"Portugal não tem um Governo, tem uma agência publicitária. A sua preocupação hoje é ainda ser primeiro-ministro amanhã. Portugal com o nível exorbitante da dívida perdeu boa parte da soberania para os credores. E andamos com o credo na boca de 15 em 15 dias, não como os senhores dizem, a colocar dívida, mas a pedir dinheiro emprestado para viver", afirmou Paulo Portas na sessão de propaganda quinzenal do nosso primeiro.
Referindo-se aos juros da dívida, o deputado ainda questionou o nosso-primeiro se "achava normal fazer uma festa porque os credores emprestaram dinheiro a Portugal a 6,45 euros".
...finalmente alguém, na política, deu "à divida" um nome que todos podem entender: "empréstimo".
Quem, por exemplo, anda nos transportes públicos sabe que a maioria pensa que "divida" é para nós cobrarmos, mas se lhe chamarmos "empréstimo" ficarão a saber que é para nós pagarmos...
Talvez agora, aqueles que alguma vez recorreram ao Banco, para a compra da casita ou do pópó, ou penhoraram os anéis, percebam que "os juros da divida soberana" de Pinto de Sousa, não são mais que aquilo que se paga à Casa de Penhores ou ao banco, para que os anéis, a casita ou o pópó não sejam leiloados.
Economistas e políticos de economês técnico cuidem-se! O Paulinho voltou às Feiras!