...os 80% de popularidade não podem ser um objectivo em si mesmos, nem um mero caminho para a reeleição. Porque a popularidade de um Presidente só serve realmente ao país se o Presidente quiser sê-lo na plenitude: assumir riscos quando eles são importantes, assumir decisões quando elas são centrais para o destino comum. A popularidade de um Presidente só nos serve realmente se ela servir, também, para ele dizer não, para traçar fronteiras, para definir limites.
E não vale dizer que o PCP e o Bloco aprovam orçamentos que cumpre o défice e paga a contribuição à NATO, porque isso ficou definido, preto no branco, no papel que Cavaco Silva os mandou assinar. (in “Quando queima, o Presidente foge?” por David Dinis)