terça-feira, 30 de abril de 2019

para não esquecer...

Há dez anos que o hospital tem um projeto para construir uma ala pediátrica, mas desde então o serviço tem sido prestado em contentores.
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"Ninguém quererá que a nova ala pediátrica do Hospital São João, já dotada de financiamento, possa eternizar-se sem qualquer avanço. Os dez anos que leva de instalações precárias em contentores adaptados para três anos de vida são muito tempo"
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“Ninguém quererá”

mas, ao que nos é dado ver, há excepções no “governo” do Costa...

Populistas, nós?

Que ideia, disse aos jornais, indignada, a dona Marisa. Eu até costumo votar no PE lado a lado com a minha querida Marine, como toda a gente sabe. É uma questão de sentimentos democráticos, não de irmandade ideológica. Não, não somos populistas, isso são atoardas de fascistas, falocratas, dos salvinis deste mundo, nós somos democratas da mais fina estirpe, nós dizemos que é preciso aumentar a despesa, porque, como muito bem disse a camarada Mortágua, sabemos onde está o dinheiro, é só ir lá buscá-lo, e pronto. Populismo, isto? Só na mente arrevesada de ultramontanos ignorantes e mal intencionados! (in “EXERCÍCIOS DE AQUECIMENTO”no Irritado)

De extrema-esquerda, nós?

Subitamente esquecida a pátria albanesa e o grande Hoxa, postos de lado os ensinamentos de Marx, Trotsky e Mao, eis que surge o novo Bloco de Esquerda, rejuvenescido, aggiornato, democratizado, quem sabe se social-democrata.
De extrema-esquerda, nós? Que ideia, disse aos jornais, indignada, a dona Catarina. São calúnias, manobras da direita, do fascismo, do trumpismo, gente que nos quer empurrar, fazer sair do quadro da democracia pluralista, do institucionalismo que nos move, nós, socialistas democráticos como o PS. Onde pode chegar a lata dessa gente!
(in “EXERCÍCIOS DE AQUECIMENTO”no Irritado)

domingo, 28 de abril de 2019

espanha!

O PSOE obteve agora precisamente os mesmos 123 deputados que não permitiram ao PP formar Governo em 2015. Nem sequer uma aliança com a Unidas Podemos, que obteve 42 deputados, lhe permite assegurar a maioria no Parlamento.



Claro que se poderia conseguir a maioria através de uma aliança com o Cidadãos, que teve 57 deputados, mas nem os militantes do PSOE a desejam, nem Albert Rivera está interessado na mesma, uma vez que pretende suplantar o PP na liderança da oposição.
Em Espanha, como em Portugal, o «centro» transformou-se numa pretensa «linha vermelha» que nenhum partido quer atravessar com medo de ser acusado de «direitista» ou de «esquerdista».

Espanha às 18.00


Projecções dão a vitória ao actual Presidente de Governo, mas sem maioria para poder governar sozinho. Vox alcança resultado histórico. Maior queda é do PP, que perde cerca de 60 deputados.alcança resultado histórico. Maior queda é do PP, que perde cerca de 60 deputados.
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Estas primeiras projecções da televisão espanhola, dão 28% ao PSOE, 17,8% ao PP, 14,4% ao Ciudadanos e 12% ao VOX.

Os espanholistas...

Tenho muitas dúvidas de que o Vox possa ser considerado de extrema direita, que tradicionalmente é contra a democracia liberal e representativa: parece-me antes o outro lado do espelho dos nacionalismos separatistas e dos devaneios fracturantes da extrema-esquerda em Espanha. Quando muito é populista, mas quanto a isso, aquele partido que não cede a essa tentação em campanha eleitoral que atire a primeira pedra.


Um partido como o Vox no mínimo tem a virtude de reposicionar a espinha da direita moderada que por cobardia vai capitulando na defesa das suas causas tradicionais. (in Corta-fitas Os espanholistas por João Távora)

sábado, 27 de abril de 2019

De onde vieram as bombas que mataram cristãos no Sri Lanka?

...
Por mares nunca dantes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana
Em perigos e guerras esforçados...

Poucos portugueses (espero) não reconhecerão estas linhas da primeira estrofe dos Lusíadas.
Mas quantos saberão que a Taprobana a que Camões se refere é a ilha a que durante muitos séculos chamámos Ceilão e hoje identificamos como Sri Lanka?
Se fizessem essa ligação talvez tivessem olhado com outros olhos para os atentados terroristas do passado domingo – o domingo de Páscoa – que visaram várias igrejas cristãs...



As bombas visaram os cristãos, até numa igreja construída pelos portugueses, mas o reaparecimento do Estado Islâmico indica que a sua derrota na Síria pode ter espalhado terroristas por todo o mundo.

para não esquecer em Maio...

para não esquecer a caminho das “Eleiçoes Europeias”

sexta-feira, 26 de abril de 2019

“descrispação” II

quem vende ilusões é sempre apanhado em contrapé pela passagem do tempo. II
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« Ora, se já à época era evidente a artificialidade da “descrispação”, agora, perante o endurecer generalizado das greves, não restam vestígios dessa ilusão fabricada por Marcelo. [.]
o esfumar dessa ilusão representa uma derrota política da geringonça. Uma derrota pesadíssima, porque decorrida no seu próprio território: a rua, onde a influência da CGTP é hoje menor do que em 2015.[.]
O fim do mito da “descrispação” está, por isso, repleto de significado político.
Para o governo PS, que tem de enterrar a fórmula do poder perpétuo que, em tempos, julgara ter encontrado através do controlo hegemónico do Estado e das ruas. [.]
Para a esquerda, para a qual este corresponde a um momento de desorientação, com tentativas de salvar a influência institucionalizada da CGTP, de silenciar as ruas e de consequente descredibilização dos novos sindicatos [.]
Para o Presidente da República, principal promotor do mito da “descrispação”, à qual associou o seu mandato presidencial, e que deverá medir o impacto das suas posições imediatistas no longo prazo. »

“descrispação” I

Lembra-se? Claro que não!
(vinda de onde vinha a palavra “descrispação” na altura pareceu-me de pouca importância!
Por isso até eu já a tinha esquecido!)
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« Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da República e não o comentador televisivo (convém relembrar), discorda da escolha de “geringonça” para palavra do ano em 2016. Fosse ele a escolher, a palavra eleita seria “descrispação”. Não admira. Essa palavra é inventada pelo próprio (ou seja, não existe nos dicionários). Foi por ele utilizada várias vezes nas suas intervenções ao longo do ano (em Março, quando tomou posse, e depois, por exemplo, em SetembroOutubroNovembro). E, também por isso, descreve e valida a leviandade que caracterizou os bastidores políticos nacionais em 2016. A leviandade de Marcelo, sobretudo, que passou um ano a ignorar os dois pilares que suportam essa “descrispação”.
Primeiro pilar; a exaltação de uma paz social que é, inequivocamente, artificial. [ler mais]
O segundo pilar, que sustenta a “descrispação”, está na recusa da legitimidade de um governo de direita. [ler mais] »
quem vende ilusões é sempre apanhado em contrapé pela passagem do tempo. I

Nós é para dar, a Emel é para ele entrar e os Cemitérios é ele para sair?

Repare nestes exemplos (e podia dar-lhe muitos mais) de “idas” a locais onde actualmente e por regra a dificuldade de estacionar é mínima:


Imagine que precisa de ir ao Centro de Saúde (pex.: a USF Rodrigues Migueis) mas o seu “selo de estacionamento” não é da zona, nem da zona contigua, daquela unidade de saúde. Claro que neste caso pode usar os autocarros da Carris.

Já agora imagine-se a residir na Gomes Pereira e pretende ir ao Mercado de Benfica ou a qualquer dos Supermercados que daquele estão próximos. E se, por mero acaso, praticar desporto no nosso Fófó, nele tiver que treinar para as Marchas Populares ou ir ver um bom jogo de futebol. Acontece que nestes casos terá que “ir a pé” porque, directamente, não tem os autocarros da Carris. 

E, se por acaso viver na zona do Cemitério vai ter dificuldade em ir às “feiras” do largo da Igreja e aos belos espectáculos de musica e similares que a sua presidenta lhe oferece naquele espaço a que pirosamente chamam “baldaya”..
ps: a propósito, sabe onde vive a sua presidenta?

quinta-feira, 25 de abril de 2019

e os Açores, Senhores? Os Açores!!!

a descolonização «daquilo que nós tínhamos para “vender”».
como e onde e incluir os Açores?
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....a primeira questão que se põe relativamente a Cabo Verde é: «A quem é que nós entregamos o poder em Cabo Verde?»
Logo a seguir ao 25 de Abril, esse é que era o problema de Cabo Verde. De Cabo Verde e de S. Tomé.
«A quem é que se entrega o poder, o que é que se faz com aquilo?»
Eu lembro-me de uma discussão, em que já se punha o problema de Cabo Verde (… e punha-se também o problema dos Açores!)
Se aparecesse uma organização, com alguma estrutura, que já funcionasse e fosse reconhecida internacionalmente e que pudesse] gerir estes territórios, essa organização era um excelente comprador daquilo que nós tínhamos para “vender”

(Coronel Matos Gomes, Estudos Gerais da Arrábida, A DESCOLONIZAÇÃO PORTUGUESA, Painel dedicado à Guiné (29 de Agosto de 1995).

o Copcon de Otelo e as FP-25A


História para os mais novos!
O autor, Manuel Castelo-Branco, é filho de umas das 17 vitimas assassinadas pelas FUP/FP 25 de Abril
«E se hoje é possível um programa como o Governo Sombra, foi porque o Copcon de Otelo não vingou. Porque apesar dos vários mandatos de captura em branco, as prisões arbitrárias, existiu um 25 de Novembro, que repôs os valores do Estado de Direito.
Porque apesar de serem “apenas” 17 vítimas mortais, assassinadas de forma covarde e à queima roupa, sete baleados, felizmente falhados, que não resultaram em vítimas mortais, mais de 20 atentados à bomba, assaltos a bancos, ameaças, intimidações e coações e extorsões, as FP-25A foram desmanteladas, os seus membros presos, julgados e condenados. E, no entanto, apesar de nunca se terem arrependido, pedido desculpa às vítimas ou sequer renunciado à luta armada, foram indultadas e amnistiadas [por Mário Soares e pela Assembleia da República com voto contra do CDS], não chegando por isso a cumprir a totalidade da pena»
mais AQUI

25 de Abril: Guiné, Bambadinca, Paúnca,

16 de Agosto de 1974.
Estão sequestrados há quarenta horas e ou Fabião consegue resolver a situação com os sequestradores, ou a situação agravar-se-á necessariamente, mesmo que a ameaça de fuzilamento que paira no ar não seja passada à prática.
Finalmente chega o helicóptero com o Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné. Carlos Fabião, que é também Encarregado do Governo, desce do helicóptero.
Aos homens que estão dentro do quartel o ruído do helicóptero não passa de modo algum desapercebido. Sabem que a partir daquele momento o desfecho está para breve.
Mas tudo correrá bem: com Fabião vêm duas malas. Rapidamente elas são abertas e o seu conteúdo distribuído pela Companhia de Caçadores 21. Assim que recebem o dinheiro os homens da Companhia de Caçadores 21 cumprem a sua palavra e libertam os militares que há quarenta horas ameaçam fuzilar caso não lhes fosse pago um resgate.
O que acabara de acontecer em Bambadinca explica-se em poucas palavras – militares portugueses de origem guineense ao saberem que iam ser desarmados e desmobilizados, o que os colocaria nas mãos do PAIGC, fizeram reféns alguns colegas de armas idos da metrópole.
Pedem um resgate – 300 contos por cada homem, valor que terá baixado para 60 – caso contrário começariam a fuzilar os reféns. Os oficiais seriam os primeiros. Dão 48 horas ao Comando Territorial para responder.
Em Bambadinca, o dinheiro, “patacão”, resolveu a situação.
mas
Em Paúnca, no início de Agosto de 1974, os militares fulas da Companhia de Caçadores 11, ao saberem que vão ser desmobilizados, expulsam do quartel os militares brancos. Estes, desarmados, dirigem-se a um acampamento do PAIGC que rapidamente recupera o quartel.
Sair rapidamente da Guiné tornava-se imperioso pois, desfeita a hierarquia de comando, multiplicavam-se situações comprometedoras como as de Bambadinca e Paúnca além de casos patéticos como os protagonizados pelo tenente-coronel Luís Ataíde Banazol que, não satisfeito com o dramático desfecho da operação em que entabulou por conta própria contactos com o PAIGC – a companhia caiu numa emboscada da qual resultaram dois mortos e dezoito feridos, dois dos quais ficaram mutilados –,

Banazol achou por bem enviar uma circular para todas as unidades da Guiné propondo que o Brasil assumisse o poder naquele território. Quem estivesse de acordo deveria enviar uma mensagem de resposta apenas com uma palavra: “Chapéu”

25 de Abril: Angola, Cabinda,

Novembro de 1974
O brigadeiro Silva Cardoso, membro da Junta Governativa de Angola, entra no Comando do Sector de Cabinda. Vários militares do MPLA devidamente armados fazem a segurança do edifício. Alguns soldados portugueses permanecem sentados.
A situação que levara Silva Cardoso  a Cabinda é, no mínimo, surreal: em território sob administração portuguesa, um movimento, o MPLA, mantinha sequestrados vários militares portugueses, dentro de uma unidade militar portuguesa e com a conivência de militares portugueses.
No primeiro andar do Comando do Sector, Silva Cardoso cruza-se finalmente com um capitão das Forças Armadas Portuguesas. Diz-lhe ao que vai. O capitão indica-lhe a porta de uma sala guardada por um militar das FAPLA. Quando a porta é aberta avista-se uma sala onde eram mantidos presos os oficiais do Comando de Cabinda, entre os quais o próprio comandante, brigadeiro Themudo Barata. O óbvio remetia para uma palavra que entre os militares tem um peso próprio: traição.
Com a cumplicidade de vários militares portugueses, o MPLA não só tomara o Comando do Sector de Cabinda, como fizera prisioneiros os militares do respectivo comando.

A razão era simples: o MPLA precisava aceder ao material de guerra proveniente da URSS. Mas para isso o MPLA tinha de controlar as zonas portuárias e precisava de circular livremente dentro de Cabinda. Ora Themudo Barata não aceitara pactuar com essa manobra. Logo criar uma situação que obrigasse ao seu afastamento foi a solução. https://observador.pt/especiais/descolonizacao-o-terror-do-batalhao-em-cuecas/?fbclid=IwAR2IaaWuf_SWnZ3Q_2C7Vll3u331zqHUkt797P6-57-T-8Nc3rK9HEvfUX0

25 de Abril: O terror do batalhão em cuecas

Às 5 horas da madrugada do dia 1 de Agosto de 1974 a Frelimo capturou a guarnição de Omar sem disparar um tiro. A 2 de Agosto em Dar-se-Salam a Frelimo começou a ganhar a guerra sem ter sequer necessidade de travar a batalha da negociação: consegue ser reconhecida como interlocutor único no processo de transição para a independência de Moçambique.

...entende-se melhor a forma como a companhia estacionada em Omar explica ter reagido quando, na madrugada do dia 1 de Agosto de 1974, ouviu, provenientes da orla da mata, vozes ampliadas por megafone, dizendo:
“Atenção aquartelamento de Omar, nós não estamos contra vocês, lutamos contra o fascismo e o colonialismo, e esses terminaram no dia 25 de Abril. Queremos falar com vocês. Mandem um mensageiro à pista, pois nós estamos sem armas. Queremos apenas falar convosco, não queremos mais derramamento de sangue.” – recorda José Carlos da Silva e Costa Monteiro, então comandante interino da Base de Omar, no testemunho que deu em Agosto de 2014 ao Jornal dos Combatentes do Ultramar.
Perante esta declaração, explica José Carlos da Silva e Costa Monteiro , um soldado ofereceu-se  para ir à pista como mensageiro: “todo o restante pessoal continuou nas valas e em diversas posições de fogo. Quando o referido mensageiro ia a chegar à pista, novas vozes de megafone se ouviram, pedindo para que o Comandante viesse também à pista. Perante isto, o comandante do aquartelamento, alferes miliciano José Carlos da Silva e Costa Monteiro, acedeu em ir também à pista juntamente com o referido soldado Piedade.
Surgiram então cerca de 8 a 10 indivíduos desarmados, munidos com gravadores portáteis, máquinas de filmar e máquinas fotográficas. Quando o alferes Monteiro se encontrava a falar com o comandante deste pequena força ele repetiu as palavras já ditas pelo megafone e pedia para falar com os soldados da Companhia na pista. Perante esta insistência, o comandante do aquartelamento de Omar alvitrou que poderia entrar e falar com a Companhia dentro do aquartelamento, o que lhe foi contestado, alegando medo de qualquer reacção das nossas tropas ou da força aérea.
Perante isto, e como não se notava qualquer presença de indivíduos armados, foi aceite que parte da Companhia fosse para a pista. Ficaram nas posições as secções de obuses 8,8 morteiros e postos de sentinela.
Quando se encontravam na pista, houve uma força de cerca de 100 indivíduos, que pela porta de armas traseira, que dava saída para a lixeira, entraram de assalto, tomando as nossas posições dentro do quartel. A reacção das secções de obus não era possível, e como tal, a força que entrou obrigou o pessoal das restantes posições a abandonar e sair. No mesmo momento em que a força toma o quartel, há uma outra força emboscada na orla da mata da pista que cerca todo o pessoal que nela se encontrava.
A partir daí não foi possível qualquer reacção.”
Dos 140 homens estacionados em Omar, apenas três conseguem fugir. Os restantes foram aprisionados.
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Mas a captura de Omar estava longe de esgotada como elemento de estratégia política. Enquanto os homens da Companhia de Omar são levados em direcção à Tanzânia, o registo sonoro e fotográfico da sua captura faz também o seu caminho. Material de propaganda da Frelimo sob o título “The battle that was won without a shot” mostra nos dias seguintes fotografias de alguns dos militares capturados. Sob as fotos vem a respectiva identificação, a patente e extensas declarações de apoio desses mesmos militares à Frelimo.
Jornalistas e fotógrafos internacionais são convidados a ir à Tanzânia ver os militares portugueses capturados em Omar. O alferes miliciano José Carlos da Silva e Costa Monteiro declarará anos mais tarde que nem ele nem os seus homens foram maltratados. Confirma que, a meio da viagem entre Moçambique e a Tanzânia, as fardas do exército português que envergavam foram despidas para darem lugar às da Frelimo. Terá sido aliás com essas fardas que desfilaram em Dar-es-Salam em meados de Agosto diante dos chefes da Frelimo que terão convidado vários representantes da imprensa internacional para assistirem a esse momento simbólico da derrota de Portugal.

Os militares capturados em Omar permaneceram na Tanzânia até 19 de Setembro de 1974. Ou seja, até doze dias após Portugal ter celebrado o Acordo de Lusaka, que no seu primeiro ponto estabelece que o Estado Português aceitava transferir progressivamente para a Frelimo os poderes que detinha sobre o território moçambicano.
Nenhum dos militares capturados em Omar foi oficial ou institucionalmente ouvido.
Para descanso de todos os protagonistas, os jornalistas esses fizeram o que se esperava: não se dedicaram a especulações reaccionárias e não escreveram sobre Omar. 

Uma chico-espertice que, desta vez, não colou!

Tudo parecia na paz dos cemitérios, politicamente falando, quando João Pedro Costa anunciou que iria desfiar os nomes dos corpos sociais da AACL, uma organização fundada em 2017. Antes desse momento, já Fernando Medina, com uma expressão facial a denotar algum incómodo, tentava meter fim à conversa, sugerindo um adiamento da proposta: "Dado o adiantado da hora", sugeriu o presidente da Câmara. "Entre os órgãos da associação", prosseguiu João Pedro Costa, no que foi de novo interpelado por Medina: "Eu ía propor que nós adiássemos...". [Uma chico-espertice que não colou!] Mas o vereador da oposição não o deixou terminar. "Mas estamos numa reunião pública" [além dos munícipes que se queiram deslocar aos Paços do Concelho, pode ser seguida em directo no site da Câmara]. [Mais uma vez] O Medina, líder socialista de Lisboa, quis cobrir a parada: "Adiamos para uma sessão pública". 
O eleito do PSD fez ouvidos de mercador: "Se calhar não quer que eu prossiga, mas eu vou prosseguir". 
E assim fez: "Jorge Ferreira, fotógrafo de campanhas do PS e de eventos da Junta de Freguesia do Lumiar; Pedro Almeida, funcionário do PS no Parlamento; Inês César, sobrinha de Carlos César; a sua mãe, Patrocínia Vale César (cunhada do Carlos César), deputada municipal do PS e o seu pai, Horácio Vale César (irmão de Carlos César e assessor de João Soares quando ele foi ministro da Cultura); o João Soares e o Diogo Leão, deputados do PS; Filipa Brigola, assessora do grupo parlamentar do PS
E podia continuar a elencar nomes", advertiu. "Temos aqui mais uma vez um lóbi familiar socialista", disse o vereador do PSD.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

da tenebrosa máquina de propaganda!

A “política de comunicação” do PS é basicamente convencer os portugueses de que tudo vai bem quando quase tudo vai mal. Se se usar a expressão ‘mentira organizada’, não se está longe da verdade. Obviamente, os socialistas a as esquerdas em geral beneficiam de uma complacência geral e, nalguns casos, de uma cumplicidade activa de grande parte da comunicação social [a imprensa a que temos direito]. Sem esse apoio, não haveria “política de comunicação.”
No caso do governo do Costa, a “política de comunicação” (pex. Impresa) beneficiou ainda da camaradagem do Bloco de extrema-Esquerda (Público, pex.) e do PCP (pex. DN e JN). Com os camaradas mais radicais domesticados, a “política de comunicação” é mais eficaz. (in Direita Politica @direitapoliticap )

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Sabe o que é a Desinformação!


repare na manchete 
‘Alqueva do Ribatejo’ vai avançar

repare na fotografia "bonita" que o faz esquecer o texto do Vítor Andrade:
“Capoulas, que ainda está ministro, confirmou ao Expresso que até 15 de Maio será lançado o concurso para o estudo que permitirá ao Governo apurar se o projecto tem pernas para andar.”
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Não, não vai avançar! O Capoulas ainda vai ver se haverá algum do seu dinheiro "para ela andar"
´
(e agora já começa a perceber o que é a "desinformação"?)

o Costa é um homem de família

A pobre Constança não foi despedida apenas por incompetência da própria e pela pressão do Presidente da República, não! 
O Azeredo Lopes não foi substituído por se ter esquecido de trancar a porta do paiol, nada disso! 
E nem o Adalberto nem a Leitão Marques eram maus funcionários nem costistas não-praticantes! 
O problema foi essencialmente outro e foi no programa da Cristina que me apercebi: 
o Costa é um homem de família!
E ser um homem de família – sublinhe-se bem – é uma enorme qualidade e dentro de certos parâmetros um comportamento a defender e preservar. Significa que cuidamos dos nossos em primeiro lugar, que pomos todos os interesses em posição subordinada aos do nosso núcleo mais próximo e quer dizer que iremos sempre amar e defender o nosso contingente mais íntimo contra tudo e contra todos – incondicionalmente. [...]

E se o programa da Cristina me revelou o homem e o seu carácter, outros programas revelaram-me a solução – refiro-me 
a “Quem quer casar com o agricultor” e 
“Quem quer casar com o meu filho”. (in “O reality show de António Costa” por Luís Reis)

sábado, 20 de abril de 2019

Paris, 2022. Submissão ou Premonição?

François, investigador universitário, cumpre desapaixonadamente o ofício do ensino enquanto leva uma vida calma e impermeável a grandes dramas, uma rotina de quarentão apenas ocasionalmente inflamada pelos relacionamentos passageiros com mulheres cada vez mais jovens. É também com indiferença que vai acompanhando os acontecimentos políticos do seu país. Às portas das eleições presidenciais, França está dividida. O recém-criado partido da Fraternidade Muçulmana conquista cada vez mais simpatizantes, graças ao seu carismático líder, numa disputa directa com a Frente Nacional. O país obcecado por reality shows e celebridades acorda por fim e toma de assalto as ruas de Paris: somam-se os tumultos, os carros incendiados, as mesas de voto destruídas. Afastado da universidade pela nova direcção, deprimido, François retira-se no campo, onde espera deixar de sentir as ondas de choque da capital. Regressa a Paris poucos dias depois do desfecho eleitoral e encontra um país que já não reconhece. É tempo de questionar-se sobre se deve e pode submeter-se à nova ordem.

a guerra do futuro!


traz famíia!


Tão ladrão é o que vai à horta como o que fica à porta




...e, como vejo poucos indignados, 

admito que a maioria apoia o estado a que isto chegou!


ainda há quem lhes compra as "cautelas premiadas"?

como o meu “passe” acabou hoje
em vez dos €14,70 terei que carregar os 20 euros do “novo modelo” e “titulo de transporte” irá caducar no dia 30.
Isto cobram €20.00 e sacam €4.90 do antigo. Negócios à Costa, Centeno & Cia
.
já sei,
estou a ficar repetitivo, mas é uma atrás da outra....
quem é que vive na Caverna do Ali Bá Bá?

Dia do Combatente do Ultramar...

Claro que os gajos estão a gozar com a gente:
No novo Estatuto de Antigo Combatente fica definido que se passará a assinalar o “Dia Nacional do Combatente” em 11 de Novembro, data do armistício que pôs fim à I Guerra Mundial.

Camaradas! Lá estarei, em Belém, no dia 10 de Junho 
com os meus camaradas que, de verdade, combateram.

sexta-feira, 19 de abril de 2019

a assinatura Genética dos Portugueses...

Grande parte da História de Portugal está gravada no seu ADN. Na verdade existe um carimbo genético exclusivamente português. Em 1997, uma equipa de cientistas portugueses e espanhóis investiga três genes de um conjunto denominado como HLA, e faz revelações surpreendentes.



Há mais de 20 mil genes na espécie humana. Esta diversidade genética dependa da acumulação de mutações aleatórias ao longo do tempo, mas também dos cruzamentos entre as várias populações do mundo. Hoje a genética da nossa espécie é uma gigantesca miscelânea que se deve a encontros e cruzamentos entre povos que se encontravam separados geograficamente.

descubra o jornalismo democrático (a que temos direito...)


quinta-feira, 18 de abril de 2019

esta crise “era uma coisa entre privados" ?


[Convém notar que] a primeira abordagem do Governo a esta crise foi a de que “era uma coisa entre privados”. [Tal como Rui Rio] Chegou a verbalizá-lo. O que é naturalmente um disparate e uma omissão das responsabilidades executivas.
Por esta lógica se houver uma greve na EDP, empresa privada, e o país ficar sem electricidade, o Governo intervém de forma decisiva quando? Ao terceiro dia, como desta vez, como se fosse sempre Páscoa? . 
E se a greve for em todas as farmácias, que também são privadas?


quarta-feira, 17 de abril de 2019

um dia substituíram-lhe o nome “imprensa”

os efeitos do protesto dos transportadores de combustíveis apanharam todos de surpresa, 
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Agora a pergunta que tem que ser feita é
porque é que a “comunicação social” lhes (e nos) não “comunicou” as consequências que estamos e vamos continuar a sentir ?


madeira

Costa diz que tragédia não mancha “prestígio internacional” da Madeira e
Marcelo desloca-se à Madeira esta sexta-feira 18

19 feridos ainda permanecem no hospital
Ainda permanecem 19 feridos no Hospital Dr. Nélio Mendonça, que enviou um comunicado a fazer o ponto de situação:
– 8 vítimas tiveram alta
– 8 vítimas estão internadas na Ortopedia
– 4 vítimas estão na Unidade de Cuidados Intensivos
– 1 Vitima na Unidade de Cuidados Intermédios Cirúrgicos
– 6 Vítimas em Observação no Serviço de Urgência

Cinco vítimas foram submetidas a intervenções cirúrgicas “no âmbito da especialidade de ortopedia e cirurgia geral”: duas portuguesas — os dois únicos feridos de nacionalidade portuguesa — e três estrangeiros. “Ainda durante o dia de hoje [quinta-feira] está prevista uma intervenção cirúrgica numa vítima de nacionalidade estrangeira”, informa o hospital em comunicado.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Notre Âme

e o BE e o PCP vão ajudar o PS a aprovar o documento...


escutaram-se críticas da esquerda e extrema-esquerda em relação ao Programa de Estabilidade apresentado pelo “governo”, isto é:.
os parceiros do Governo afirmaram-se céticos em relação às opções tomadas pelo Executivo, com o BE e o PCP a indicarem que o PE não apresenta as medidas corretas para o futuro de Portugal, por isso
é claro que BE e PCP vão ajudar o PS a aprovar o documento...

Programa de Estabilidade...


lembram-se? casas com renda acessível para 1100 pessoas em zonas nobres!


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Certamente porque andaram ocupadas a reivindicar a libertação de Lula da Silva nem a CGTP nem a UGTtiveram tempo e cabeça para denunciar o que está a acontecer ao património da Segurança Social na cidade de Lisboa. Nos mesmos dias em que as duas centrais sindicais portuguesas arrancavam as vestes por Lula da Silva, o presidente da CML, Fernando Medina, anunciava habitação “para mais de 1100 pessoas, entre habitação permanente e residências universitárias, quartos para estudantes universitários.” Tudo isto graças aos dez edifícios que a Segurança Social actualmente ocupa na Av. dos Estados Unidos da América, Av. da República, Entrecampos e Alameda.
Espantosamente esta municipalização do património da Segurança Social não causou qualquer pergunta. Mas há muito para perguntar.
Em primeiro lugar, qual o interesse para Segurança Social em transformar o seu valioso património imobiliário em habitação social?
Esta não terá de acabar na degradação recorrente de muita da habitação social na cidade de Lisboa mas na melhor das hipóteses não dará prejuízo. O que ganham os trabalhadores com esta afectação?
E já agora, quais vão ser os custos que a Segurança Social vai ter de suportar com as suas novas instalações?
A utilização da Segurança Social para fazer políticas de urbanismo seja investindo em habitação social o dinheiro do  Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social seja agora através desta municipalização dos seus edifícios permite fazer belas sessões de propaganda mas é um péssimo negócio para a Segurança Social.

Será muito difícil perguntar aos dirigentes da CGTP e da UGT porque se calam perante este esbulho da Segurança Social? (in “A pantomina” por Helena Matos)

domingo, 14 de abril de 2019

Fernando Negrão ou o PSD de parabéns! Lembram-se?


óh Dr. Negrão agora é que estás lixado com a bancada à tua direita (sem esquecer o " i " da imprensa a que temos direito)!
as LGBTQIA, isto é, as Fufas, paneleiros, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros boiolas, travas, travecos, bichas, viados, sapatões, putas homofóbicas, misóginos e similares...
(aceito mais sugestões)
vão estar todas contra ti..
Não sei quem é o “lider” de Setubal que estás a apoiar, mas estou contigo!







sábado, 13 de abril de 2019

Renovação da Linha de Cascais...



Desta vez
o funcionário da tenebrosa máquina de propaganda do partido socialista não disse para que ano...
quando respondia a um deputado, durante a audição na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas
Pedro Marques, ministro, explicou que
“Estamos a preparar [para a Linha de Cascais] investimento com financiamento de fundos comunitários”, recordou o governante. Serão feitos investimentos na infraestrutura, com a renovação do sistema de controlo de segurança, a migração para novo sistema de tensão, e a preparação para esta linha ser ligada à rede nacional ferroviária”

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...e, de repente, dei por terem passado 30 anos!

Esta é uma fotografia do dia da inauguração do Pavilhão Poli-desportivo da Junta de Freguesia de Benfica. 
Estavam acabadas a “requalificação para instalações da Junta” da antiga sede do Sport Lisboa e Benfica com a instalação dos Serviços Administrativos da Junta – incluindo a sua informatização -, do espaço para a realização das Assembleias de Freguesia, do novo Centro Clínico e do Centro Cultural. A Piscina (de “água quente” dedicada ao ensino da Natação) tinha sido concluída um ano antes e nela funcionavam 14 Escolas de Natação das Associações Desportivas da Freguesia .

Da esquerda para a direita:
O Vogal da Cultura e Desporto, Fernando Saraiva, que nos anos seguintes virá a ser um notável Presidente da Junta em mandatos que marcam profundas mudanças na Freguesia.
Augusto Teixeira, assessor do Vogal da Cultura e Desporto. Do seu trabalho resultaram, entre outras, a criação da Associação de Comerciantes de Benfica, as Feiras de Produtos Regionais, as iluminações de Natal das principais ruas da freguesia. Teixeira virá a ser Vereador e Presidente de Junta. em município e freguesia, no Distrito de Viseu.
O Vogal para Actividades Desportivas, Fernando Henriques, da sua aplicação ao serviço dos fregueses resultaram os Campeonatos de Futebol de Salão que envolveram todas as Associações Desportivas da freguesia, os Campeonatos de Judo (organizados com a direcção do Mestre Carlos Santos) – um deles internacional e, em anos sucessivos, duas deslocações a França dos atletas da Junta aos Campeonatos Europeus de Juniores em Moirans.
O Presidente executivo e Secretário da Junta, José Costa Deitado, e o Presidente e Deputado Municipal, Manuel Damásio.
José Spinolaassessor para a Área Social,  a quem se deve muito do trabalho de recuperação efectuado nos espaços mais degradados da Freguesia. De salientar a sua acção na recuperação dos danos causados pelo incêndio que destruiu as habitações de uma antiga família (de origem cigana) que há mais de duzentos anos  era referenciada na antiga freguesia de Benfica, ainda do Município de Belém.
O Vogal Tesoureiro da Junta, Carlos Fernandes, sem o qual não teria sido possível realizar todas as obras -Centro Clínico, Centro Cultural, Piscina e Pavilhão Poli-desportivo– com recursos financeiros da Junta e praticamente sem recorrer ao público do Fundos de Equilíbrio Financeiro.
Não está na fotografia a Vogal da Acção Social e Centro Clínico, Teresa Alcântara, que transformou o Posto de Enfermagem vindo das antigas instalações da Estrada de Benfica num moderno Centro Clínico com Direcção Clínico e duas dezenas de Especialidades Médicas. A ela se ficou também a dever a criação do Serviço Jurídico de Apoio aos Fregueses e Retrato Social da Freguesia baseado num Estudo de Opinião apurado num milhar de entrevistas presenciais.
A titulo de “curiosidade”:
ao tempo nem os Membros do Executivo, nem os assessores eram remunerados. Trabalhavam a titulo gratuito!