para memória futura!
«Há cidadãos que não se deixam ensinar nem sensibilizar. Eu quero que fique claro que todas as detenções que a PSP tem feito desde o início da pandemia, elas acontecem, portanto, a acção repressiva acontece quando as pessoas não querem nem se deixam sensibilizar. Ponto final».
Estas palavras – sic – foram proferidas pelo director nacional da PSP, Magina da Silva, com cara séria e sobrolhos carregados por baixo de uma viseira com que andou, sempre sem máscara, ao lado do ministro da Administração Interna, o socialista Eduardo Cabrita, do presidente da Câmara de Lisboa, o também socialista Fernando Medina, e do presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, o igualmente socialista Pedro Delgado Alves, à margem da inauguração da 41.ª Esquadra de Lisboa, na terça-feira, dia em que foi publicada a Lei que determina o uso obrigatório de máscara nos espaços públicos e imediatamente seguinte à divulgação do diploma que determina a proibição de circulação entre concelhos em todo o território nacional neste fim de semana em que se assinala o Dia de Todos os Santos (dia 1 de Novembro, feriado religioso) e o de Fiéis Defuntos ou de Finados (dia 2).
Dá-se o caso de, há dias, um professor da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa ter sido surpreendido no final de uma aula por agentes da PSP plantados à porta da sala para o multar por ter estado a leccionar sem máscara, independentemente de apenas estarem 20 alunos presentes (ou 19 mais o ‘bufo’ que fez a queixa via telemóvel) e de guardar uma distância de uns bons metros (bem além do mínimo de dois recomendados pela DGS) para os estudantes.
Este professor, pelos vistos, inclui-se naquele conjunto de cidadãos que ‘não querem aprender nem se deixam sensibilizar’.
O que mais se estranha é que, volvidos dias sobre este insólito caso, continue sem se conhecer reacção digna de registo do reitor da Universidade de Lisboa, nem que o ministro da Administração Interna tenha sido interpelado por alguém.
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