Há hoje nas redacções dos media portugueses, e também muito nas respectivas chefias e direcções, abundância de criaturas que adoptam surpreendentemente a denominação de jornalistas. O dever do jornalista, o cerne da sua profissão, consiste em informar. Não é o objectivo das criaturas. As criaturas querem dar a «informação» que convém às suas convicções -- calando o resto -- e aos seus ídolos, na medida em que as criaturas julguem que essa «informação» lhes convém. [...]
Nos Estados Unidos, há, uma expressão brutal (e brutalmente certeira) para designar essa gente que sai do caminho e se dá a todos os esforços para louvar e apoiar os mandantes que ama: brown noses.
Abstenho-me de explicar o significado da expressão, mas deixo-vo-la para que lhe admirem a justeza. (in “Brown noses”por José Mendonça da Cruz)