Não paro de me espantar com o facto
de tanta gente descobrir só agora que os boatos são um instrumento de combate
político.
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Não recuando a 1314, quando Jacques
de Molay foi queimado por Filipe, o Belo, com base em boatos, posso
exemplificar com esta magnífica capa do Público, no auge da
contestação ao Governo de Passos Coelho, anunciando o défice de 5,3 para o ano
de 2013 (na realidade foi de 1,13%) com base numas contas malucas e
completamente absurdas.
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Também poderia usar a altura em que os
jornais anunciavam que Bruxelas estava já a negociar um segundo resgate a
Portugal e Catarina Martins garantia que o governo negociou às escondidas um
segundo programa de resgate, por volta de 2013 como exemplos da utilização
de boatos (agora pomposamente chamados fake news) na luta política. (in “Boatos” por Henrique
Pereira dos Santos)