“2016 e 2017 não são nem nunca
poderão ser 2011”.
Quinze dias depois mais uma fuga
para frente ou, como diria o vulgo, “a fugir com o rabo à seringa” ou, melhor “eu
bem os avisei!”
.
Aquela declaração do venerando Chefe de Estado foi
no Fórum do Turismo. Deveria ter sido uma comunicação ao País! Rebelo de Sousa nela
resume o que muitos receiam o que nos possa acontecer e parece que poucos o
perceberam. Era um encontro sobre turismo e por tal, comentadores e jornalistas
(a que temos direito e já perderam a vergonha) não perceberam que Sousa lhes
falava de Economia.
“Para não repetirmos 2011, agora como tragédia, parece óbvio que o Governo vai ter de alterar a combinação de políticas, que lhe garantiu o acordo com o Bloco de Esquerda e o PCP e a subida ao poder. As ilusões chegam ao fim, mesmo que a habilidade política de António Costa consiga manter alguma ilusão.
Um dos mais interessantes aspectos da governação do António Costa é sem dúvida o poder de criar ilusões, de fazer acreditar que a “austeridade” acabou. As mensagens políticas e especialmente as ferramentas económicas usadas são extraordinárias, e umas alimentam as outras, possibilitando a repetição da frase “prometemos e cumprimos”. (por Helena Garrido no Observador)