O alarme da dívida disparou ontem em Lisboa:
O ministro das Finanças Teixeira dos Santos foi chamado de urgência a Belém porque o Presidente da República está preocupado com a possibilidade de Portugal ser forçado a recorrer, no curto prazo, à ajuda do Fundo Europeu/FMI.
Teixeira dos Santos foi contactado pelo chefe da Casa Civil do Presidente para seguir directamente para Belém depois do Ecofin.
Face à escalada dos juros - mantiveram-se ontem acima dos 7% pelo oitavo dia consecutivo - e perante a ameaça de o Banco Central Europeu fechar a torneira, Cavaco quis conhecer a estratégia do executivo.
repare-se o que disse Teixeira dos Santos e amanhã será desmentido por Pinto de Sousa:
"Creio que é muito importante a possibilidade de intervenção do Fundo no mercado da dívida, quer no mercado primário quer no secundário, bem como a possibilidade de poder efectuar operações de empréstimo aos Estados-membros, e aí com diferentes modalidades. Desde empréstimos que possam estar enquadrados num programa, como aqueles que estão a ser utilizados pela Grécia e Irlanda, ou até, pura e simplesmente, a abertura de linhas de crédito à semelhança do que o Fundo Monetário Internacional faz. Só que neste caso seria um instrumento europeu e não do FMI".