Hoje recorda-se Francisco Sá Carneiro, politico português e primeiro-ministro, que decidiu apanhar “uma boleia” por troca com o lugar que tinha antecipadamente reservado na transportadora oficial. Anos antes, na Guiné, hoje acrescentada de Bissau, uma troca de helicóptero salvara-lhe a vida.
Desta vez a “boleia” estava marcada para o desastre. Desta vez a troca levou-o à morte. A ser assassinado dizem.
Poucas perguntas se têm feito acerca do telefonema que fez pouco tempo antes da hora do seu embarque na TAP. Queria aproveitar o tempo para conversar com o seu Ministro da Defesa, talvez o seu mais fiel aliado e cúmplice, na coligação que haviam promovido e levado à “maioria absoluta”.
A derrota do candidato comum à presidência era-lhes uma evidência. A ida ao comício de um “norte” pouco convencido, podia tudo alterar. Mas, principalmente, tinham falar, que combinar o futuro “após derrota”, porque se assim o fosse: Portugal estava primeiro!
Francisco Manuel Lumbrales de Sá Carneiro não sabia que Adelino Manuel Lopes Amaro da Costa sabia demais e, por isto apenas, morreu e deixou órfão, até hoje, o seu PPD/PSD.
Amaro da Costa é cada vez mais esquecido e, de todos, teria sido o mais importante para Portugal. Seria talvez o primeiro-ministro, após a demissão anunciada de Sá Carneiro para depois das presidenciais que se sabiam perdidas - algo que Freitas do Amaral nunca lhes perdoaria -.
Camarate marcou o fim do sonho daqueles que fizeram de Abril, e principalmente, de Novembro, um objectivo para Portugal.
mas continuamos sem saber o que aconteceu ao espólio de AAC (centenas de documentos em papel, entregues ao CDS em duas malas) e onde pára o conteúdo do cofre cujo segredo de abertura era apenas do seu conhecimento.
e porque é que se explorou Camarate do ponto de vista "assassinio de Sá Carneiro" quando na realidade o objectivo, a have-lo, seria AAC?