O padrão das decisões casuísticas do governo e da sua Graça Freitas já se vê: se respeitam a católicos, proíbem-se ou limitam-se à bruta; se não, permitem-se.
Ficou bem à vista ao autorizarem 27.500 espectadores na Fórmula 1 no Algarve; tal como, antes, permitiram eventos do PCP e sua CGTP e shows a que foram Costa e Marcelo.
A Páscoa? Foi proibida.
Fátima? Esteve sob um escrutínio que a Igreja circundou decidindo ela limitar a presença de fiéis em cerimónias civis e religiosas como casamentos e funerais? Reduções drásticas.
Natal em família? Está ameaçado por Marcelo e Costa.
E, na mais incrível das decisões jacobinas, está praticamente proibida a ida aos cemitérios no Dia de Finados — onde não se acotovela gente como nos transportes públicos.
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Só a mansa beatitude da Igreja portuguesa impede que o incómodo de milhões suba de tom. Jamais Mário Soares praticaria a ferocidade anticatólica de Costa, que faz jus ao apelido de Afonso Costa.
(in Correio da Manhã Weekend a 24 Oct 2020)