quarta-feira, 31 de outubro de 2018

halloween versus "pão por Deus"



empresas e empresos

...como desta vez “os maus ventos (socialistas) foram de cá para lá” esperemos que, de lá, nos “devolvam bons ventos (empresariais)”
porque
Em Espanha os empresários já começam a verbalizar o seu cansaço com o maniqueísmo que apresenta o sector público como virtuoso e o privado como um mal.
E porque com governos de esquerda e extrema-esquerda
Juan Roig é muito rico e velho, dois factores para que diga o que pensa sem temer pelo futuro. Ou até para fazer humor ao falar de “empresas e empresos”.


Brasil

Aos meus familiares Brasileiros
Aos meus amigos Brasileiros que estão lá e aos que estão cá, p.f. :
Acreditem que a maioria dos portugueses não se revê nas posições colonialistas e paternalistas reproduzidas na informação que temos em especial a das tv’s.

Seremos, uns mais, outros menos literatos, mas todos concordamos que o Brasil é um País independente, livre e democrático e que os brasileiros não precisam dos conselhos da meia dúzia de pseudo intelectuais de pacotilha.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Se tudo correr como o esperado...

...a economia portuguesa deverá crescer 2,2%, o défice cairá para 0,2% do Produto Interno Bruto e a dívida pública baixará da fasquia dos 120% em 2019, sendo estes os principais pressupostos que vão guiar a política orçamental do Governo no próximo ano.
Mas… e se o azar bater à porta e alterações das condições externas obrigarem o Centeno a refazer as contas do Orçamento do Estado?
Por exemplo, e se os juros da dívida ou o preço do petróleo dispararem nos mercados? E se o comércio externo arrefecer por causa da guerra comercial?
aqui e aqui

domingo, 28 de outubro de 2018



o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou neste Domingo uma "mensagem de felicitações" ao Presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, na qual se referiu aos "laços de fraternidade" bilaterais e à "significativa comunidade" portuguesa neste país.

arriscadas manobras de marcha-atrás nas tv's

... a crer nas reportagens da televisão portuguesa, todos os entrevistados estavam contra ele e não havia manifestação em que não se gritasse “ele não”.
(...e agora estou divertidíssimo a ver os das tv’s e arriscadas manobras de marcha-atrás!)

«Para “o” combater, só mesmo um luso abaixo-assinado, apelando à unidade anti-fascista dos eleitores brasileiros. [...]
Foi o que destemidamente fizeram centena e meia de personalidades portuguesas.
Porque se bem que, sempre segundo a comunicação social portuguesa, todos estejam contra Bolsonaro, parece que sempre há cinquenta milhões de incautos eleitores brasileiros que votaram nele, que inexplicavelmente votaram nele, cedendo a múltiplas e infames manipulações e ignorando o perigo iminente do fascismo.»

(não posso deixar de notar o quê de arrogância ou até de neo-colonialismo por detrás da iniciativa: ter nomes representativos da ex-pátria-mãe a recomendar aos cidadãos da ex-colónia e actual país irmão o voto em determinado partido não será muito democrático.)

(in «ELEIÇÕES NO BRASIL- A alternativa» por Jaime Nogueira Pinto)

Nós somos o povo!

“Wir sind das Volk“!
Nesta catequese progressista os boatos da reacção são os responsáveis por os povos se estarem a deixar cair em tentação. Os pecados chamam-se fascismo, capitalismo, populismo, racismo, imperialismo, nazismo, liberalismo, neoliberalismo, conservadorismo, neo-conservadorismo…
Alguns destes ismos são contraditórios entre si – por exemplo, o que será um fascista liberal? – mas não se pode deixar a racionalização estragar uma boa catequese.
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Erster Bürger.
Wir sind das Volk und wir wollen, daß kein Gesetz sei, ergo ist
dieser Wille das Gesetz, ergo im Namen des Gesetzes gibts kein Gesetz
mehr, ergo totgeschlagen!
„Wir sind das Volk, die Menschheit wir,
Sind ewig drum, trotz alledem!“
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"Nós somos o povo", do poema do drama revolucionário Danton's Death (publicado em 1835), de Georg Büchner, resurgiu na Alemanha Comunista do Leste por ocasião das convulsões que levaram à “queda do muro” e ganhou notoriedade no Ocidente.
(e que não venha por ai nenhum fdp dizer-me que “é o grito do Pegida”)

sábado, 27 de outubro de 2018

"proteger os sentimentos religiosos" dos outros...

O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem (CEDH) decidiu recentemente que a liberdade de expressão deve ser equilibrada com "proteger os sentimentos religiosos" dos outros. Assim, os europeus não podem chamar nomes ofensivos a Maomé como, por exemplo, "pedófilo", mesmo tendo ele feito sexo com uma menina pré-adolescente de nove anos chamada Aisha. 
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desenvolvimentos rapidíssimos e em crescendo...

1.     Depois de o seu ex-chefe de gabinete ter garantido à Justiça que Azeredo Lopes conhecia o memorando onde se descrevia a farsa da recuperação das armas, o ex-ministro da Defesa mostrou disponibilidade para ser ouvido pelo Ministério Público;
2.     A pergunta seguinte foi imediata: se o ministro sabia, então o primeiro-ministro não saberia também?;
3.     O CDS acha que sim — por issoacha que “parece imprescindível” chamar Costa ao inquérito parlamentar sobre o tema;
4.     Rui Rio também admite que "não é muito normal" Costa não saber, mas, mesmo assim, recusa ouvi-lo numa comissão de inquérito, por "respeito institucional";
5.     O PS não comenta quem sabia ou não do encobrimento mas diz que chamar um primeiro-ministro a uma comissão de inquérito “seria excecional” (só não refere que isso não seria novidade).
6.     Marcelo Rebelo de Sousa sentiu novamente necessidade de garantir que não soube de nada.

7.     as listas oficiais mandadas pela Procuradoria-Geral da República ao Parlamento confirmam que existe mais material de guerra ainda desaparecido. A notícia é avançada pelo DN.

desaparecimento/aparecimento das armas de Tancos!

26 de Outubro de 2018. TancosCosta diz que desconhece memorando sobre furto de material militar. Costa “acha” que não foi enganado por ex-ministro
5 de Outubro de 2018. Tancos.  Costa: “Falta muita coisa esclarecer”
11 de Setembro de  2018. Tancos.  Tancos é um assunto ‘arrumado’ para António Costa
10 de Setembro de 2018. . Tancos.   Costa diz que Governo fez o que lhe competia
20 de Outubro de 2017. Tancos.   António Costa felicita trabalho da PJM e GNR

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

eles são todos génios e os outros (nós) todos parvos!

Perante o que se segue, só tiro duas conclusões.
Ou o poder subiu à cabeça de todos ou todos estão a querer fazer de nós parvos.
Como não consigo escolher entre as duas possibilidades, fico com ambas.
Vejamos:
Mário Centeno. O nosso ministro acha que é melhor que qualquer outro a fazer contas. Despreza quem quer que seja que o contrarie. 
Que autoridade têm a UTAO ou o Conselho de Finanças Públicas para o questionar?
E se nem o Bloco nem o PCP se parecem importar com o logro...
Siza Vieira também se acha acima de todas as suspeitas. Apesar de ser um reconhecido jurista, nunca questionou ou procurou saber se podia gerir empresas e ser governante. Até ganhar o cognome de ministro das escusas, ainda teve o topete de comparar o seu caso ao de um ministro da Saúde ou da Justiça ser casado com um médico ou um juiz, fingindo que a sua situação era absolutamente normalíssima.
Fernando Medina também não vê contradições entre o que diz, o que pensa e o que faz. Acha que a justificação para ter entregue à gestão de privados a ex-residência do presidente da Câmara de Lisboa em Monsanto, e de, a troco de milhões, estes terem recuperado este e outros imóveis autárquicos, lhes dá todo o direito de terem transformado o espaço num alojamento local de luxo sem que isso mereça críticas
Vieira Silva também acha que está tudo mais que explicado sobre as mudanças nas reformas antecipadas. O problema não é do ministro da Segurança Social que se desdiz e contradiz em cada declaração que se multiplica a fazer. Nem da falta de explicações que continuam por dar. Nem das reformas desfeitas ou das que continuam por fazer.
O problema é de quem não o entendeu logo à primeira, parceiros da esquerda incluídos. Culpa deles!
Para que não tenhamos dúvidas quanto ao futuro, até Maria Begonhacandidata à liderança da Juventude Socialista já mente. Na idade, para se poder candidatar antes do limite permitido, e na formação académica, seguindo a boa prática de tantos outros políticos. É uma garantia de continuidade.

Sobre o António Costa, acho que não há dúvidas. Só ele não vê problemas em nomear um deputado socialista para a reguladora de energia que em boa hora renunciou depois do Parlamento chumbar o seu nome. Só ele acha normal anunciar o sempre adiado concurso para a pediatria oncológica do S. João, sem dar datas àqueles pais e crianças. Há muito que o primeiro-ministro se comporta como se só ele soubesse tudo ou fizesse tudo bem feito. Alguém duvida?! (in “Eles são todos génios e os outros todos parvos” por Filomena Martins)

o PS é um antro de corrupção ?

(e, via Camara Municipal de Lisboa, chegou à Junta de Freguesia de Benfica)
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A candidatura de Maria Begonha à liderança da JS arrancou com o pé esquerdo, não pela preferência ideológica, mas pelos problemas que têm vindo a público neste início da corrida a líder da “jota” do PS:
Em quatro anos assinou três contratos que totalizavam 303.549,78 euros. Com IVA, teria custado à câmara de Lisboa e à Junta de freguesia de Benfica (também liderada pelo PS), 397.966 euros. Porém, afirma o jornalista Rui Pedro Antunes, a Begonha nunca levou qualquer contrato até ao fim e, por isso, não atingiu esses valores. Na verdade, no total das três avenças ganhou 136.426, 84 euros em quatro anos distribuídos da seguinte forma:

  • Contrato de secretária ou assessora da presidenta Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomes na Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomesunta de freguesia de Benfica (30-01-14 a 15/04/16): 26.650, 00 euros;
  • Contrato de assessora do seu mentor, o Duarte Cordeiro, na Camara Municipal de Lisboa  (29/04/16 a 25/10/17): 67.873, 94 euros;
  • Contrato de assessora do Duarte Cordeiro, vice-presidente na Camara Municipal de Lisboa, (16/11/17 a 30/09/18): 41.902,90 euros.
- Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomes
Data de nascimento 1974-05-31
Habilitações literárias Mestrado em Economia Internacional - Desenvolvimento e Cooperação Internacional
Profissão Assistente de Bordo)

- Duarte Cordeiro
Habilitações literárias ISEG - Lisbon School of Economics & Management
Profissão atual Vereador Câmara Municipal de Lisboa
Profissão anterior  Assembleia da República, 
Instituto Português da Juventude, 
Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto


quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Aos 60 anos pode-se reformar, mas aos 65 não.!!!

Depois do episódio das Raríssimas e da ideia peregrina de querer tirar dinheiro dos pobres da Santa Casa para investir no Montepio, esta talvez tenha sido a semana politicamente mais infeliz para o “ministro” da Segurança Social.
O Vieira Silva prometeu, e bem, rever as regras das muito longas carreiras contributivas. [...] Só que, a reboque do Bloco e do PCP, quis ir mais longe e comprometeu-se, no Orçamento do Estado, a terminar em 2019 com a dupla penalização que sofrem os pensionistas com 60 anos ou mais e que queiram antecipar a reforma.  [...]
O nosso sistema de previdência, não sendo de capitalização, implica que haja solidariedade entre gerações. Se dá mais a uns velhos, vai ter de tirar a outros velhos, ou colocar o menino a pagar mais impostos ou TSU.
Tal como na fábula do velho, do menino e do burro, o Vieira Silva está a tentar agradar a todos, mas nunca vai conseguir: Ou zela pela sustentabilidade do sistema ou agrada à geringonça. 
- Quando coloca a criança em cima do burro, alguém vai queixar-se que o velho vai apeado.
- Quando coloca o velho em cima do burro, alguém dirá que o animal vai sobrecarregado.
- Quando o menino e o velho carregam o burro às costas, são alvo de troça.
O Vieira Silva não pode é tomar-nos a todos por burros e fazer uma reforma em que dá às claras e tira às escondidas.(in “Vieira da Silva e a fábula do velho, do menino e do burro” por Pedro Sousa Carvalho )

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Quando as FakeNews se chamavam Boatos...

Não paro de me espantar com o facto de tanta gente descobrir só agora que os boatos são um instrumento de combate político.
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Não recuando a 1314, quando Jacques de Molay foi queimado por Filipe, o Belo, com base em boatos, posso exemplificar com esta magnífica capa do Público, no auge da contestação ao Governo de Passos Coelho, anunciando o défice de 5,3 para o ano de 2013 (na realidade foi de 1,13%) com base numas contas malucas e completamente absurdas.
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Também poderia usar a altura em que os jornais anunciavam que Bruxelas estava já a negociar um segundo resgate a Portugal e Catarina Martins garantia que o governo negociou às escondidas um segundo programa de resgate, por volta de 2013 como  exemplos da utilização de boatos (agora pomposamente chamados fake news) na luta política. (in “Boatos” por Henrique Pereira dos Santos)

domingo, 21 de outubro de 2018

NewSpeak Jornalístico em Portugal

NewSpeak Jornalístico em Portugal By Ricardo Campelo de Magalhães
O comentador LuckyLucky fez aqui uma pequena lista de manipulações usadas pelos Legacy Media portugueses. Editei e fiz algumas adições para fazer esta lista que se segue.
Extremista – Indivíduo violento de direita
Activista – Indivíduo violento de esquerda
Exilado – Indivíduo refugiado de regime de direita
Dissidente – Indivíduo refugiado de regime de esquerda
Ditadores – Ditadores de regime de direita, como o Ditador Chileno Augusto Pinochet
Líderes – Ditadores de regime de esquerda, como o Líder Cubano Fidel Castro
Populista – Indivíduo ou ideia que o povo gosta e o jornalista não gosta que o povo goste.
Democrático – Indivíduo ou ideia que o povo gosta e o jornalista gosta que o povo goste.
Ataque – Ataque que o jornalismo não apoia
Protesto – Ataque que o jornalismo apoia
Foram Mortos (voz activa) – pessoas mortas em ataques em que interessa ao jornalista designar quem atacou, como em “ataque Israelita mata palestinianos”
Morreram (voz passiva) – pessoas mortas em ataques em que não interessa aos jornalista designar quem atacou, como em “Israelitas morrem em explosão”
Indignação – caracterização dos protestos quando o governo é de direita
Extremistas – caracterização dos protestos quando o governo é de esquerda
Coerente – uma pessoa inflexivel de esquerda é coerente
Inflexível – uma pessoa coerente de direita é inflexível
Gastos – Despesa que o jornalista não apoia (independentemente do retorno)
Investimento – Despesa que o jornalista apoia (independentemente do retorno)
Apaixonada – uma pessoa de esquerda controversa ou polémica é apaixonada
Controversa – uma pessoa de direita apaixonada é controversa
Polémica – uma pessoa de direita apaixonada é controversa e polémica
Denúncia – Aproveitamento/Incitamento feita por partido ou força de esquerda
Aproveitamento/Incitamento – Denúncia feita por partido de direita
Oposição Firme – Obstrução feita pela esquerda
Obstrução – Oposição Firme feita pela direita
Austeridade – Política Orçamental contraccionista implementada pela Direita
Rigor – Política Orçamental contraccionista implementada pela Esquerda
Corte – A direita faz corte no Orçamento da Educação
Redução – A esquerda reduz o Orçamento da Educação (ou então a Economia cresceu)

publicado por Fernando Vouga AQUI

sábado, 20 de outubro de 2018

para mais tarde recordar...

Há dez anos que o hospital tem um projecto para construir uma ala pediátrica, mas desde então o serviço tem sido prestado em contentores.
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"Ninguém quererá que a nova ala pediátrica do Hospital São João, já dotada de financiamento, possa eternizar-se sem qualquer avanço. Os dez anos que leva de instalações precárias em contentores adaptados para três anos de vida são muito tempo"

“Ninguém quererá”

mas, ao que nos é dado ver, há excepções no “governo” do Costa...

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

ninguém faz perguntas a Marcelo? 3 .

O Presidente terá 80% de popularidade. Mas será ele inatingível?
Será que as dúvidas ou críticas que fazemos a Costa, a Rio, a Catarina Martins, não se podem fazer ao Presidente?
Vamos lá a rever os factos:
Falando só na última semana, tenho visto o Presidente da República dizer coisas que seriam inimagináveis em presidentes anteriores.
- No caso da PGR, assumiu para si (e só na última hora) uma tese que nunca lhe tínhamos ouvido, de que um PGR só tem direito a um mandato – dando assim inequívoco apoio à intenção anunciada pelo Governo de substituir Marques Vidal muitos meses antes;
- Nos incêndios, depois do tudo ou nada, veio agora concluir que “se fez tudo, a todos os níveis”, para que não se repetissem as tragédias do ano passado;
- Sobre o Orçamento de Estado (que há 10 meses avisava não poder ser “eleitoralista”), disse agora que se trata de um documento que tem uma “justiça social acrescida”, mas também contém medidas eleitoralistas – “como é inevitável”;
- Sobre a remodelação governamental, elogiou Costa: são sempre “mais eficazes” quando feitas de surpresa e, “quem chega, chega com nova dinâmica e criatividade para dar o seu contributo”;
se fosse Cavaco, o que diriam dele?
(in “Mas ninguém faz perguntas a Marcelo?” por David Dinis)

ninguém faz perguntas a Marcelo? 2

O Presidente terá 80% de popularidade. Mas será ele inatingível?
Será que as dúvidas ou críticas que fazemos a Costa, a Rio, a Catarina Martins, não se podem fazer ao Presidente?
Vamos lá a rever os factos:
O chefe de Estado Maior do Exército demitiu-se, cinco dias depois de Azeredo sair, com uma carta ao Presidente invocando razões pessoais e com outra aos militares invocando… interferências políticas
E o Presidente – que desde o furto de Tancos nada fez para o tirar do lugar – nada disse. 
E eu pergunto-me: Será mesmo possível que o chefe do Exército se tenha demitido depois de uma reunião com o novo ministro, 16 meses depois do furto de Tancos, sem ter falado antes com o primeiro-ministro e com o Presidente?
se fosse Cavaco, o que diriam dele?
(in “Mas ninguém faz perguntas a Marcelo?” por David Dinis)

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

ninguém faz perguntas a Marcelo? 1

O Presidente terá 80% de popularidade. Mas será ele inatingível?
Será que as dúvidas ou críticas que fazemos a Costa, a Rio, a Catarina Martins, não se podem fazer ao Presidente?
Vamos lá a rever os factos:
O ministro da Defesa demitiu-se, mas só nove dias depois de ter sido acusado (em tribunal) de ser cúmplice de uma operação de encobrimento de um roubo militar.
Durante estes nove dias, Marcelo não comentou. Depois da demissão, também não.
O que é que Azeredo tinha que Constança Urbano de Sousa não teve? (sabendo nós que o Presidente exigiu a demissão dela).
se fosse Cavaco, o que diriam dele?
(in “Mas ninguém faz perguntas a Marcelo?” por David Dinis)

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

O medo de Bob Woodward

Foi assim que Bob Woodward titulou o seu livro sobre a presidência de Donald Trump que muitos comentam mas poucos leram...
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Ao contrário do «jornalismo» português, Woodward, tendo uma causa, tem a honradez e seriedade bastantes para escrever um livro que, sendo certamente simpático à causa democrata, corre o risco de cimentar as crenças dos eleitores do presidente e conquistar até novas simpatias.
O «jornalismo» português já decidiu: Trump é estúpido, ignorante, xenófobo e machista (além de capitalista, evidentemente). Donde resulta necessariamente, segundo o «jornalismo» português», que, visto terem-no eleito, os americanos o são igualmente. Woodward, porém, além de jornalista, é inteligente e mais fino: do que ele acusa Trump é de ser errático, padecer de défice de atenção, ignorar tudo da economia e das relações internacionais, e ser perigosamente impulsivo. [...]
Em resumo, eis o que conseguiu a gerência estúpida, ignorante, errática e perigosa de Trump:

  • em vez da terceira guerra mundial que os media portugueses garantiam, Trump sentou a Coreia do Norte à mesa das negociações e conseguiu um acordo de desarmamento; e não ponho de lado que, depois de pacificada a península, a Coreia do Sul venha a ter que aceitar um acordo KORUS menos vantajoso;
  • em vez de criar um Estado Islâmico, Trump contribui para a destruição do Estado Islâmico para cuja existência Obama contribuíra pela ausência;
  • em vez de levar a China ao limiar da guerra, Trump conseguiu uma condenação internacional por roubo de propriedade intelectual, e pôs no centro da política externa a consideração da China como mais perigoso adversário político, económico e militar;
  • a reforma fiscal recentemente aprovada libertou para o orçamento de uma família média com um filho mais de 2000 dólares anuais, com efeitos no consumo interno; «os ricos» (como diz a esquerda) ficaram com ainda mais, o que fez disparar o investimento;
  • as tarifas alfandegárias – ou a ameaça de tarifas alfandegárias – suscitou a revisão de acordos comerciais como o NAFTA, que abriu o mercado canadiano às indústrias americanas de automóveis e lacticínios;
  • investimento e emprego batem recordes; e a economia americana cresce acima dos 4%;
  • e o argumento da xenofobia é apenas mais uma patetice atirada por gente irritada. Quem analise o que está a ser debatido agora nos EUA (a migração em cadeia, por exemplo) verificará que o debate decorre em termos bem razoáveis, e nem sequer mais restritivos do que no tempo de Obama.
E então?
Então, Fear. Medo… Woodward faz muito bem em tê-lo e em confessá-lo. Porque as políticas de Trump – opostas às dos democratas e por eles consideradas estúpidas ou impossíveis – afinal produzem resultados e afinal eram possíveis.
E há ainda uma pérola, ou uma cereja em cima do bolo, como quiserem, que a mim pelo menos parece deliciosa: o facto de o rico, capitalista Trump, o Trump do golfe e da vida faustosa, ser hoje nos EUA a voz da classe operária.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

…if they go to early elections the rise of AfD will be inevitable!

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only for the most interested people a opinion text from a serious analist!
You will quickly realize that the losers who will bring the biggest problems to the current federal coalition of Christian Democrats/Socialists will be the actual partner SPD.
... and the worst of it is that if they go to early elections the rise of AfD will be inevitable!
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(dificilmente isto aparecerá na imprensa a que temos direito!)
“The CSU will hold 85 seats (compared to 101 seats won in the 2013 vote), the Greens 38 seats (compared to 18), Free Voters 27 (compared to 19), the SPD 22 (compared to 42), the AfD 22 and the FDP 11.
The CSU lost votes to the far-right Alternative for Germany (AfD) party, the Greens and the Free Voters, a protest party of mainly conservative independents.
The loss of votes to AfD has largely been blamed on Ms Merkel’s decision to allow one million asylum seekers to Germany in 2015.
Martin Sichert, AfD leader in Bavaria, said: “We are very pleased because the goal for the Bavaria state election was to send an earthquake towards Berlin.”
mais AQUI

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

OE2019



convém começar a lembrar os idiotas-úteis que 
o Orçamento de Estado 
é da responsabilidade da Assembleia da República 
(apesar da proposta ser do “governo”)

Quinze de Outubro de 2017...

Tondela, Santa Comba Dão, Vizela e Oliveira do Hospital foram os mais devastados pelas chamas. O cenário era aterrador - casas destruídas, vidas de trabalho levadas pelo fogo, pessoas que foram deixadas ao abandono, entregues a si mesmas.
Quatro meses antes tinha mergulhado Portugal num luto profundo. Os fogos de Pedrógão tinham roubado 66 vidas. E o Centro do País voltava a arder e mais meia centena de vidas iriam desaparecer...



Mariline Alves, fotojornalista do Correio da Manhã, foi enviada para o local a seguir à noite da tragédia. 

domingo, 14 de outubro de 2018

O lobo mau e o capuchinho vermelho...

É óbvio que, se a cena tivesse acontecido com um borra-botas qualquer, a rapariga nunca mais se lembraria do assunto. 
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... francamente, nesta história da violação, é muito difícil embarcar. A violação é um crime gravíssimo, e não se pode banalizar a palavra.
Falar em ‘violação’ numa cena como esta é insultuoso para as mulheres que são efectivamente violadas. 
ao que parece neste caso 
o problema principal é não ter sido usado preservativo – isso é que fragilizou a sua posição e o levou a assinar o acordo de silêncio. Mas a rapariga não ficou doente. E agora, nove anos depois, aproveitando este movimento do #metoo – em que todos os homens são vistos como uns lobos maus e as raparigas como uns capuchinhos vermelhos –, lembrou-se do caso para extorquir uns dinheiros. E quem melhor do que o, rico e famoso, para lhe proporcionar uma pequena fortuna? 
É óbvio que, se a cena tivesse acontecido com um borra-botas qualquer, a rapariga nunca mais se lembraria do assunto. Mas estamos num tempo de caça as bruxas, de salve-se quem puder, de fartar vilanagem nesta questão do sexo.
Sopradas pelas organizações LGBT, tudo o que seja culpabilizar as relações heterossexuais é bem-vindo. O piropo é diabolizado, desenterram-se acusações de assédio com 30 anos, e cenas passadas em hotéis entre raparigas que aliciam homens a entrar e sobem aos seus quartos são tratadas como violações.
Haja um mínimo de bom senso e de decoro! E não se diga que estou a reagir de uma forma machista. Se fosse ao contrário, se fosse um homem a aliciar uma mulher e esta, num excesso de entusiasmo, forçasse uma cena de sexo, eu diria exactamente o mesmo. Num tempo de grande liberdade sexual, onde parece que tudo é permitido, aparecem depois os pescadores de águas turvas a quererem tirar dividendos para as suas causas ou para os seus bolsos.
Seja para os
#metoos ou para extorquir uns milhões.