sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Jose Sócrates de Carvalho Pinto de Sousa

O seu tempo podia ter sido excelente para o país. Mas acabou por ser desgraçado, em consequência de uma desmedida ambição pessoal, que roçava a paranoia.
Sócrates demoliu o país pedra a pedra. Nunca em Portugal se derreteu tanto dinheiro.
Como primeiro-ministro, estabeleceu uma rede de cumplicidades com empresários, gestores e banqueiros como Joaquim Barroca, Lalanda e Castro, Joe Berardo, Zeinal Bava ou Ricardo Salgado, que lhe permitiu acumular de forma dissimulada muitos milhões de euros, usando como ‘banqueiro privado’ o seu amigo Carlos Santos Silva.
E, à escala de um país como Portugal, construiu um poder enorme, na banca, nas telecomunicações, na comunicação social, até na Justiça.
Nunca se tinha visto nada assim.
Com a ajuda de Joe Berardo, assaltou o maior banco português, o Millennium BCP, colocando à sua frente administradores da sua confiança pessoal, vindos da CGD, como Carlos Santos Ferreira e Armando Vara.
Com a conivência de Ricardo Salgado, usou este banco para negócios ruinosos como a venda da Vivo (da PT) ou o financiamento da Ongoing, uma empresa-fantasma.
E juntando estes dois bancos ao banco do Estado, conseguiu ter influência nos três maiores bancos portugueses – BCP, BES e CGD -, com amplas ramificações no sistema financeiro e nos seguros.
Nas telecomunicações, através da golden share na PT, e a ajuda de Zeinal Bava, manipulou a maior empresa portuguesa do setor.
Na comunicação social, onde tinha a RTP e a RDP públicas, dominou o grupo Global Noticias (DN, JN e TSF), de Joaquim Oliveira.
Tentou capturar o grupo Impresa, de Balsemão, através da dita Ongoing, de Nuno Vasconcellos.
Procurou comprar a TVI, através da PT – um negócio frustrado no último momento por intervenção de Cavaco Silva,
Na Justiça, estabeleceu uma relação de grande proximidade com o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, que se tornou seu ‘anjo protetor’, de mãos dadas com o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha do Nascimento.
Ora, controlando um amplo setor da banca e dos seguros; a maior empresa de telecomunicações; vários meios de comunicação social; beneficiando da proteção de uma parte da Justiça; liderando o maior partido português, o PS, o Governo e o Parlamento, Sócrates tinha o país na mão
Parece impossível como, num país da Europa, um homem conseguiu concentrar em si tanto poder