O ainda ministro das Obras Públicas garantiu, que a ligação Lisboa/Madrid em alta velocidade terá «impactos orçamentais mínimos», largamente compensados por «significativos impactos positivos» na economia portuguesa.
«Trata-se de um projecto com significativos impactos na economia portuguesa, traduzidos numa injecção de, no mínimo, 1.200 a 1.300 milhões de euros de fundos comunitários ao longo dos quatro anos de construção, na geração de 40 mil empregos directos e indirectos e um num acréscimo potencial do PIB em 900 milhões de euros», afirmou António Mendonça.
Garantindo que «há muitos estudos» de avaliação do saldo custo/benefício do projecto, realizados por «empresas internacionais de referência», Mendonça citou um deles para avançar um saldo custo/benefício estimado em cerca de 10 mil milhões de euros e uma Taxa Interna de Rentabilidade económica global da ligação de 5,9 por cento, que ascende a 20,5 por cento no troço específico da 3ª travessia sobre o Tejo.
Não consigo perceber onde é que este partido, ainda no governo, vai recrutar os ministros das obras públicas...
Estudos? Estudos doutor Mendonça?
Ai vai um feito à medida, em "alfaiate chique", para um seu antecessor:
Estudo de 2006 defende que Scut são boas para economia e orçamento
Um estudo da autoria dos economistas Alfredo Marvão Pereira e Jorge Miguel Andraz concluía que as auto-estradas sem custos para o utilizador (Scut) são "perfeitamente justificáveis do ponto de vista económico" e que o investimento em Scut "não parece criar problemas de sustentabilidade ao Orçamento do Estado".
Esta avaliação do impacte das Scut surge a pedido do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento. Uma organização presidida pelo socialista João Cravinho, o mesmo que durante o primeiro Governo de António Guterres foi o "pai" das auto-estradas sem custos para o utilizador.
Pereira e Andraz, realizaram outros trabalhos onde defendem as vantagens económicas do investimento público. Em 2002, no trabalho Investimento público em infra-estruturas de transporte e o seu desempenho em Portugal, os economistas concluíam que o investimento público de um euro induzia, no longo prazo, um aumento de 9,5 euros na riqueza produzida. Conclusões também utilizadas em 2005, no documento de orientação estratégica do Programa de Investimentos em Infra-Estruturas Prioritárias (PIIP) Com base neste último documento, o Governo aprovou o PIIP para o período 2005-2009 e comprometeu-se a investir 25 mil milhões de euros. no PÚBLICO aos 19.09.2006
com estudos destes estamos bem lixados.