o dia mais negro da História da milenar cidade de Évora
Por volta das quatro da tarde do dia 29 de Julho do ano de 1808, vindos pela Estrada de Montemor e após a resistência possível dos bravos que corajosamente a defendiam, as tropas francesas comandadas pelo General Loison, o pérfido "Maneta", as tais que traziam as "Luzes" e a "Liberdade" na ponta das baionetas, entraram finalmente na cidade espalhando a morte e o terror num bárbaro saque no qual assassinaram centenas de eborenses e vandalizaram, pilharam e roubaram inúmeras casas, solares, palácios, igrejas e conventos, destruindo ou levando consigo um espólio de valor incalculável.
E no tocante aos que tombaram às mãos do invasor cruel, homens e mulheres, novos e velhos, ricos e pobres, todos vítimas inocentes, vidas perdidas na ávida cegueira do saque, basta percorrer os livros paroquiais das Freguesias da cidade nos registos de óbito desses dias para se ver a extensão da barbárie.
(os róis das vítimas mortais constantes dos registos dos óbitos das Freguesias de Santo Antão, Sé, São Mamede e São Pedro estão digitalizados) José Luís Espada-Feyo