No dia 15 de Setembro de 1920 foi
inaugurado no Jardim da Parada, pelo Presidente da República Dr. Teófilo Braga,
o monumento homenageando Maria da Fonte, da autoria do escultor Augusto da
Costa Motta (tio).
Esta inauguração aproveitava a
comemoração do centenário do regime liberal em Portugal, e relembrava um dos
episódios mais significativos para o reacender da luta entre os conservadores
miguelistas e os ideais liberais - a revolta da Maria da Fonte.
Ocorrida na primavera de 1846, na
zona da Póvoa do Lanhoso (Minho), esta insurreição tem na sua origem o
descontentamento face às novas leis aprovadas pelo governo de Costa Cabral. A
revolta terá tido uma forte componente feminina, apontando-se como principal
instigadora dos acontecimentos uma jovem mulher, natural de Fonte de Arcada. O
espírito liberal de «Maria da Fonte» difundiu-se um pouco por todo o país tendo
culminado na guerra civil da Patuleia, na qual triunfam os liberais, cartistas,
em 1847.
No mesmo dia, no âmbito das mesmas
comemorações, foi inaugurado o novo topónimo «Rua Silva Carvalho»,
substituindo-se a antiga designação de «Rua de São João dos Bem Casados». No
edifício de gaveto entre a Rua Silva Carvalho (nº 136) e a Rua do Sol ao Rato (onde
hoje existe a Farmácia Almeida) foi descerrada a placa toponímica.