As Forças Armadas organizam o “maior
desfile da democracia”, para comemorar o armistício de 1918,
e
as redes sociais
encheram-se de piadas sobre “as armas de Tancos”.
.
.
Entretanto, Presidente da República
e "primeiro ministro" lamentavam, a propósito, os “jogos de poder” ou “jogos
políticos” em volta das forças armadas.
Que “jogos” são esses? A que se referem
exactamente?
A verdade é que uma classe política
suficientemente habilidosa para
- ter deixado para trás a bancarrota de 2011 e
- a
prisão de um ex-primeiro-ministro por suspeita de corrupção em 2014, e
- as dezenas de mortos dos
incêndios de 2017,
parece estranhamente incapaz de
sacudir ou até de deslindar o caso do material de guerra furtado em Tancos.
Que se passou, que se passa? Mais:
que se vai ainda passar?
(in “Tancos,
ou o lado obscuro do regime” por Rui Ramos)