domingo, 14 de outubro de 2018

O lobo mau e o capuchinho vermelho...

É óbvio que, se a cena tivesse acontecido com um borra-botas qualquer, a rapariga nunca mais se lembraria do assunto. 
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... francamente, nesta história da violação, é muito difícil embarcar. A violação é um crime gravíssimo, e não se pode banalizar a palavra.
Falar em ‘violação’ numa cena como esta é insultuoso para as mulheres que são efectivamente violadas. 
ao que parece neste caso 
o problema principal é não ter sido usado preservativo – isso é que fragilizou a sua posição e o levou a assinar o acordo de silêncio. Mas a rapariga não ficou doente. E agora, nove anos depois, aproveitando este movimento do #metoo – em que todos os homens são vistos como uns lobos maus e as raparigas como uns capuchinhos vermelhos –, lembrou-se do caso para extorquir uns dinheiros. E quem melhor do que o, rico e famoso, para lhe proporcionar uma pequena fortuna? 
É óbvio que, se a cena tivesse acontecido com um borra-botas qualquer, a rapariga nunca mais se lembraria do assunto. Mas estamos num tempo de caça as bruxas, de salve-se quem puder, de fartar vilanagem nesta questão do sexo.
Sopradas pelas organizações LGBT, tudo o que seja culpabilizar as relações heterossexuais é bem-vindo. O piropo é diabolizado, desenterram-se acusações de assédio com 30 anos, e cenas passadas em hotéis entre raparigas que aliciam homens a entrar e sobem aos seus quartos são tratadas como violações.
Haja um mínimo de bom senso e de decoro! E não se diga que estou a reagir de uma forma machista. Se fosse ao contrário, se fosse um homem a aliciar uma mulher e esta, num excesso de entusiasmo, forçasse uma cena de sexo, eu diria exactamente o mesmo. Num tempo de grande liberdade sexual, onde parece que tudo é permitido, aparecem depois os pescadores de águas turvas a quererem tirar dividendos para as suas causas ou para os seus bolsos.
Seja para os
#metoos ou para extorquir uns milhões.