A cada vez mais nossa conhecida Agencia Fitch cortou o rating dos quatro maiores bancos privados portugueses, justificando a revisão em baixa com os riscos de financiamento e liquidez destas instituições financeiras embora admita que os bancos portugueses têm uma “base de depósitos estável” e se assiste a uma “desaceleração significativa” na concessão de crédito desde meados deste ano. No entanto, a situações das contas públicas em Portugal, bem como a deterioração das perspectivas económicas, "podem limitar o acesso dos bancos aos mercados de capitais e impedir os bancos de reduzir o acesso ao financiamento do BCE"
O relatório daquela agência de notação financeira refere ainda que BCP, BES, BPI e Banif estão também a ser penalizados pela deterioração do seu mercado doméstico e qualidade dos activos e, assinala que "os bancos aumentaram o recurso ao BCE, desde Abril, tendo atingido um pico em Agosto, perante dificuldades acrescidas no acesso ao mercado interbancário e a outros mercados, devido aos receios em torno da dívida soberana portuguesa".
Isto, aliado às consideráveis necessidades de refinanciamento de dívida a vencer em 2011 e 2012, coloca enorme pressão sobre a liquidez das instituições", acrescenta a agência.
A Fitch deixou o "rating" do banco do Estado, a Caixa Geral de Depósitos inalterado em "A+". publico
Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BES refere que "o conselho de administração decidiu não renovar o contrato com a Fitch em resultado destas revisões".
O Banco Espírito Santo considera que "não existe uma justificação válida para a revisão em baixa do seu rating em três níveis, em menos de quatro meses" e vai manter os contratos com as outras duas principais instituições, Standard & Poor's e Moody's.