Isto para além de umiscurso no limite do risível, como o apelo da ministra da Cultura para que portugueses vão a espetáculos numa altura destas.

O primeiro-ministro, como sempre, acha que a responsabilidade é das pessoas – ele nunca é responsável por nada – e até se diz “muito surpreendido” com o que se está a passar, garantindo que a capacidade do SNS está controlada. “Por agora”, acrescenta, mesmo quando o “por agora” já passou por assistir a uma desgraça no hospital de Penafiel e atabalhoadamente atirar com parte do problema para Amarante, criando um surto num hospital que não estava preparado.

Não é verdade senhor primeiro-ministro. A primeira responsabilidade é sua e é sua desde Março. Há muita coisa que correu mal desde o princípio e só a cegueira e a propaganda têm impedido um maior escrutínio e, sobretudo e mais importante, uma correcção de rumo.

O primeiro erro foi achar que tínhamos o melhor SNS do mundo, ou quase, e que por isso estávamos preparadíssimos. Era mentira, é mentira. Basta pensar no seguinte: uma doença como a Covid exige capacidade hospitalar, porque exige separar estes doentes dos outros. O tempo de recuperação é maior. Logo o número de camas nos hospitais é crítico.

Ora Portugal tinha um baixo número de camas hospitalares do SNS: apenas 2,25 por 1.000 habitantes. A média da União Europeia é 5,39. Mais do dobro. Mas atenção: quando falo de SNS falo das camas no Serviço Nacional de Saúde, que serão cerca de 24.000. Mas se pensasse em Sistema Nacional de Saúde e incluísse o sector privado e social, podia acrescentar mais 11.300 camas. Ou seja, quase um terço das camas hospitalares em Portugal não estão no sacrossanto SNS público.

Qual foi o dogma — o dogma criminoso — da ministra desde o minuto zero da pandemia? Desconsiderar o sector privado e social. Desta forma desconsiderou um terço da capacidade instalada em camas hospitalares. Que não tinham de ser para doentes Covid – podiam ser para outros doentes transferidos dos hospitais públicos de forma a abrir vagas para os doentes Covid. Tão simples como isso.

A pandemia chegou a Portugal em Março. Estamos em Novembro. Até agora não houve nenhuma conversa séria do Ministério com os operadores privados para programar o que quer que seja. Neste momento os privados nem sequer conhecem os planos da DGS para a Covid. O preconceito ideológico criou esta situação. A colaboração que já existe no Norte do país passa no essencial à margem do Ministério e da ARS: espantosamente é combinada directamente entre hospitais públicos aflitos e grupos privados que ainda não sabem como vão ser pagos.

Isto não é responsabilidade dos portugueses, senhor primeiro-ministro: é sua, que manteve à frente da Saúde porventura a mais incompetente ministra que por lá passou desde o 25 de Abril.

E quando agora se fala que os cuidados intensivos só aguentam mais uns dias é estultícia vir prometer que para o ano teremos o dobro de UCI’s a funcionar. Portugal entrou nesta crise com um número de camas de cuidados intensivos chocantemente baixo. Bem sei que somos um país pobre, mas estamos a falar de termos um quinto das camas de UCI da Alemanha e um décimo das dos Estados Unidos (per capita).

Ora criar camas de UCI não é apenas colocar ao lado delas aparelhagem mais sofisticada ou ventiladores (e desconfiemos sempre das promessas que nos fazem quando descobrimos que 253 ventiladores continuam sem funcionar). É necessário também que existam médicos especializados e enfermeiros especializados. Onde é que eles estão? Não existem, ou pelo menos não existem em número suficiente. E até sei de casos de alguns profissionais que durante esta crise emigraram, por terem recebido melhores ofertas de trabalho de outros países.

Para além de que um intensivista leva anos a formar, eles não nascem do chão como cogumelos, por muitas conferências de imprensa que Marta Temido dê (sempre com poucas perguntas dos jornalistas, que é agora a nova regra).

Mas há pior senhor primeiro-ministro, e isso é sua responsabilidade: o regresso às 35 horas tornou mais difícil a vida dos hospitais e mais complicado contratar enfermeiros. Os médicos que fogem do SNS, ou que já não acreditam no SNS, ou os que já não veem futuro no SNS, desacreditaram no sistema porque é impossível tornar atractivas carreiras quando tudo é centralizado, quando o mérito vale pouco, quando as promessas ficam sempre por cumprir, quando, quando, quando… Não nos venha com números que são areia para os olhos – verifique antes quantos concursos ficam desertos, quantos hospitais não conseguem contratar quem procuram, e não faça de conta que o problema é sempre dos outros.

E depois, por fim, que confiança podemos ter em timoneiros que parecem andar às cegas, quando nem sabemos se nas cartas de marear têm as coordenadas certas? Perdi as contas às vezes que protestei pela pouca qualidade da informação que a Direcção-Geral de Saúde fornecia, mas é espantoso como ela tem conseguido piorar ao longo do tempo em vez de melhorar. É escandaloso – repeti-o até me doer a voz – que até aos cientistas e às Universidades fosse sonegado acesso à informação essencial, às bases de dados, que numa altura não crítica não se mobilizassem todos os recursos para estudar a doença e procurar compreender o que se estava a passar. Descobre-se agora que o estado de desconchavo da Administração Pública é tal que uma das poucas bases de dados que foi fornecida incluía homens grávidos, uma pessoa com 134 anos e dela tinham desaparecido mais de 4.000 casos.

O natural seria que desde o início da pandemia existisse um gabinete de crise, que houvesse cientistas conhecidos e reconhecidos responsáveis por aconselhar o governo e por comunicar ciência. Mas não. Tudo ficou por conta das inenarráveis conferências de imprensa e, para efeitos de propaganda, inventaram-se as reuniões do Infarmed, até que as coisas começaram as complicar-se. Nessa altura deixaram de interessar e silenciaram-se os cientistas.

No meio deste nevoeiro o primeiro-ministro diz-se agora “surpreendido” por uma “segunda vaga” que quase todos tinham anunciado, que começara antes noutros países e que em Portugal se desenvolve sem grandes barreiras, pois aquilo para que alguns tinham avisado – que não houvera nenhum “milagre português”, apenas um feliz conjunto de coincidências – nunca foi levado a sério pelas autoridades, que passaram o Verão sem prepararem devidamente o que aí vinha.

Sabemos agora, por exemplo, que as estruturas de apoio de retaguarda já funcionam. É espantoso. Antes de tudo começar já sabíamos que além de o nosso SNS ter poucas camas, também tinha períodos de internamento demasiado longos – uma média de 9 dias. Porquê? Essencialmente porque os hospitais se substituem muitas vezes à Segurança Social e ficam com idosos que deviam ter alta mas não têm a quem os entregar. É um problema antigo. É um problema que podia ter sido antecipado durante o Verão para libertar camas nos hospitais para a “segunda vaga”. Mas não. Chegámos a Novembro, o céu caiu-nos em cima da cabeça, e agora lá anunciam que já há as tais estruturas de apoio. Porque só agora? E porquê tão poucas?

Não poderia o senhor primeiro-ministro ter posto a sua ministra da Saúde a falar com a sua ministra da Segurança Social? É assim tão difícil?

Deve ser. Mais fácil é quando a população tem medo e fica em casa. É certo que isso tem um custo – associado às consultas, aos exames e às operações que têm ficado por fazer, tudo tem contribuído para um brutal aumento da mortalidade. Os mortos “não-Covid” de que ninguém fala, que não são notícia a não ser de quando em quando, mas que já serão quase 6.000.

E resulta. O medo resulta. Este gráfico que encontrei aqui mostra que doentes graves já começaram outra vez a deixar de ir às urgências. Muitos irão directos para as morgues. Nunca serão portanto um problema político.

Fig 2

Como já notei, até 22 de Setembro só seis dos 21 países da OCDE tinham registado até um excesso de mortalidade superior ao nosso e todos eles por efeito do Covid. Em Portugal a explicação era outra. Agora, com a mortalidade Covid a juntar-se à mortalidade não-Covid, podemos ter pela frente o pior de dois mundos.

E não, senhor primeiro-ministro, a culpa não é dos portugueses.

 https://observador.pt/opiniao/nao-dr-antonio-costa-a-culpa-nao-e-dos-portugueses/?fbclid=IwAR0HVzOJUwzSfHAKYa783SlMI8yqy8lJET5Qf-kVL-iiNnIpXWTRkg8ohjg

sábado, 7 de novembro de 2020

O grande inimigo do socialismo é o cristianismo...


O grande inimigo do socialismo é o cristianismo.

ps: Será que também vão proibir o culto nas mesquitas?

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

eleições EUA


impeachment!


Em 18 de Dezembro de 2019, entre as 18h30 e 19h30 de Washington D.C. (23h30 e 00h30 de Lisboa), a Câmara dos Representantes deverá proceder à votação final desta importante fase do impeachment. 
É apenas a terceira vez que acontece desde a declaração da independência dos EUA, em 1776.
Tudo indica que uma maioria da Câmara dos Representantes deverá votar a favor da culpabilidade de Donald Trump nos dois artigos. Esta votação será praticamente a reflexão das duas barricadas partidárias que ali estão montadas, com os democratas em maioria. (ler mais AQUI)

en galego Trump

no comments !

O comício de Trump em Tulsa, Oklahoma...

Eduardo Cintra Torres
O comício de Trump em Tulsa, Oklahoma.
Foto de Jason Botsford, 
The Washington Post.


um belíssimo video-comentário de José Manuel Fernandes no FeiçeBuque:
“O vírus da ignorância ataca cada vez mais políticos. Lula da Silva está em estado comatoso, quase a fazer pandã com Bolsonaro a acha que o vírus foi a melhor coisa que aconteceu ao mundo. E aqui ao lado em Espanha também há ministras no campeonato dos dislates. Uma delas acha que o problema de Madrid é que fica em linha recta com Pequim e Nova Iorque...”
agora topem estas “comentadouras” para perceberem o que eu alcunho de idiota-útil:
Conceição Batista O vírus pode não ser o melhor do mundo... Mas se veio contribuir para a queda de Bolsonaros e Trumps poderemos dizer que não foi em vão de todo que ele apareceu...como dizia o outro... há males que vêm por bem... (veio daqui)
Delfina Paula A falta de cultura e saber ouvir é o mal destes dois senhores, arrogância que aliada ao poder foi o desacreditar destes povos (veio daqui)
(Sexta Feira 22 de Maio às 08.29)

Eleições EUA opinião publicada


a jornalista Maria Barbosa com tanta falta de pontaria certamente irá, nas suas palavras, fazer “umas conferências TED...
ou, na pior das hipóteses, um livro de autoajuda e motivação! 
Mas duvido que continue a cozinhar "comentários politicos"

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

América - Um acto de contrição?


a propósito da profissão de fé do Público
Se Trump for reeleito, da mesma maneira se não for, é porque a democracia americana funciona. Quer dizer, num caso ou no outro, e mesmo com aquele sistema eleitoral arrevesado, que é o povo americano, através do voto livre, que decide. O que contribui para manchar as democracias são as chantagens contidas em títulos com este. O Público escolheu há muito o trilho do panfleto. Mas não é qualquer um que pode ser panfletário e fazer história. Lembro apenas Céline por ser dos “meus”. O Público lê-se em navios cheios de fantasmas. (por João Gonçalves no FeiçeBuque) sobre um artigo do Público

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

carimbo genético português


 

não é o homem do leme!

Já sabíamos que tínhamos um primeiro-ministro sem rasgo nem projecto para o país, que se limitava a gerir a folga financeira provocada pela política de juros baixos do Banco Central Europeu e a aproveitar o controlo da despesa pública iniciada pelo Governo Passos Coelho — com a diferença de esmifrar ainda mais os contribuintes e reduzir o investimento público ao mínimo olímpico. 
Agora ficamos a conhecer a a sua falta de capacidade para liderar e gerir o país em tempos difíceis. Tal como António Guterres revelou durante os seus dois governos, também António Costa prefere o caminho mais fácil. 
António Costa não é um líder que aponte o caminho, não é o homem do leme. Pelo contrário: a crise pandémica provou que é um líder que prefere ser liderado pelos portugueses a ser obrigado a tomar decisões impopulares. (in “António Costa. Um líder que é liderado pelo povo “ por Luís Rosa )

domingo, 1 de novembro de 2020

o Estado de Calamidade socialista - nacional


ESTADO DE CALAMIDADE 
Lista dos 121 concelhos com medidas mais apertadas de combate à covid-19 que atingem 7,1 milhões de pessoas