Talvez o destino do PS, com
a sua tendência de tudo concentrar no Estado e de tudo controlar na sociedade,
seja dar um dia um Orbán a Portugal, tal como os seus antepassados lhe deram um
Salazar.
Um
hipotético governo Rio-Ventura poderia, portanto, ser uma nova época na direita
portuguesa. Ao invés dos governos de Durão Barroso ou de Passos Coelho, não
tentaria reformar o Estado, mas apenas ocupar o Estado, isto é, desalojar o PS,
de modo a que passasse a ser a direita a manipular o mecanismo de influências e
de promiscuidades através do qual os socialistas controlam a sociedade
portuguesa. A direita, finalmente, poderia mandar na administração
pública, nas empresas, nos bancos, na comunicação social, na vida dos
portugueses, tal como agora fazem os socialistas. Um socialismo “nacional”,
protagonizado pela direita, substituiria o actual socialismo “politicamente
correcto”, protagonizado pela esquerda.
Nessa
altura, atirados para a rua, o PS e os seus parceiros, desamparados, tentarão
talvez enrolar-se nas bandeiras da liberdade e da democracia, e acusar os seus
sucessores de serem o equivalente português dos Orbán, dos Bolsonaro ou dos
Trump. Se Rio e Ventura arranjarem dinheiro (europeu, claro) para pagar aos
dependentes do poder, poderão ignorar olimpicamente essas rábulas de
anti-fascismo. Talvez então os socialistas e os seus parceiros tenham tempo
para se lembrar que foram eles quem construiu o mecanismo de poder que
subverteu a democracia em Portugal. Provavelmente, terá sido esse sempre o
destino do PS e da esquerda portuguesa, com o seu facciosismo e a sua tendência
de tudo concentrar no Estado e de tudo controlar na sociedade: darem um dia um Viktor
Orbán a Portugal, tal como os seus antepassados republicanos, na década de
1920, lhe deram um Salazar. (in “O PS vai
dar um Orbán a Portugal? “ por Rui Ramos )
António de Oliveira Salazar, conhecido apenas pelo último nome, foi o primeiro ministro de Portugal durante 36 anos (1933 até 1968).
Salazar nasceu em Vimieiro no dia 28 de abril de 1889.
O político era filho de um feitor (António de Oliveira) responsável por uma propriedade no pequeno povoado Vimieiro, situado no concelho de Santa Comba Dão. A mãe do estadista chamava-se Maria do Resgate Salazar. O casal teve três filhos: António e mais duas irmãs.
Salazar ingressou em Outubro de 1900 no seminário de Viseu onde permaneceu por oito anos. Quando saiu do seminário, começou a dar aulas em uma escola de Viseu e actuou também como professor particular.
Formou-se em direito em 1914 pela Universidade de Coimbra. É em Coimbra, aliás, que Salazar ingressa na vida política tendo liderado o Centro Académico de Democracia Cristã.
Tornou-se professor da mesma instituição em 1917 ocupando a disciplina de Ciências Económicas, após ter se especializado em Economia.
Salazar foi um dos responsáveis pela fundação do Partido Centro Católico (1921).
Após a derrubada do governo parlamentar - em maio de 1926 - recebeu um convite para assumiu o posto de ministro das finanças, mas não obteve a autonomia que desejava.
Dois anos mais tarde, António Oscar de Fragoso Carmona, então presidente, deu ainda mais poder à Salazar e lhe ofereceu todo o controle das contas públicas - em 28 de abril de 1928 Salazar assumiu o cargo de Ministro das Finanças.
À frente do ministério, conseguiu inverter o problema do déficit público e transformou-o em superávit. Com o saldo positivo, pode ajudar a desenvolver o país.
No dia 5 de Julho de 1932, Salazar foi nomeado primeiro ministro por Carmona. O período em que esteve no poder foi marcado pelo conservadorismo, pelo autoritarismo, pelo nacionalismo e pela influência de um pensamento católico.
Os seus anos à frente do país ficaram conhecidos como "Estado Novo Português". Foi um período marcado, especialmente, pelo fim das liberdades políticas - Assembleia Nacional da época era composta apenas por aliados do partido de Salazar - e pelo forte investimento na área militar.
Salazar também actuou como ministro das Finanças (1928-1968), ministro das Colónias (1930), ministro da Guerra (1936-1944), ministro das Relações Exteriores (1936-1947) e ministro da Defesa Nacional (1961-1962).
...para
o Presidente a direita apostou no cavalo errado com a guerra por
causa da cerimónia do 25 de Abril. Problema: para CDS ou para os críticos de
Rio dentro do PSD, não sobram muito mais causas numa altura em que as sondagens
parecem mostrar que os portugueses valorizam o trabalho do Governo e a
postura do PSD. (o texto é do Pedro Benevides no Observador)
Aproveitando a polémica em torno da nomeação da militante comunista Rita Rato para a direcção do Museu do Aljube, falamos dos campos de trabalho soviéticos e da resistência ao salazarismo.
Um
dia, por causa de um livro, seis dúzias de académicos empenhados subscrevem um
manifesto no qual protestam contra a academia que protege a direita, dizem
eles, que branqueia a extrema-direita, garantem, que ajuda o racismo, afirmam.
Em poucas palavras, contra uma academia que não denuncia o discurso de ódio,
resumem.
No
dia seguinte, são desvendados rumores de planos que o governo faz para
encomendar às universidades que vigiem o discurso do ódio, que supervisionem as
redes sociais e que acompanhem as narrativas públicas sobre estrangeiros. […]
Na
verdade, o que se anuncia é um dos mais violentos atentados contra a liberdade
de expressão que Portugal conhece há décadas! Como quase sempre, sob a
aparência de causas nobres (contra o racismo) e de sentimentos elevados (contra
o ódio), […]
Não
tenhamos dúvidas: é um eufemismo para vigiar, policiar, registar e fiscalizar.
É o que fazem as polícias, a PIDE, a KGB, a STASI e outras, vivas ou defuntas.
É o que sempre fizeram as censuras. De repente, estas pessoas encontram o
pretexto ideal: um partido fascista e um deputado xenófobo! Contra esse mal,
desembainham espadas e alinham artilharia. Revelam-se os censores que são.
Os
signatários do manifesto não escondem ao que vêm: impedir a universidade livre
e plural, a fim de defender uma academia empenhada e vigilante! […] (in “Grande Angular - Monitorizar
o pensamento” por António Barreto )
O
abaixo-assinado dos 67 contra Riccardo Marchi é um dos actos mais vergonhosos
da história da universidade portuguesa. Merece ficar ao lado da expulsão de
professores durante a ditadura salazarista.
[.]
Pergunta:
Marchi chegou a conclusões com as quais todos temos de concordar? Não, de
maneira nenhuma.
O
livro de Marchi é universitário também no sentido em que se expõe honestamente
à crítica: explicita os seus métodos, indica as suas fontes (entrevistas,
documentos, imprensa), e admite o carácter hipotético das suas explicações.
Para usar as expressões do autor, não é uma “apologia”, mas também não é uma
“demonização”: é apenas uma tentativa de compreender. Ora, parece que para
alguns cães de guarda da universidade, só a “demonização”, sem estudo, é
aceitável. [...] (in “Não matem
a universidade “ por Rui Ramos)
Em vez de queimar livros como o do Riccardo Marchi, esta extrema-esquerda académica devia tentar uma coisa mais simples: escrever livros minimamente legíveis, minimamente académicos e ‘científicos’, livros que não sejam meros almanaques dos campos de férias do Bloco de Esquerda; devia criar pensamento, e não as caixas de conformismo 'progressista' que transformam o 'progressismo' numa ortodoxia fanática.[…]
Hannah Arendt, que também teve os seus livros ‘queimados’, estabeleceu a diferença moral e conceptual que é a condição sine qua non do trabalho intelectual: ‘perceber’ não é ‘desculpar’. Riccardo Marchi fez um livro que procura ‘perceber’ um fenómeno político, o Chega, que passou de 700 militantes (2019) para 10.000 militantes (2020). Não queremos acompanhá-lo neste esforço de compreensão? Não queremos perceber o populismo por dentro para assim ficarmos a par das suas fraquezas?(in “A esquerda que adora queimar livros “ por HENRIQUE RAPOSO)
Público
de ontem [Sábado 11 de Julho de 2020], à guisa de resposta a uma entrevista
de há uns dias, a Riccardo Marchi em que dizia que o Chega não parecia ser
um partido fascista, racista ou xenófobo.
Para estes subscritores de abaixo-assinados, porém, o Chega é tudo isso e muito
mais e só falta ser proscrito do panorama político nacional, por advogar o
famigerado "discurso de ódio", nova fórmula de censurar ideias
adversas às da esquerda politicamente dominante.
Os nomes dos subscritores são todo um programa. Para além do celebérrimo e
ilustrérrimo professor Buonaventura, estão representadas todas as madrassas do
país, com destaque para a daquele ai-a-tola, de Coimbra, a do CES e, claro, o
ISCTE.
Ninguém se ri com estes pândegos que deviam ter lugar num jardim zoológico de
aberrações sociológicas ou num circo do sol que agora se pôs. (no Porta
da Loja )
Carlos Magno. Jornalista, ex-director de várias empresas de comunicação social e professor universitário, Carlos Magno foi também presidente da Entidade Reguladora da Comunicação Social.
No programa de hoje vamos falar das falhas do jornalismo na sociedade portuguesa e no sistema político.
Seja
qual for a expressão que vier a seguir à palavra discurso, não me agrada que
seja acompanhada da palavra repressão. Aliás, também a associação da
investigação científica à repressão de discursos me causa profundos receios. As
universidades não existem para serem auxiliares do policiamento das palavras. […]
Há
ainda que ter presente o velho princípio da precaução. Em matéria de repressão
de discursos, de ideias e de pensamento, sabemos como as coisas começam, nunca
sabemos como acabam. E já acabaram mal muitas vezes na história e mesmo em
democracias liberais de créditos formados. (por Paulo Pedroso in “Esquisitices
de um democrata radical )
nos finais de Novembro a senhora que está ministro da Saúde anunciava: Vinte novas unidades de saúde familiar poderão ser criadas ainda este ano e outras 20 passam a modelo B, que é o mais exigente, com maior autonomia e com mais incentivos financeiros... Prometi vir confirmar no "final do ano" e nada aconteceu. Nem "vinte novas", nem "20 modelo B" Voltarei a fazê-lo daqui a seis meses...
Lisboa,
28 nov 2019 (Lusa) – Vinte novas unidades de saúde familiar poderão
ser criadas ainda este ano e outras 20 passam a modelo B, que é o mais
exigente, com maior autonomia e com mais incentivos financeiros, anunciou hoje
a ministra da Saúde.
.
No fim
do ano venho conferir e daqui a seis meses virei verificar se isto não é mais
uma tanga desta Senhora que está ministro!
.
mas começo a
ficar preocupado por estar a ficar semelhante ao Deputado André Ventura que às
Quinta-Feira chama mentiroso ao senhor que está de primeiro-ministro e à
Sexta-Feira apresenta-nos “as provas”
diz a lenda que esta cena teve apenas um unico "take" e as palmas dos figurantes foram espontaneas!
Em declarações à Rádio Renascença Ana Abrunhosa que estava ministra admitiu que os descontos possam vir a aumentar nos próximos anos.
"Para que esta medida seja sustentável, nós temos que ir reduzindo gradualmente. A nossa proposta é, no futuro, à medida que o nosso orçamento do Estado consiga acolher, que consigamos trabalhar nesta redução para garantirmos que, de facto, as pessoas têm melhor qualidade de vida neste territórios e estamos naturalmente a privilegiar os territórios do interior, como está no programa do Governo e como ficou inscrito no Orçamento do Estado".