sexta-feira, 29 de julho de 2022

FP 25 Abril

Forças Populares 25 de Abril (FP-25) foram uma organização terrorista de extrema-esquerda que operou em Portugal entre 1980 e 1987.
Parte significativa dos seus militantes procediam das antigas Brigadas Revolucionárias, organização portuguesa de extrema-esquerda criada no início dos anos 70 por dissidentes do PCP..
Entre 1980 e 1987, as FP-25 foram directamente responsáveis por 13 mortes — às quais acrescem ainda as mortes de 4 dos seus operacionais —, dezenas de atentados a tiro, outros com recurso a explosivos e assaltos a bancos, viaturas de transporte de valores, tesourarias da fazenda pública e empresas
No plano legal, o julgamento dos actos imputados à organização foi incompleto, quer por prescrição de alguns dos processos, quer pela dificuldade em identificar os autores materiais dos factos.
As figuras mais conhecidas vinculadas às FP-25 foram Otelo Saraiva de Carvalho, José Mouta Liz e Pedro Goulart


assassinados pelos terroristas:

Agostinho Francisco Ferreira, Vítor Oliveira David e Carlos Alberto Caldas, José Lopo dos Santos, Fernando Rolo, Manuel Inglês Esquível, Arnaldo da Silva Rodrigues, Adolfo Dias e Evaristo Ouvidor da Silva, Fernando Abreu, João Mesquita de Oliveira, Diamantino Monteiro Pereira, Manuel Amaro de Carvalho, Nuno Dionísio, Rosa Pereira,  Rogério Canha e Sá,  Arnaldo Freitas de Oliveira, Manuel Liquito,  Alexandre Souto, Gaspar Castelo Branco, Álvaro Militão.


Enquadramento ideológico
Surgidas do período pós-revolucionário, as Forças Populares 25 de Abril aglutinaram os sectores mais radicais da esquerda revolucionária, corporizando um manifesto descontentamento com a evolução política do país, nomeadamente, segundo essa organização com a instauração de um sistema representativo parlamentar de base partidária e a reactivação do sistema económico-social de pendor capitalista. São aliás claras no documento de apresentação pública da organização "Manifesto ao Povo Trabalhador" datado de Abril de 1980, as alusões àquilo que a organização considerava serem desvios graves à constituição de 1976, nomeadamente o abandono do socialismo, o abandono da Reforma Agrária ou a perda de expressão e peso decisório da vontade popular.
Ligações externas e financiamento
Apesar de serem conhecidas algumas tentativas de aproximação a governos de países estrangeiros no sentido de obter financiamento e apoio logístico, a verdade é que o financiamento da organização parece ter sido feito na sua maior parte através de roubos. Contudo existem provas concretas do apoio de governos externos, nomeadamente do moçambicano, no que diz respeito à permissão de entrada e residência de militantes fugidos à justiça portuguesa.
Simultaneamente existem ainda fortes indícios da existência de relações de colaboração com organizações armadas clandestinas estrangeiras, nomeadamente com o IRA e a ETA. No caso desta última tudo indica terem existido permutas de armas e intercâmbio técnico e logístico entre militantes.
Acções armadas
Ao contrário do que havia sucedido em épocas e organizações anteriores, nomeadamente no caso das Brigadas Revolucionárias, as Forças Populares 25 de Abril cedo assumiram os assassinatos selectivos e a utilização de violência extrema nas suas acções como práticas inevitáveis no contexto da luta armada por si conduzida. Pese embora no período de charneira entre o fim público das Brigadas Revolucionárias e o surgimento das Forças Populares 25 de Abril se verificar o envolvimento de militantes de ambas as organizações.
ver aqui a Sequência cronológica dos atentados 

o pérfido "Maneta" mandante do massacre de Évora

o dia mais negro da História da milenar cidade de Évora

Por volta das quatro da tarde do dia 29 de Julho do ano de 1808, vindos pela Estrada de Montemor e após a resistência possível dos bravos que corajosamente a defendiam, as tropas francesas comandadas pelo General Loison, o pérfido "Maneta", as tais que traziam as "Luzes" e a "Liberdade" na ponta das baionetas, entraram finalmente na cidade espalhando a morte e o terror num bárbaro saque no qual assassinaram centenas de eborenses e vandalizaram, pilharam e roubaram inúmeras casas, solares, palácios, igrejas e conventos, destruindo ou levando consigo um espólio de valor incalculável.
E no tocante aos que tombaram às mãos do invasor cruel, homens e mulheres, novos e velhos, ricos e pobres, todos vítimas inocentes, vidas perdidas na ávida cegueira do saque, basta percorrer os livros paroquiais das Freguesias da cidade nos registos de óbito desses dias para se ver a extensão da barbárie.

(os róis das vítimas mortais constantes dos registos dos óbitos das Freguesias de Santo Antão, Sé, São Mamede e São Pedro estão digitalizadosJosé Luís Espada-Feyo

segunda-feira, 18 de julho de 2022

TRAMBOLHÃO !

Costa, com a “mãozinha” da comunicação social, lá foi vendendo a sua banha-da-cobra até chegar à maioria absoluta. De promessa em promessa, quais fake news toleradas, valeu tudo, desde o silêncio cúmplice do presidente ao assobiar para o lado de quem tem o dever de escrutinar. Mas o trambolhão político é tal que é o próprio primeiro-ministro a manifestar choque com a falta de reformas estruturais que o próprio não fez.
Passados 100 dias da tomada de posse do XXIII governo constitucional, a ilusão começa a esbarrondar.
Com estrondo!

A autoridade do primeiro-ministro é diminuída pelo principal par.
O presidente é registado, de selfie em selfie, como um adereço da República.
Os cidadãos estão zangados, sentem-se enganados.

O fantasma do fascismo já não chega para explicar os falhanços sistematicamente desculpabilizados.
Nem a pandemia, nem a Guerra na Europa, podem servir de álibi, porque os seus efeitos devastadores ainda não se fazem realmente sentir.
O país contínua vulnerável, adiado, à mercê de mais um qualquer “amplo consenso”, obra faraónica, salvador com ou sem boné, gola e estrelas.
O balanço da governação é mais cidadãos sem médico de família, mais famílias que precisam de apoio para comer, mais sem-abrigo, mais dívida, mais impostos e mais inflação, em suma, demasiado caos, desfaçatez política e impunidade.
Será suficiente para desta vez despertar os portugueses?
O debate do Estado da Nação marca o regresso aos tempos da maioria de Sócrates, aos fumos da corrupção, à compra e venda na comunicação social, a mais e mais anúncios e truques.
A receita pode ser sempre a mesma, mas a fuga está cada vez mais difícil. (por ruicostapinto em cronicas modernas)


O PSD de Luís Montenegro ganha terreno ao conseguir obter 30,1% das intenções de voto face aos 25,2% registados em Abril no barómetro da mesma empresa.
Já o PS parece acusar o desgaste gerado pela crise económica e as polémicas no Governo ao recuar para 35,8, perdendo perto de 5 pontos percentuais face aos 40% obtidos em Abril.
Em terceiro lugar surge o Chega, que reforça a sua posição para os 10,2% face aos 7,8% registados em Abril passado, deixando para trás a Iniciativa Liberal com 6,1%.
Na Extrema-Esquerda, o Bloco reforça um pouco o seu peso, passando de 4% para 5,6%, uma tendência que é inversa à da CDU que passou de 4,1% para 3,3%. Surge depois o Livre com 2% de intenções de voto, seguido do PAN com 1,4%. O CDS volta a descer dos 2,2% para os 1,4%.

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Marcelo: "Lé Lé da Cuca"

 

I PARTE “DEITO-ME TARDÍSSIMO. DURMO POUCO, TRÊS HORAS E MEIA, QUATRO EXCEPCIONALMENTE. [...] E SOU HIPOCONDRÍACO, ASSUMIDO E TEÓRICO. ENTRO NUMA FARMÁCIA E PERGUNTO O QUE HÁ DE NOVIDADES” II PARTE “NUNCA ADERI À OPUS DEI PORQUE SOU MUITO LIVRE, MUITO INDEPENDENTE, MUITO REBELDE. NÃO SOU UM CATÓLICO ORTODOXO” III PARTE “AS DECLARAÇÕES QUE FAÇO SÃO TODAS INTENCIONAIS E VISAM PICAR BALÕES E CONTROLAR PREVENTIVAMENTE ACONTECIMENTOS, NUMA ALTURA EM QUE PODE RESVALAR RAPIDAMENTE. NÓS, NAS DEMOCRACIAS, ESTAMOS HÁ MUITO TEMPO MUITO EMOCIONAIS, MUITO POUCO RACIONAIS”

domingo, 10 de julho de 2022

650 anos do Tratado de Tagilde

O Tratado de Tagilde foi um tratado firmado em 10 de Julho de 1372 em Tagilde, freguesia do concelho de Vizela . Foi um dos mais importantes acordos políticos de Portugal. O rei D.Fernando I de Portugal assinou com os delegados de João de Gante, duque de Lencastre, o chamado “pacto de Tagilde”. Esse acordo constituiu o primeiro fundamento jurídico do futuro tratado de aliança Luso-Britânica, que ainda hoje perdura.

Monumento Evocativo ao Tratado de Tagilde

Naquele pacto, Portugal comprometia-se a ajudar João de Gante, Duque de Lencastre, por mar e por terra, contra Henrique II de Castela e/ou o Rei de Aragão. O rei português não poderia adquirir quaisquer terras nos senhorios de Castela. Já no reino de Aragão as terras seriam daquele, D. Fernando ou João de Gante, que primeiro as conquistasse.

Junto à igreja matriz de Tagilde, encontra-se desde 1953 um elegante padrão em pedra que memoriza o acto entre os dois países.

segunda-feira, 4 de julho de 2022

PPD/PSD um partido médio?

Esmagado pelo PS, ameaçado pelo Chega, atingido pela Iniciativa Liberal, numa crise de resultados que terá mais de estrutural do que conjuntural. Mesmo depois de ter engolido o CDS, o PSD parece estar numa camisa de forças: acantonado a Norte, pressionado no litoral e junto à fronteira; perdeu os pensionistas para os socialistas; está a perder os menos qualificados para o Chega; e os mais jovens para a Iniciativa Liberal.

O PSD está condenado a transformar-se num partido médio ou existe margem para sair do labirinto?

“A missão histórica do PSD está acabada”,
“Qualquer líder que venha a ser eleito terá pela frente uma luta inglória” responde José Miguel Júdice.

domingo, 3 de julho de 2022

a Alegoria da Caverna

A "Alegoria da caverna", é uma explicação metafórica, elaborada pelo filósofo grego Platão, sobre a situação do ser humano diante do conhecimento.

Na narrativa do mito, Platão apresenta-nos vários homens presos numa caverna. Estão amarrados pelo pescoço, não podem virar a cabeça e só podem ver o fundo da caverna. Atrás deles há uma fogueira que ilumina o recinto e um corredor por onde circulam homens (que os presos não veem) com todo tipo de objetos. As sombras destes últimos projetam-se no fundo da caverna, e é apenas isso que os acorrentados veem: projeções de sombras, que confundem com a realidade.

A narrativa sofre uma reviravolta quando um dos prisioneiros se solta (este seria o filósofo), sai da sua "prisão" e descobre que a realidade é outra, com um mundo onde existem lagos, árvores, animais (todas as coisas)... Este mundo representaria o mundo das ideias de Platão, onde estão as ideias essenciais de cada objeto no mundo, mas onde estão também as ideias abstratas, como as matemáticas, as ideias mais puras como a beleza, a justiça, etc., e onde está a ideia mais "pura" de todas, que é a ideia de “BEM”, representada no mito como o sol -uma ideia tão pura que só de olhar queima nossos olhos.

Feliz com a sua descoberta, o prisioneiro agora livre retorna aos seus ex-companheiros para lhes contar sobre a realidade que existe fora da caverna, e que o que eles veem não passa de sombras. Qual é a reação daqueles que ainda permanecem na caverna? Riem do ex-companheiro. Eles pensam que a luz o cegou, que é por isso que ele diz essas coisas tão "descabidas". Para provar o contrário, o homem livre tenta remover as correntes dos restantes (esse seria o objetivo da filosofia para Platão), mas eles recusam-se e ameaçam matá-lo.

O mito da caverna de Platão afirma que muitos de nós vivemos confortavelmente no engano, quando há uma realidade lá fora esperando por nós, mas que nós "não queremos ver".” 

(in feicebuque)