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Quem diria, em 2004, ao
fim de quase nove anos de enfático parlamentarismo, que Jorge Sampaio ia
derrubar um governo com maioria no parlamento?
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Em 1975, perante o PREC,
Kissinger propôs-se deixar os portugueses experimentarem a revolução comunista
como “vacina” contra um radicalismo em voga na Europa ocidental. E embora não
se tenha ido tão longe como Kissinger estava disposto a ir, a dose foi suficiente
[até há menos de um ano].
Todas as explicações da
atitude do presidente pressupõem esta sabedoria, que diz que em certas
condições “o poder queima” e pode ser uma “vacina”.
No Portugal de hoje, a
economia estagnou e depende do BCE.
O “presidente do conselho”
não tem condições, nem para fazer reformas, nem para gerar confiança. Mas para
quê afrontá-lo, quando até já o Financial Times percebeu como isto
vai acabar?
…
Este foi sempre um regime
inseguro e desconfiado, e por isso marcado, desde o início, por uma certa
fatalidade. Não devemos subestimar a sabedoria dos seus protagonistas. Mas
podemos, talvez, apontar-lhe os riscos. A vacina de Kissinger foi eficaz, mas
ainda a estamos a pagar, por exemplo numa banca sem capitais. Quando se deixa a
casa arder, nunca se sabe o que pode desaparecer no fogo. Mas por outro lado,
estes são, de facto, os primeiros seis meses de Marcelo Rebelo de Sousa. Uma
presidência tem história até ao último minuto. Lembram-se de Jorge Sampaio?
Quem diria, em 2004, ao fim de quase nove anos de enfático parlamentarismo, que
ia derrubar um governo com maioria no parlamento?
mais AQUI.
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[Só que, desta vez, os “confrontos
de rua” irão ultrapassar São Paulo ou Paris! Porque a geringonça é de esquerda
e “uma vez alçada no poder, só de lá sai pela força”…]
e
até quando idiotas-úteis,
comentadores e imprensa a que temos direito vão continuar a viver sem memória?]