“Extrema-direita entra no parlamento da Andaluzia.”
Este é o título em mais ou menos
todas as notícias dos jornais portugueses sobre as eleições na Andaluzia. Todos
fazem questão em sublinhar que o VOX (que ontem elegeu doze deputados) é de
extrema-direita. Estranhamente nenhum deles sente necessidade de referir que o
Podemos ou a IU são partidos de extrema-esquerda.[...]
Aquilo a que assistimos hoje em dia
na comunicação social é aterrador: qualquer pessoa de direita que se atreva a
falar de nação, de defesa da Vida ou da Família é um extremista enquanto a
esquerda pode defender o que bem lhe apetecer que está a apenas a derrubar
tabus e defender o progresso. (in
“O Extremismo é Sempre de Direita?”)
ora vamos lá ver:
O VOX afirmam-se nacionalistas? Mas
não o afirma, também, o PCP? São contra «esta» União Europeia? Mas não é o que
diz o Bloco? Querem o regresso da soberania nacional orçamentária? Não o
reclamam, em uníssono, Bloco de Esquerda e Partido Comunista Português? São de
extrema-direita?
Não! O Bloco, o PCP e o Podemos, são
de extrema-esquerda!
Por conseguinte, que legitimidade
democrática poderá existir agora, para impedir que o VOX, a exemplo do Gregos Independentes ou, no
futuro, que outro “VOX qualquer”, sirva de muleta para governos chefiados por
partidos democráticos (caso do Syriza(?))? Pelo contrário, pela lógica
que levou à geringonça de Costa, eles deverão ser saudados com entusiasmo por
aceitarem as regras do jogo democrático de que anteriormente se afastavam..
O carteiro toca sempre duas vezes.
Por vezes, os políticos esquecem-no.
.
dá para pensar! Mas apenas por aqueles
que um dia, já lá vão muitos anos, sonharam e, no dia seguinte, viram o sonho ruir!!!