A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) fez as contas e concluiu que apenas 58 por cento da tarifa cobrada ao consumidor doméstico representa, de facto, aquilo que foi consumido. Os outros 42 por cento são considerados custos de interesse geral e pesam cada vez mais na factura final.
Segundo a DECO «apoios às energias renováveis - que são 800 milhões de euros -, rendas para os municípios, rendas dos terrenos das REN e garantias de potência», representam «milhões de euros pagos pelos consumidores».
Aos mais esquecidos vale a pena recordar que a EDP já não é uma empresa pública.
A EDP pagou no ano passado 17 milhões de euros em remunerações à administração, dos quais cerca de 13 milhões corresponderam a prémios de gestão pelo cumprimento de objectivos em 2008 e no mandato anterior. Como exemplo temos a remuneração anual de António Mexia que ascendeu a 3,1 milhões de euros ou a de Ana Fernandes (da deficitária EDP Renováveis), atingindo os 2,4 milhões.
... e para aqueles que já se esqueceram: a média nacional de vencimentos é de 10780 euros anuais. Os que só auferem do mínimo não atingem os € 6.818 por ano.
Algo que o "esquecido" Secretário de Estado Zorinho desconhece ao dizer que temos custos de electricidade abaixo dos da Espanha e dos da média da União Europeia sem referir a diferença de vencimentos que temos para os trabalhadores espanhóis e os da UE.
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