Apoiado por uma imprensa de jornalistas
avençados e aliado do Partido Socialista do António Costa,
“O Bloco de Esquerda é
mesmo o partido dos impostos imobiliários, o caça-riqueza, o salteador dos
investidores. No último orçamento desta legislatura, Catarina Martins inventou
um novo imposto sobre as mais-valias imobiliárias, que o Bloco classifica de “especulativas”,
veremos depois o que isso quererá exactamente dizer. E, do que se sabe, o PS vai
mesmo alinhar na sua aprovação, para garantir mais uns milhões que pagam as
medidas populares para ganhar as próximas eleições. O imposto até já tem o
carimbo de um dirigente do Bloco…
Qual é a justificação
de Catarina Martins? Em primeiro lugar, a justificação escondida: O Bloco de
Esquerda quer expiar o caso Robles, o vereador bloquista da Câmara de Lisboa que se dizia
contra a pressão imobiliária nos centros urbanos, contra os despejos, e estava,
ele próprio, a tentar vender um prédio em Alfama por mais de cinco milhões de
euros. Um caso que mostrou a hipocrisia política em todo o seu
esplendor, o falso moralismo de um partido que, afinal, é igual aos outros nos
defeitos. As virtudes, essas, ainda se procuram… Especialmente porque, numa
primeira resposta, e já com os dados necessários para uma decisão, o BE tentou
dizer-nos que não havia contradições. Havia, claro, e o dirigente bloquista é
agora um proscrito, que serve de mau exemplo citado nas entrevistas de quem
manda no Bloco.” (in “O
partido das taxas imobiliárias” por António
Costa)