António Ramalho Eanes, o coordenador das operações militares de 25 de novembro de 1975, que travou uma tentativa de tomada do poder pela extrema esquerda após o 25 de abril de 1974, lembrou em entrevista à agência Lusa as expetativas de há 35 anos e considerou que a democracia atual não é suficientemente representativa.
Em 1975, lembra o antigo Presidente da República, «acreditava-se, talvez um pouco utopicamente, que a democracia (...) iria permitir que o país avançasse, evoluísse, se modernizasse, se tornasse mais justo e mais solidário. Pensava-se que tudo isso decorreria normalmente da democracia. Infelizmente não aconteceu». no Diário Digital
A culpa foi nossa, major Eanes, toda nossa, porque pensámos que feito o "trabalho" era altura de deixar à geração que se seguia cumprir a democracia, sem que para isso a tivessemos preparado. Olhámos para o "lado"! Foi pena.