sábado, 31 de outubro de 2020

Regras são para cumprir, "quer queiram quer não"

para memória futura! 
«Há cidadãos que não se deixam ensinar nem sensibilizar. Eu quero que fique claro que todas as detenções que a PSP tem feito desde o início da pandemia, elas acontecem, portanto, a acção repressiva acontece quando as pessoas não querem nem se deixam sensibilizar. Ponto final». 
Mas quem é ele? Quem se julga o autor destas ameaças? Em que venezuela vive? 
Estas palavras – sic – foram proferidas pelo director nacional da PSP, Magina da Silva, com cara séria e sobrolhos carregados por baixo de uma viseira com que andou, sempre sem máscara, ao lado do ministro da Administração Interna, o socialista Eduardo Cabrita, do presidente da Câmara de Lisboa, o também socialista Fernando Medina, e do presidente da Junta de Freguesia do Lumiar, o igualmente socialista Pedro Delgado Alves, à margem da inauguração da 41.ª Esquadra de Lisboa, na terça-feira, dia em que foi publicada a Lei que determina o uso obrigatório de máscara nos espaços públicos e imediatamente seguinte à divulgação do diploma que determina a proibição de circulação entre concelhos em todo o território nacional neste fim de semana em que se assinala o Dia de Todos os Santos (dia 1 de Novembro, feriado religioso) e o de Fiéis Defuntos ou de Finados (dia 2). 

Dá-se o caso de, há dias, um professor da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa ter sido surpreendido no final de uma aula por agentes da PSP plantados à porta da sala para o multar por ter estado a leccionar sem máscara, independentemente de apenas estarem 20 alunos presentes (ou 19 mais o ‘bufo’ que fez a queixa via telemóvel) e de guardar uma distância de uns bons metros (bem além do mínimo de dois recomendados pela DGS) para os estudantes. 
Este professor, pelos vistos, inclui-se naquele conjunto de cidadãos que ‘não querem aprender nem se deixam sensibilizar’. 
O que mais se estranha é que, volvidos dias sobre este insólito caso, continue sem se conhecer reacção digna de registo do reitor da Universidade de Lisboa, nem que o ministro da Administração Interna tenha sido interpelado por alguém.
mais AQUI

my name is Bond, James Bond

 


Pão por Deus !

 

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

ataque á civilização !

Houve um atentado islamista em Nice: um terrorista entrou numa igreja católica e esfaqueou várias pessoas, matando três. 
O caso está a causar certa comoção, porque a França esteve sob fortes críticas das autoridades de países muçulmanos (incluindo o presidente turco) a propósito dos supostos excessos retóricos na reacção à morte de um professor de liceu, degolado há uma semana por um islamista, após ter mostrado as caricaturas de Maomé na aula. 
A indignação dos fanáticos nem se entende bem, pois a resposta francesa foi a do costume, com manifestações e discursos, vigílias e textos indignados, muitas palavras, mas nenhuma acção concreta. Pelo contrário, houve tentativas de relativizar o problema, como se o país não estivesse sob o ataque de fanáticos.
   
Um bispo português, num twitter mais do que lamentável, culpava os europeus por não respeitarem as religiões (ainda bem que isto não foi na igreja dele). 
Um comentador da rádio pública fazia uma salgalhada entre o ataque do terrorista em Nice e a defesa que os conservadores polacos estão a fazer das suas igrejas, no contexto da contestação ao tribunal constitucional da Polónia, que emitiu uma decisão controversa sobre a lei de aborto, desencadeando manifestações contra os católicos. Para este radialista, em ambos os casos estamos perante o mesmo tipo de obscurantismo religioso. 
É cada vez mais evidente que nós, europeus, capitulámos na defesa da nossa liberdade. De alguma forma perversa, a culpa é nossa, por não sermos suficientemente tolerantes com estes maluquinhos que nos querem cortar a goela.  (in “O ataque dos índios” por Luís Naves)
mas felizmente ainda há excepções:



Todos os Animais São Iguais

...mas 

Uns São Mais Iguais Do Que os Outros



este país às vezes parece um sketch dos Monty Python. 

Temos o governo a passar uma medida inconstitucional, uma vez que não se pode proibir a circulação entre concelhos sem declaração do estado de emergência – inconstitucionalidade essa confirmada pelo Presidente da República (via Insurgente)

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Infectados de 19 a 25 de Outubro

eleiçoes Açores

domingo, 25 de outubro de 2020

Açores Eleições Legislativas Regionais


Um "terramoto" político. 

PS perdeu a maioria e teve pior resultado desde há 24 anos, mas insiste que "ganhou".

sábado, 24 de outubro de 2020

FALTA-LHES PÔR LEÕES NO COLISEU...

O padrão das decisões casuísticas do governo e da sua Graça Freitas já se vê: se respeitam a católicos, proíbem-se ou limitam-se à bruta; se não, permitem-se. 
Ficou bem à vista ao autorizarem 27.500 espectadores na Fórmula 1 no Algarve; tal como, antes, permitiram eventos do PCP e sua CGTP e shows a que foram Costa e Marcelo. 
A Páscoa? Foi proibida. 
Fátima? Esteve sob um escrutínio que a Igreja circundou decidindo ela limitar a presença de fiéis em cerimónias civis e religiosas como casamentos e funerais? Reduções drásticas. 
Natal em família? Está ameaçado por Marcelo e Costa. 
E, na mais incrível das decisões jacobinas, está praticamente proibida a ida aos cemitérios no Dia de Finados — onde não se acotovela gente como nos transportes públicos. 
.
Só a mansa beatitude da Igreja portuguesa impede que o incómodo de milhões suba de tom. Jamais Mário Soares praticaria a ferocidade anticatólica de Costa, que faz jus ao apelido de Afonso Costa. 
(in Correio da Manhã Weekend a 24 Oct 2020)

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

a mascara e o covid 19


O Parlamento aprovou, esta sexta-feira, 23 de Outubro, o uso de máscara em espaços públicos, sempre que não seja possível garantir o distanciamento físico, durante três meses, mediante diploma apresentado pelo PSD. 
Esta medida pode ser renovada no final dos três meses. A obrigatoriedade do uso de máscara é aplicável a partir dos 10 anos.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

a camioneta fantasma

Em 19 de Outubro de 1921, uma camioneta, posteriormente apodada de «fantasma» ou da «morte», percorreu Lisboa em buscas de vítimas propiciatórias a imolar no altar da revolução que então grassava na capital portuguesa. Em Portugal, só por ironia qualificado de «brandos costumes», a extrema-esquerda tinha acabado de derrubar o governo democrático e havia que entreter a canalha da rua com chacinas estimulantes. Os algozes que ocupavam a camioneta eram soldados das forças de segurança – Guarda Nacional Republicana – e alguns marinheiros. Supliciados durante o percurso ou no seu términus, no Arsenal da Marinha, haviam sucumbido, entre outros, António Granjo (o ex-primeiro ministro) e os oficiais da Marinha António Maria Machado Santos e José Carlos da Maia, ambos artífices maiores da implantação da República em 5 de Outubro de 1910.





quarta-feira, 14 de outubro de 2020

sábado, 10 de outubro de 2020

multiculturalismo...


... falta a sugestão para a resolução do problema.

quem se mete com o PS, leva...

No fim-de-semana [4, 5 e 6 de Outubro] Marcelo já tinha pisado mais uma linha vermelha, ao promulgar uma lei que permite a um Estado que nem sabe que imóveis possui
expropriar à vontade o que não é dele, tudo em nome da pressa que há em gastar o dinheiro que aí vem. A mesma pressa que leva o Governo a pretender modificar as regras da contratação pública, de forma a quase acabar com os concursos públicos, abrindo caminho a um verdadeiro assalto aos dinheiros europeus.
O que cola, o que não nos sai da cabeça a todos, é que Vítor Caldeira estava a ser um presidente do TdC incómodo para o Governo e para o PS, e já se sabe que “quem se mete com o PS, leva”. (José Manuel Fernandes in “Marcelo é cúmplice de Costa, não tem desculpa”) 


E quem é que vai para o lugar de Vítor Caldeira?
Pois nada mais, nada menos do que José Tavares, um quadro do Tribunal de Contas, durante muitos anos director-geral mas que fora afastado desse lugar em Fevereiro passado. Uma simples busca na internet permitiria descobrir que ele foi um dos personagens da renegociação das PPP rodoviárias, onde o Estado português foi prejudicado em 3,5 mil milhões de euros. Um processo em que aparece associado a figuras tão sombrias como Paulo Campos, antigo secretário de Estado de José Sócrates, com quem trocou emails usando a sua conta pessoal.

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

auto da proclamação da Republica

 


AUTO DA PROCLAMAÇÃO DA REPUBLICA PORTUGUÊSA
NA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA

Aos cinco dias do mês de Outubro do anno de mil novecentos e dez, da era christã, pelas oito horas e quarenta minutos da manhã, nesta cidade de Lisboa e edificio dos Paços do Concelho, da varanda principal delles, o cidadão Doutor Francisco Eusébio Leão, secretario do Directorio do Partido Republicano Português, em nome deste, como representante do povo republicano e das forças revolucionarias da terra e mar, perante milhares de cidadãos que se encontravam na Praça do Municipio, declarou que estava

abolida a Monarchia em Portugal e todos os seus domínios e proclamada a Republica Portuguêsa.
Esta declaração foi recebida com delirantes e prolongadas ovações, acclamando o povo o novo regimen com calorosos e intensos vivas à Pátria e à Republica.
Em seguida o mesmo cidadão accrescentou que, sendo o povo português de sua natureza bom e tolerante, desnecessario seria recommendar-lhe a maior prudencia e o mais absoluto respeito pela vida e haveres quer dos extrangeiros quer dos nacionaes, fossem quaes fossem as suas opiniões politicas ou religiosas. Continuando disse que a Republica Portuguêsa será um regimen de liberdade e de paz, dentro do qual caberão todas as aspirações e iniciativas generosas: recommendava, portanto, a todos, que mostrem a sua confiança nas novas instituições, sendo magnanimos para com os vencidos e voltando às suas occupações habituaes, tendo sempre em vista que a divisa do novo regimen é:
"Ordem e Trabalho"
Prolongados e enthusiasticos applausos do povo acolheram as suas palavras.
Em seguida o cidadão Innocencio Camacho Rodrigues, membro do Directorio, em nome do comité revolucionario, propôs ao povo os seguintes cidadãos para constituirem o
Governo Provisorio da Republica Portuguêsa:

Presidente sem pasta - Doutor Joaquim Theophilo Braga... Interior - Doutor Antonio Jose de Almeida... Justiça - Doutor Affonso Costa... Fazenda - Basilio Telles... Guerra - Antonio Xavier Correia Barreto... Marinha - Amaro Justiniano de Azevedo Gomes... Extrangeiros - Doutor Bernardino Luiz Machado Guimarães... Obras Publicas - Doutor Antonio Luiz Gomes.
Propôs tambem para Governador Civil de Lisboa o Doutor Francisco Eusebio Leão.
Cada um destes nomes foi freneticamente festejado e a proposta approvada por acclamação, continuando o povo a manifestar o mais caloroso e intenso enthusiasmo.
Fallou também o cidadão Jose Relvas, membro do Directorio, dizendo que o povo português, num grande anceio de liberdade, de moralidade e de justiça, conseguira, num esforço sublime, redimir a Patria Portuguêsa, proclamando a Republica. Explicou ao povo a importância do acto realizado e incitou-o a cooperar efficazmente na obra de reconstrucção nacional. Saudou a heroica cidade de Lisbôa, os revolucionarios civis, do exercito e da armada, louvando-os pela sua bravura e ardente patriotismo e pala magnanimidade com que trataram os vencidos, num momento em que seriam legitimas todas as represalias, e terminou com frases de sentida saudade pelos mortos.
Calorosos applausos coroaram as suas palavras.
Seguidamente foi arvorada no edificio dos Paços do Concelho a bandeira vermelha e verde, côres da bandeira sob a qual combateram os revolucionarios.
Este acto foi recebido pelo povo com grandes manifestações de regosijo.
E, para constar, se lavrou este auto que, depois de assignado pelos membros do Directorio presentes a este acto, por vereadores da Camara Municipal de Lisboa e cidadãos republicanos de representação, será archivado nesta Camara.

(ass.) Francisco Eusébio Leão
(ass.) José Relvas
(ass.) Innocencio Camacho Rodrigues
(ass.) José Barbosa
(ass.) A. Braamcamp Freire
(ass.) Carlos Victor Ferreira Alves

(ass.) Ventura Terra
(ass.) José Miranda do Valle
(ass.) Affonso de Lemos
(ass.) José Mendes Nunes Loureiro
(ass.) Manuel Antonio Dias Ferreira
(ass.) António Alberto Marques

(ass.) Affonso Costa
(ass.) Antonio José d'Almeida
(ass.) Manoel de Brito Camacho
(ass.) José Verissimo d'Almeida
(ass.) Ernesto Carneiro Franco
(ass.) Emygdio Mendes

(ass.) António Maria Malva do Valle
(ass.) Ernesto da Encarnação Ribeiro
(ass.) José M. de Moura B. Feio Terenas
(ass.) Joaquim Theophilo Braga
(ass.) António Aurélio da Costa Ferreira
(ass.) Luiz Filippe da Matta

PORTUGAL certidão de nascimento

"Alexandre, Bispo, Servo dos Servos de Deus, ao Caríssimo filho em Cristo, Afonso, Ilustre Rei dos Portugueses, e a seus herdeiros, 'in perpetuum'.

Está claramente demonstrado que, como bom filho e príncipe católico, prestaste inumeráveis serviços a tua mãe, a Santa Igreja, exterminando intrepidamente em porfiados trabalhos e proezas militares os inimigos do nome cristão e propagando diligentemente a fé cristã, assim deixaste aos vindouros nome digno de memória e exemplo merecedor de imitação. Deve a fé Apostólica amar com sincero afecto e procurar atender eficazmente, em suas justas súplicas, os que a Providência divina escolheu para governo e salvação do povo. Por isso, Nós, atendemos às qualidades de prudência, justiça e idoneidade de governo que ilustram a tua pessoa, tomamo-la sob a proteCção de São Pedro e nossa, e concedemos e confirmamos por autoridade apostólica ao teu excelso domínio o reino de Portugal com inteiras honras de reino e a dignidade que aos reis pertence, bem como todos os lugares que com o auxílio da graça celeste conquistaste das mãos dos Sarracenos e nos quais não podem reivindicar direitos os vizinhos príncipes cristãos. E para que mais te fervores em devoção e serviço ao príncipe dos apóstolos S. Pedro e à Santa Igreja de Roma, decidimos fazer a mesma concessão a teus herdeiros e, com a ajuda de Deus, prometemos defender-lha, quanto caiba em nosso apostólico magistério." 

esta bula emitida pelo Papa Alexandre III, a 23 de Maio de 1179, que declarou o Condado Portucalense independente do Reino de Leão, e D. Afonso Henriques, o seu soberano. Esta bula reconheceu a validade do Tratado de Zamora, assinado a 5 de outubro de 1143 em Zamora, pelo rei de Leão, e por D. Afonso Henriques.

domingo, 4 de outubro de 2020

o destino dos fundos europeus...

Uma empresa recém-criada, sem volume de negócios, recebe quase 250 mil euros de fundos europeu, acaba-se o periodo dos fundos e vai à falência. Para onde foi o dinheiro? Não sabemos.
Há dias assim. No meu último post aqui no Facebook apelei à criação de um portal com informação detalhada sobre o destino dos fundos europeus. A Agência para o Desenvolvimento e Coesão teve a gentileza de me responder que uma base de dados semelhante já existe. Eu abri a base de dados e, de facto, está lá informação sobre o beneficiário e o montante atribuído, assim como outras informações menos relevantes. Falta, claro, muita informação sobre o destino dos fundos, o critério para serem atribuídos e o plano de negócios para esses fundos. Mas o mais engraçado ainda está para vir...
Abri a base de dados, fiz um pequeno filtro para ver um exemplo de uma empresa que recebeu fundos. Foi, literalmente, escolhida à sorte, eu podia ter facilmente clicado no nome acima ou abaixo. A empresa chama-se "Alexandre Chaves, Unipessoal" e recebeu cerca de 247 mil euros. O projecto financiado decorreu de 1 de Abril de 2017 a 31 de Março de 2020. Por curiosidade, fui investigar a empresa nas bases de dados online e aqui fica a curiosa história desta empresa que levou 247 mil euros de fundos:
- Foi fundada a 13 de Setembro de 2016 por um cidadão residente no Brasil (um tal Alexandre Mendes Chaves)
- A 15 de Setembro de 2016, 2 dias depois, o Alexandre Chaves demite-se da empresa. No mesmo dia, um Alexandre Costa Primo Jaleco torna-se gerente da empresa.
- Seis meses depois de ser fundada com um capital social de 250 euros, a empresa recebe um fundo europeu de 247 mil euros para internacionalização (que sorte, uma empresa que tinha acabado de ser criada já a internacionalizar-se)
- Logo após o início do projecto financiado, a empresa comunica a mudança de gerência ao estado português (a tal que tinha acontecido em Setembro, mas ainda não comunicada)
- Em Março de 2020 acaba o tal projecto de internacionalização financiado por fundos europeus.
- Em Maio de 2020 a empresa entra em insolvência.
Uma empresa recém-criada, sem volume de negócios, recebe quase 250 mil euros de fundos europeu, acaba-se o periodo dos fundos e vai à falência. Para onde foi o dinheiro? Não sabemos.
Isto foi literalmente o primeiro caso que me apareceu à frente. Demorei 5 minutos a obter esta informação e nem quero tentar saber quem são estas pessoas (até pode ser tudo legítimo ou, pelo menos, legal). Se havia dúvidas sobre a necessidade de haver transparência com os fundos europeus... (por Carlos Guimarães Pinto no FaceBook)