segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

quem é que andou a enganar Bruxelas?

A Comissão Europeia torce o nariz e o que se discute não é o orçamento, mas a ingerência externa nas decisões do Governo, a soberania. E, ao mesmo tempo, ouvem-se as vozes da Catarina e do Jerónimo a brandir a bandeira nacional contra os invasores.
.
É sempre assim. Quando um país não cumpre as suas obrigações, aquelas a que se comprometeu livremente, começa a arranjar bodes expiatórios, culpados, a apontar o dedo a terceiros. …
Ninguém na Europa impede António Costa de fazer escolhas, de puxar mais pelo consumo ou pelas exportações, pelo corte de despesa ou aumento de receita. Costa tem de cumprir uma redução do défice global e do défice estrutural, corrigido dos efeitos de medidas temporárias e do ciclo económico. O que faz? Apresenta um orçamento com pressupostos que tornam difícil cumprir a redução do défice global para 2,6% e ‘inventa’ uma contabilização de medidas estruturais como se fossem extraordinárias que permitiria reduzir o défice estrutural em 0,2%.

O Galamba diz na sua página de Facebook (algo que Jerónimo de Sousa, António Costa e o representante do PS no Expresso já repetiram) que o governo anterior andou a “enganar Bruxelas”, dizendo que cortes temporários eram definitivos, porque se fossem temporários não poderiam contar para o défice estrutural. (n’O Insurgente)
.

mas quem é que enganou Bruxelas?