O Instituto Nacional de Estatística (INE) está a introduzir alterações no seu Inquérito ao Emprego que implicam uma ruptura da série de dados, inviabilizando comparações directas por exemplo da taxa desemprego, sem saber qual o efeito estatístico que isso terá e sem saber quando esse efeito ficará claro.
As alterações vão fazer-se sentir já nos dados relativos ao primeiro trimestre de 2011 e envolvem a inquirição por telefone, quando até agora era exclusivamente presencial, e também uma “racionalização do conteúdo” do questionário, que inclui a “adopção integral das orientações entretanto emanadas nos Regulamentos Comunitários para o Labour Force Survey”.
As Estatísticas do emprego deixam, a partir de agora, de ser directamente comparáveis com os dados existentes desde que o INE existe.
Isto é, o INE está a introduzir alterações no método de recolha de informação para as estatísticas do emprego, que passará a ser feita por telefone, inviabilizando comparações directas com as estatísticas anteriores, num momento em que o desemprego regista um pico histórico no país e em que se perspectiva que continue a aumentar. público
O nosso certinho INE (instituto nacional de estatistica), criado 1935, vai agora “baralhar-nos” com mudanças na classificação dos dados estatististicos que iam dando aos mais atentos a real situação do país que ainda nos deixam ter.
Alda de Caetano Carvalho que, por nomeação do nosso primeiro, preside ao INE, veio dizer-nos que passaremos a ter estatisticas identicas ás da Grécia...
Estatisticas identicas ás da Grecia? Terei ouvido bem?
Sim, provavelmente iguais àquelas que levaram os gregos à situação que hoje têm!
Aos estudiosos e investigadores a diferença de métodos não lhes irá permitir fazer comparações com os meses e/ou anos anteriores. Isto é, o Governo que nos desgoverna vai limitar-nos, durante anos, os estudos que produzimos, porque os dados "de referência" terão bases diferentes.