[Eu sei! Eu estive lá!]
A guerra é frequentemente descrita como o lugar para onde jovens, que não se conhecem nem se odeiam, são enviados para se matarem, por ordem de líderes velhos que se conhecem e se odeiam, mas permanecem seguros nos seus gabinetes. Esta citação brutalmente honesta questiona a moralidade da guerra e a responsabilidade dos líderes.
A ti, que defendes ou atacas Zelensky, Putin ou Trump, pergunto: Mataste algum dos que chamavas inimigos ou viste morrer, ao teu lado, aquele camarada que ontem jantou contigo?
Esta questão é um apelo à tua reflexão sobre os custos humanos da guerra e a verdadeira natureza do heroísmo e do sacrifício.
Na sexta-feira, o mundo assistiu a um triste espetáculo de egotismo e isolacionismo na Sala Oval, onde o presidente Donald Trump, conhecido por seu comportamento imprevisível e ego inflado, demonstrou que suas decisões são frequentemente guiadas mais pelo ressentimento pessoal do que por uma análise racional da política externa. Para Trump, a recusa do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em ajuda-lo na campanha contra Joe Biden em 2020 parece ter pesando mais do que o papel crucial de Zelensky na resistência contra a Rússia.
JD Vance, o alinhado com a ideologia MAGA, reflecte o pensamento de muitos eleitores do devastado Midwest americano, que acreditam que os Estados Unidos não têm que de gastar recursos ou envolver tropas na defesa de uma Ucrânia que nem sabem onde fica. Esse isolacionismo, misturado com a desilusão económica, cria uma narrativa poderosa para aqueles que se sentem abandonados pelo sistema político.
“Construir a paz é mais difícil do que conduzir uma guerra”.
Em tempos de conflito e incerteza, as palavras de Clemenceau lembram que a verdadeira vitória reside na construção de uma paz duradoura, uma tarefa árdua que exige mais coragem e sabedoria do que a condução de qualquer guerra. E ao refletirmos sobre os desafios atuais, devemos sempre lembrar os sacrifícios de quem está na linha de frente e a responsabilidade daqueles que tomam as decisões.
Aquela frase de Georges Clemenceau, citada por José Manuel Fernandes no Observador, é uma verdade universal que ressoa profundamente nos corredores do poder ao longo da história e até os dias atuais mas Clemenceau, que teve um papel central nos Tratados de Versalhes após a Primeira Guerra Mundial, viu o seu trabalho diplomático ser usado como pretexto por Adolf Hitler para desencadear a Segunda Guerra Mundial. Esta ironia trágica sublinha a complexidade da construção da paz e a fragilidade dos acordos de pós-guerra.