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Começou na Assembleia da República,
com o dr. Louçã e companhia em postura andrajosa, para melhor impacto cénico na
defesa da liberalização do consumo de drogas e da guerra aos crucifixos.
Consciente do poder da imagem, no BE, a par dos discursos inflamados, a T-shirt
manhosa foi sempre uma imagem de marca. Mas ao menos nesses tempos, a enorme
maioria da representação parlamentar, PS incluído, tinha noção de onde estava.
Acontece que depois, veio a "bloquização" do próprio PS.
Assim se percebe que a opção
descontraída do primeiro-ministro em Angola nem sequer tenha sido caso único.
Teve precedente na imagem gémea do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, sem
gravata e em desleixo, a passar revista às tropas em Portugal, mesmo sabendo
que as Forças Armadas foram forjadas por séculos de tradições que encaram o
atavio e aprumo como regras essenciais. Apesar do óbvio desprezo do Governo em
relação à instituição militar, há actos que soam a insulto. (in “O
hábito faz o monge “ por Nuno Melo)