Passou algo despercebida a votação de um projecto de resolução levado recentemente à AR mas que tem um certo significado e importância para se perceber como certos lóbis supranacionais penetram no parlamento nacional.
Falo do projecto apresentado pelo Livre para que o governo português tomasse medidas concretas contra o governo de Viktor Orbán com base no incumprimento húngaro do mecanismo de “Estado de Direito” da U.E., um procedimento que foi inventado precisamente para legitimar o corte de fundos e a perseguição aos governos que ousem rejeitar as directivas ideológicas nefastas que são impostas aos europeus através das instituições da U.E.
O propósito final desse mecanismo é retirar o financiamento aos governos refractários, chantageando-os a cederem ou, caso não o façam, potenciar o surgimento de crises internas que levem à sua queda.
Sabemos bem que o suposto incumprimento do mecanismo de “Estado de Direito” por parte do governo húngaro resulta simplesmente da sua recusa em permitir a actuação livre dos lóbis de Soros no país, consentindo a disseminação interna da ideologia de género e aceitando as políticas migratórias que visavam transformar a sua nação numa mixórdia multiétnica similar à que criaram nas nações da europa ocidental.
Ora, não é por acaso que esta proposta tenha sido levada à AR pelo Livre e através do deputado Rui Tavares, como também não é por acaso que o personagem ande há vários anos a ser insistentemente promovido na comunicação social. Sempre esteve ligado a interesses financeiros muito poderosos e com significativa penetração nos Media.
Rui Tavares é um dos políticos portugueses alinhados com as agendas da rede de George Soros. É aliás uma das mais antigas figuras portuguesas ligadas a esse lóbi global.
Foi este Tavares, que as televisões conseguiram meter na AR, que em 2013 escreveu o primeiro relatório do Parlamento Europeu a acusar o governo de Orbán por supostos desrespeitos ao “Estado de direito democrático”. Posteriormente, um outro relatório, na mesma linha argumentativa mas com um foco maior na desobediência húngara à política de acolhimento de “refugiados” da U.E., foi apresentado em 2018, por mais uma das figuras “amigas” de Soros e membro da mesma bancada parlamentar de Rui Tavares (Greens – European free Alliance), a deputada holandesa Judith Sargentini. Na altura Orbán falou abertamente deste documento, que seguia as linhas do anterior, como sendo elaborado pela rede de actores de Soros no Parlamento Europeu.
As fundações do que mais tarde viria a originar o tal “mecanismo” do “Estado de Direito” que agora permitem à U.E. chantagear países como a Hungria ou a Polónia foram lançadas com aqueles relatórios.
A convergência de Rui Tavares com a rede de George Soros é antiga e já conheceu vários episódios. Tavares consta, desde 2015, na lista de membros da Open Democracy, uma das mais importantes ONG’s da Open Society de Soros (e também financiada por lóbis como as Fundações Rockefeller e Ford). Mas já em Fevereiro de 2014, meros 6 meses depois da apresentação do seu relatório no Parlamento Europeu, encontramos intervenções de Tavares publicadas no site da Open Democracy. (1)
Noutro exemplo recordamos que em 2016 o líder do Livre foi eleito membro do Conselho de uma organização transnacional denominada “Europen Alternatives” que era também financiada pela Open Society. (2)(3)
A verdade é que Orbán é o grande espinho que continua atravessado no caminho daquelesque pretendem destruir a identidade histórica das nações europeias.
Foi o próprio Orbán que melhor o formulou:
“Grandes forças estão de novo em movimento para erradicar as nações da Europa e unificar o continente sob a égide de um império global. A rede Soros, que se tem tecido através da burocracia europeia e da sua elite política, tem vindo a trabalhar há anos para fazer da Europa um continente de imigrantes. Hoje a rede Soros, que promove uma sociedade global aberta e procura abolir os enquadramentos nacionais, é a maior ameaça enfrentada pelos Estados da União Europeia. Os objectivos da rede são óbvios: criar sociedades abertas multiétnicas e multiculturais, acelerando a migração, e desmantelar a tomada de decisões nacionais, colocando-a nas mãos da elite global.”(4)
Os “amigos” de Soros espalhados pelas diferentes assembleias europeias estão a tentar agravar o cerco ao governo húngaro. Foi Soros, a própria voz de comando da Hidra, que deu o mote, numa coluna de opinião onde instava a U.E. a ser lesta e decidida na aplicação de sanções à Hungria (5). As cabeças da Hidra limitam-se agora a fazerem, na medida do que podem, o trabalho complementar nos diversos parlamentos onde operam. É assim que esta proposta do Livre deve ser lida.
(2) https://partidolivre.pt/.../rui-tavares-eleito-para-o...(3) https://thesaker.is/george-soros-open-society-foundation.../
(4) https://miniszterelnok.hu/europe-must-not-succumb-to-the.../
(5) https://www.project-syndicate.org/.../europe-must-stand...