António de Oliveira Salazar, conhecido apenas pelo último nome, foi o primeiro ministro de Portugal durante 36 anos (1933 até 1968).
Salazar nasceu em Vimieiro no dia 28 de abril de 1889.
O político era filho de um feitor (António de Oliveira) responsável por uma propriedade no pequeno povoado Vimieiro, situado no concelho de Santa Comba Dão. A mãe do estadista chamava-se Maria do Resgate Salazar. O casal teve três filhos: António e mais duas irmãs.
Salazar ingressou em Outubro de 1900 no seminário de Viseu onde permaneceu por oito anos. Quando saiu do seminário, começou a dar aulas em uma escola de Viseu e actuou também como professor particular.
Formou-se em direito em 1914 pela Universidade de Coimbra. É em Coimbra, aliás, que Salazar ingressa na vida política tendo liderado o Centro Académico de Democracia Cristã.
Tornou-se professor da mesma instituição em 1917 ocupando a disciplina de Ciências Económicas, após ter se especializado em Economia.
Salazar foi um dos responsáveis pela fundação do Partido Centro Católico (1921).
Após a derrubada do governo parlamentar - em maio de 1926 - recebeu um convite para assumiu o posto de ministro das finanças, mas não obteve a autonomia que desejava.
Dois anos mais tarde, António Oscar de Fragoso Carmona, então presidente, deu ainda mais poder à Salazar e lhe ofereceu todo o controle das contas públicas - em 28 de abril de 1928 Salazar assumiu o cargo de Ministro das Finanças.
À frente do ministério, conseguiu inverter o problema do déficit público e transformou-o em superávit. Com o saldo positivo, pode ajudar a desenvolver o país.
No dia 5 de Julho de 1932, Salazar foi nomeado primeiro ministro por Carmona. O período em que esteve no poder foi marcado pelo conservadorismo, pelo autoritarismo, pelo nacionalismo e pela influência de um pensamento católico.
Os seus anos à frente do país ficaram conhecidos como "Estado Novo Português". Foi um período marcado, especialmente, pelo fim das liberdades políticas - Assembleia Nacional da época era composta apenas por aliados do partido de Salazar - e pelo forte investimento na área militar.
Salazar também actuou como ministro das Finanças (1928-1968), ministro das Colónias (1930), ministro da Guerra (1936-1944), ministro das Relações Exteriores (1936-1947) e ministro da Defesa Nacional (1961-1962).