segunda-feira, 13 de outubro de 2025

«a guerra terminou!»

738 dias depois
A guerra terminou!.
Durante 738 dias — dois anos completos — o mundo assistiu, muitos vezes em silêncio cúmplice ou distraído, a uma guerra que começou com o mais bárbaro dos crimes: o massacre de civis israelitas no 7 de Outubro de 2023, perpetrado pelos terroristas do Hamas. Famílias inteiras degoladas, mulheres violadas até à morte, bebés queimados vivos — e centenas de reféns levados para Gaza como troféus humanos.
Foram 738 dias de cativeiro para muitos desses reféns — alguns libertados, outros assassinados, outros transformados em moeda de troca pela organização que muitos continuam, de forma obscena, a chamar “resistência”. Foram 738 dias de destruição, de guerra assimétrica, de manipulação mediática e diplomática, de uma narrativa cuidadosamente construída para transformar vítimas em culpados e culpados em heróis.


Israel respondeu com força. Atacou posições terroristas e, inevitavelmente, civis palestinianos inocentes foram também atingidos. 
É esse o horror da guerra — mas a responsabilidade primeira não está em quem se defende, mas em quem, no primeiro dia, decidiu atacar e matar.
O que estas três palavras — “a guerra terminou” — representam, mais do que um cessar-fogo, é o encerramento de um ciclo de hipocrisia global. Durante dois anos, vimos:
- Organizações internacionais incapazes de chamar terroristas pelos nomes;
- Governos ocidentais, incluindo o nosso, dobrados perante a chantagem moral do “humanitarismo” selectivo;  
- Multidões nas ruas da Europa a gritar slogans em defesa de quem escraviza e mata civis israelitas;
- Uma comunicação social cúmplice — escondendo os crimes do Hamas e amplificando as imagens de sofrimento palestiniano como se tivessem surgido do nada.
A guerra terminou — mas a batalha da memória começa agora. Os mortos israelitas não voltarão, os reféns assassinados não regressarão aos seus lares, e o mundo que assistiu e relativizou tudo isto não se poderá fingir inocente.
Este desfecho não é um final feliz. É um ponto final amargo, que carrega o peso de dois anos de sofrimento humano e de duas narrativas em choque: a do terrorismo e a da civilização.
Contudo, 
convém não esquecer:
. Que tudo começou com um acto de terror;
. Que muitos no Ocidente escolheram o lado errado;
. Que a vitória militar não apaga a ignomínia moral dos que silenciaram o massacre inicial e normalizaram os seus autores.
“The war is over!”. Sim. 
Mas que ninguém se iluda: o juízo da História começa agora.