Hoje o primeiro-ministro afirmou, depois de o ministro das Finanças ter admitido a necessidade de “medidas adicionais”, que o Governo “fará tudo” para que o défice seja de 4,6 por cento, incluindo medidas adicionais que a execução orçamental venha a demonstrar necessárias.
Estas medidas adicionais foram admitidas pelo Executivo dois dias antes de José Sócrates comparecer, em Bona, na reunião com a chanceler alemã, Ângela Merkel.
“Esta declaração do ministro das Finanças merece o mais vivo repúdio da parte do PCP”.
“Quando apesar deste Orçamento do Estado, o Governo vem ainda admitir que possam ser mais sacrifícios aos mesmos de sempre, isso merece o nosso mais vivo repudio e a contará com a nossa mais firme oposição”, afirmou o deputado António Filipe.
Para o BE, com aquelas declarações, «o Governo, num momento em que a economia se encontra à beira do abismo, tem como única solução dar um passo em frente».
«O Governo constata o fracasso das políticas de austeridade em todos os indicadores, inclusive nos propósitos que ele próprio tinha definido, e a solução que apresenta é ainda mais austeridade», afirmou o deputado José Gusmão.
O CDS-PP entende que “a economia portuguesa caminha a passos largos para uma recessão e, pura e simplesmente, não há espaço para mais medidas recessivas. O Governo se quer medidas adicionais tem é que se concentrar naquilo que é a contenção da despesa e o emagrecimento do Estado”.
“Se é verdade que as medidas respeitantes aos cortes de salários e aumento de impostos estão a ser aplicadas, também é verdade que todas as medidas que digam respeito à contenção da despesa, ao emagrecimento do Estado, aos cortes nas fundações, não aconteceram, até aumentaram”, comentou a deputada democrata-cristã Cecília Meireles.
A resposta do PPD/PSD só será dada Terça-Feira... depois de uma reunião da Comissão Política Nacional de Passos Coelho…