Hoje, nós, os contribuintes, pagámos um juro médio de 3,686 % para colocar 500 milhões de dívida em Obrigações do Tesouro a seis meses, isto é, € 18.430.000,00. Ou seja, mais de seis vezes os 0,592 por cento pagos há um ano.
Esta operação inaugura um trimestre em que Portugal precisará de recorrer maciçamente aos mercados financeiros.
O Público informa-nos que "De acordo com o plano anunciado no final do ano passado pelo IGCP que gere a dívida do Estado, Portugal deverá fazer entre 13 e 15 novos leilões de obrigações e bilhetes de tesouro no trimestre em curso, num valor que deverá superar os 10 mil milhões de euros. Estas operações serão decisivas para aferir a opinião dos mercados relativamente à situação das finanças públicas do país e se correrem mal podem determinar a necessidade de recurso a ajuda externa da UE e do FMI".
Sempre a subir estão os juros das obrigações do tesouro a dez anos que negociaram nos 6,624 por cento, acima dos 6,617 por cento da média da passada terça-feira enquanto os seus homónimos a cinco anos negociaram nos 5,744 por cento, acima dos 5,735 por cento da média do mesmo dia.
Para ajudar este Inverno do nosso descontentamento, o INE acaba de revelar que «o indicador de clima económico diminuiu nos últimos três meses, mas de forma mais intensa em Dezembro, apesar da folia do Natal, e que o indicador de confiança dos consumidores apresentou uma «forte diminuição» naquele mês, intensificando o movimento descendente observado desde Novembro de 2009 e atingindo o valor mais baixo «desde o mínimo histórico da série registado em Março» de 2010. tsf