Esta campanha presidencial pouco tem a pouco ver com aquilo que um dia, no século passado, quisemos para a nossa democracia.
Pouco se fala de política, muito se escreve e emite sobre aquilo que alguns candidatos consideram os graves pecados, em especial, os de um candidato.
Ora vem um banco, ora outro, ligados a ora a um, ora a outro, candidato.
Na realidade num caso nem sequer é um “banco”, mas dificilmente, julgam os comunicantes, se poderia explicar aos especta-leitores o que é e como funciona uma sociedade de investimento. Mais dificilmente ainda se saberia explicar-lhes o que é uma espingarda Purdey e por isso é melhor calar o assunto.
Segue-se o estranho caso da “casinha de férias”. Construi-la foi seguramente um crime lesa Pátria, tanto mais que foi para substituir a pindérica “MariAni”.
Falta falar nas “reformas” e nas pensões milionárias para as quais um descontou e outro não.
E o “bolo-rei”, senhores, o bolo-rei!
Não tarda, surgirá o caso das “rosas oferecidas à deputada” e as consequentes fugas, a dois, aos Plenários.
Também na internet vão surgindo os “pecados africanos” de um, apesar de apenas atingem uma minoria votantes antigos combatentes com memória, e pela net ficam, pois os actuais “putos” votadores nem sabem o que é que se passou...
E as chamadas “fichas da pide” glória de desertores e crimes de funcionário público?
Mas, espera-se, o mais estará guardado para os “consultores” lançarem na próxima semana. A última!
Um vasculhar de vidas que só se compreende numa era em que paneleiros tem centenas de páginas e horas laudatórias emitidas e um Soldado, dos que nos deu a democracia, apenas uns minutos ou pequenos escritos escondidos em fundo de página.
Acredito que este já não é o meu tempo.
Estas americanices, que já nos dão uma pálida imagem do que serão as futuras campanhas, terão tido origem numas “conferências” que a empresa que comandou as do actual presidente americano veio fazer a Portugal nos idos de Setembro de 2009, evoluíram da escola de propaganda de Goebbels. Foram bem aprendidas e estão a ser melhor aplicadas…
Americanices que seriam apenas para aparecer nos tablóides mas, como não os temos, surgirão em todos os comunicantes, sejam para as ler ou para as ver…
A má-língua, tão a nosso gosto, a coscuvilhice e a “bufaria renascida” vai ser a nova politica.
É o que agora se vende, dirão, acrescentando que “o tempo da minha geração já acabou!”. Com razão, decerto!