O Governo prevê pagar ainda este ano os dois novos submarinos da Armada, mas não esclarece se vai poupar juros e se desaparecem os pagamentos anuais inscritos na Lei de Programação Militar para as próximas duas décadas.
O ministério da defesa informa que "Os termos em que será inscrito o pagamento no programa de reequipamento das Forças Armadas serão esclarecidos na próxima revisão da LPM prevista para 2011”.
A manterem-se na Lei de Programação Militar, durante duas décadas e várias legislaturas, os pagamentos associados ao contrato de aquisição dos dois submarinos, depois de o Estado os ter pago na totalidade, a explicação lógica será que se pretende levar a Defesa a devolver os mil milhões do Fundo de Pensões da PT.
Uma operação que sendo aparentemente correcta merecia ser transparentemente explicada.
Ou alguém guardou na manga uma engenhariazinha financeira?
Um facto estranhamente pouco divulgado, ou talvez não, é que a UE alterou, a meio da década e já depois da assinatura de compra dos blindados e submarinosa, as regras de inscrição das verbas afectas à compra de material militar pelos Estados membros, isto é, o custo total de um equipamento teria de ser feito no ano da sua recepção.