domingo, 9 de junho de 2019

Catarina a grande...

Na visão erudita de Catarina, a Grande, o mundo era um lugar de harmonia e paz até ao momento em que os ocidentais decidiram afundá-lo em infâmia.
Uma delas é a amadora dramática que preside ao Bloco de Esquerda, a qual, em vez de ocupar o Dez de Junho com as humilhantes fanfarras da praxe, preferia consagrar a data à “enorme violência” da expansão soviética, perdão, da expansão islâmica, perdão, “da expansão portuguesa” (assim é que é) e à “história esclavagista, a responsabilidade no tráfico transatlântico de escravos”. ( in “Uma enorme violência” por Alberto Gonçalves)
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Enquanto o presidente da república, em Boston, declarava Portugal capaz, como nenhum outro país, de “compreender, de dialogar, de aproximar pessoas”, por cá, a Catarina Martins revoltava-se, muito indignada por os “discursos oficiais” não terem “reconhecido a enorme violência da expansão portuguesa, a nossa história esclavagista”. Que dizer? O 10 de Junho deveria ser um dia de vergonha e de penitência nacional – não o dia de Portugal, mas o dia contra Portugal?

a Catarina Martins parece muito infeliz por o passado não ser igual ao presente. Não foi, de facto. A essa diferença, chama-se “história”. E para a compreender, não há caminho pior do que o simplismo das glorificações e das criminalizações com pequenos fins políticos. (in “10 DE JUNHO Um dia contra Portugal?  por Rui Ramos)