domingo, 9 de março de 2008

... a Grande Marcha!

Cem mil docentes exigiram demissão da ministra TSFOnline ( 20:06 / 08 de Março 08 ) Os cerca de 100 mil professores que, segundo os sindicatos, participaram este sábado na «Marcha da Indignação» exigiram a demissão da ministra da Educação, a renegociação do Estatuto da Carreira Docente e a suspensão do processo de avaliação de desempenho. O último dado validado pela PSP apontava para uma adesão superior a 85 mil pessoas. A confirmar-se o número da organização, participaram na marcha 70 por cento dos docentes, o que representa mais de dois terços da classe profissional. Ouvido pela TSF, Mário Nogueira, da Fenprof, sublinhou que esta mobilização mostra que «os docentes não estão a ser alvo de manipulação por parte dos sindicatos». Mário Nogueira considerou que, depois desta demonstração de descontentamento, a ministra «não tem condições para se manter no cargo». Também João Dias da Silva, da FNE, reclamou alterações ao estatuto da Carreira Docente, afirmando que «os sindicatos mantêm-se disponíveis para dialogar com a tutela». Numa resolução aprovada por aclamação e unanimidade no plenário de professores na Praça do Comércio, em Lisboa, os docentes afirmam que «se esgotaram todas as vias do diálogo e negociação possíveis». «Os professores e educadores portugueses reafirmam a sua profunda indignação face ao desrespeito e desconsideração que têm sido manifestados pelo actual Governo, em especial pelos membros da equipa do Ministério da Educação, equipa que deixou de reunir condições para se manter em funções», refere a resolução. Para garantir «a serenidade indispensável para que o ano lectivo termine sem perturbações mais graves do que as já existentes» os docentes exigem ao Ministério da Educação a suspensão do processo de avaliação de desempenho até final do ano lectivo e a não aplicação ás escolas «de qualquer procedimento que decorra do Regime de Gestão Escolar», recentemente aprovado em Conselho de Ministros. refira-se que Vilaverde Cabral foi um dos "holigans" que tanto medo meteram no Rangel Que Aguarda Pagamento !!! COMENTÁRIO ... obviamente JÁMÉ Mário Lino diz que reformas são para avançar O ministro Mário Lino disse, este sábado, compreender o descontentamento dos professores, mas sublinhou que a avaliação dos docentes e a gestão das escolas são «reformas absolutamente necessárias», das quais o Governo não abdica. TSF ( 20:45 / 08 de Março 08 ) Ao intervir num plenário de militantes da Federação Distrital de Coimbra do PS, Mário Lino disse que «o Governo não está disponível para abdicar» destas «reformas absolutamente necessárias para o país», embora esteja aberto «a melhorar, a alterar». «Estamos sempre abertos, e a ministra já o disse, a melhorar, a alterar, que haja contribuições. O Ministério da Educação já fez mais de 100 reuniões com os sindicatos desde que esta discussão começou», frisou, sublinhando, contudo, que «melhorar não é parar». Referindo-se à questão da avaliação dos docentes, Mário Lino reconheceu que «há muitos professores que estão descontentes com esta matéria». «Compreendo perfeitamente esse descontentamento. Não me indigna esse descontentamento. Mas é preciso que fique claro uma coisa: temos hábitos enraizados, nesta matéria, muito grandes, e que não há reforma a sério que alguém possa fazer que não gere um grande descontentamento», disse ainda o ministro das Obras Públicas, ao frisar que todas as profissões e actividades «têm de ser avaliadas». Na sua intervenção, Mário Lino disse ainda que o governo não quer que «o Ministério da Educação, as escolas sejam afastadas dos professores». Mário Lino saudou ainda a sua colega com a pasta da Educação no governo, salientando que Maria de Lurdes Rodrigues que, «neste momento, precisamente para conduzir uma política que o governo considera da maior importância para o país, tem de enfrentar muitas dificuldades».
Ministra desvaloriza números e destaca «insatisfação» A ministra da Educação considerou, este sábado, que não importa o número de professores que protestaram esta tarde contra as políticas do Governo, mas sim a sua «insatisfação». Em declarações à TSF, Maria de Lurdes Rodrigues disse ainda que não vai demitir-se do cargo. TSF ( 22:03 / 08 de Março 08 ) A ministra da Educação disse hoje não estar preocupada com os números da manifestação, que esta tarde juntou cerca de cem mil professores em Lisboa. Em entrevista à TSF, Maria de Lurde Rodrigues valorizou antes a insatisfação dos professores. «O mais importante que a manifestação revela é que há insatisfação por parte dos professores, o número é indiferente, pois mil já são muitos», afirmou, sublinhando que é a «substância que deve ser encarada de frente». A titular da pasta da Educação acusou também os partidos da oposição e os sindicatos de «oportunismo» e «aproveitamento» político. Questionada sobre se mantém condições para continuar no cargo, Maria de Lurdes Rodrigues disse que «o compromisso que mantém com o primeiro-ministro é para ser levado até ao fim», sublinhando que não se «assusta com a primeira dificuldade».