É óbvio que, se a cena tivesse
acontecido com um borra-botas qualquer, a rapariga nunca mais se
lembraria do assunto.
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... francamente, nesta história da
violação, é muito difícil embarcar. A violação é um crime gravíssimo, e
não se pode banalizar a palavra.
Falar em ‘violação’ numa cena como
esta é insultuoso para as mulheres que são efectivamente violadas.
ao que parece neste caso
o problema principal é não ter sido usado
preservativo – isso é que fragilizou a sua posição e o levou a assinar o acordo
de silêncio. Mas a rapariga não ficou doente. E agora, nove anos depois,
aproveitando este movimento do #metoo – em que todos
os homens são vistos como uns lobos maus e as raparigas como uns capuchinhos
vermelhos –, lembrou-se do caso para extorquir uns dinheiros. E quem melhor do
que o, rico e famoso, para lhe proporcionar uma pequena fortuna?
É óbvio que, se a cena tivesse
acontecido com um borra-botas qualquer, a rapariga nunca mais se lembraria do
assunto. Mas estamos num tempo de caça as bruxas, de salve-se quem puder, de
fartar vilanagem nesta questão do sexo.
Sopradas pelas organizações LGBT,
tudo o que seja culpabilizar as relações heterossexuais é bem-vindo. O piropo é
diabolizado, desenterram-se acusações de assédio com 30 anos, e cenas passadas
em hotéis entre raparigas que aliciam homens a entrar e sobem aos seus quartos
são tratadas como violações.
Haja um mínimo de bom senso e de
decoro! E não se diga que estou a reagir de uma forma machista. Se fosse ao
contrário, se fosse um homem a aliciar uma mulher e esta, num excesso de
entusiasmo, forçasse uma cena de sexo, eu diria exactamente o mesmo. Num tempo
de grande liberdade sexual, onde parece que tudo é permitido, aparecem depois
os pescadores de águas turvas a quererem tirar dividendos para as suas causas
ou para os seus bolsos.
Seja para os #metoos ou para extorquir uns milhões.
Seja para os #metoos ou para extorquir uns milhões.