Em Julho de 2018, o destino dos cerca de Nove
Mil Imóveis que estavam sob a gestão do Novo Banco foi a Hudson
Advisers, que tem sede em Dallas e é chefiada por John Graykeno, o fundador (em
1995) e presidente da Lone Star.
Baptizado pela imprensa de “milionário
oportunista”, Graykeno renunciou em 1999 à cidadania americana e assumiu a
irlandesa na tentativa de pagar menos impostos.
Este contrato de gestão prevê que o
património se mantenha registado no balanço do Novo Banco, mas passe a ser gerido e... rentabilizado pelo
veículo texano.
Contactada sobre esta relação com o
accionista, fonte oficial do Novo Banco esclarece que:
“Na sequência da aquisição do Novo Banco, a
Lone Star contratou a Hudson Advisers para monitorizar e apoiar o plano de
“recuperação” do banco”.
E que o contrato proíbe “a possibilidade de
transacções entre as empresas Lone Star e o Grupo Novo Banco”, excepto
contratos “até um valor máximo de 7,5 milhões de euros”.
Adicionalmente, confirma, ainda que sem detalhar, que “existem dois contratos com a Hudson Advisors, um para a prestação de serviços de assistência e aconselhamento em matérias imobiliárias, e outro de serviços gerais em matérias financeiras e estratégicas”.
Adicionalmente, confirma, ainda que sem detalhar, que “existem dois contratos com a Hudson Advisors, um para a prestação de serviços de assistência e aconselhamento em matérias imobiliárias, e outro de serviços gerais em matérias financeiras e estratégicas”.
Ora, a Passagem
de Património do Novo Banco para a Hudson não passou
despercebida dentro da instituição que sucedeu ao BES. Afinal, estão em
causa aproximadamente nove mil imóveis, mas também um negócio entre
partes relacionadas de centenas de milhões de euros. Ou seja:
um “acordo” do banco com uma empresa
pertencente ao seu accionista que, pelo trabalho encomendado cobra comissões.
mas há mais:
É que pela eventual venda posterior acima
dos valores registados em balanço, A Hudson deverá cobrar uma Percentagem ao
Novo Banco.
Na prática, esta é uma forma de a Lone Star
recuperar o pouco que investiu no Novo Banco quando assumiu o controlo ficando
com o banco por custo zero, enquanto você paga os negócios e o prejuízo. (por Maria
Manuela no FeiceBuque)