Ele já não é de direita. Ou dito de outra forma: já não é da direita em que os cidadãos com 20 e 30 anos se revêem. Nem sequer é da direita das pessoas mais velhas que viraram as costas ao que o Estado Novo representava.
Ele representa o atavismo da sociedade portuguesa, com a leviandade e a futilidade que caracteriza a forma como exerce o cargo (e que tanto jeito dá à esquerda), como entra em contradição com a necessidade de abertura do país a uma alteração comportamental e a um corte profundo com a protecção injusta atribuída a certos sectores.
[.] O PSD e o CDS ainda não perceberam que o eleitorado que representam em 2019 não é o mesmo de 2009. Não perceberam estes partidos, nem parece que ele o tenha percebido.
É por este motivo que foi precipitada a decisão de Cristas em apoiar-lhe a recandidatura do presidente.
A líder do CDS declarou-o precisamente 7 dias antes de ele ter visitado o bairro Jamaica, para indignação dos polícias. O dissabor que tal causou ao CDS, eleitoralmente ancorado no tema da segurança, não vai ser o primeiro no Largo do Caldas. Outros se seguirão.
in “A direita não devia apoiar a recandidatura de Marcelo” por André Abrantes Amaral
in “A direita não devia apoiar a recandidatura de Marcelo” por André Abrantes Amaral