Três
anos depois, dos políticos lá se souberam os nomes, mas dos jornalistas nem um
nome foi divulgado
.
Em
breve perfazem três anos que o semanário Expresso, integrado num consórcio
internacional de investigação jornalística, divulgou que, no âmbito do
escândalo das offshores dos Papéis do Panamá, o saco azul do GES tinha feito
pagamentos regulares a políticos e jornalistas.
Três
anos depois é legítimo questionar o porquê de tanta opacidade em relação aos
nomes dos jornalistas que deveriam estar nos mesmos ficheiros onde foram lidos
os nomes dos políticos, mas nada.
Os
arautos deste jornalismo de alegada investigação, parcial, selectiva e em causa
própria, sentem-se bem com a suspeita de que no passado escreveram não em
função de critérios jornalísticos, mas em função dos interesses do BES,
mandando o direito à informação às ortigas? ( in “Três
anos de opacidade do jornalismo de investigação” por António Galamba )