«Há um "modus
operandi" na forma como uma certa elite chega a elite. É gente que traz
pouco de trás, permitam lá a cacofonia, que subiu nos redemoinhos das jotas, a
manobrar e a vergar desde cedo, que cresce nos urros das claques, nos gabinetes
ministeriais ou institucionais, numa certa forma de dobrar as costas quando
posta a mesa. A olhar o prato com medo que fuja. Parecem subservientes.
Serventes. Mas não. São perigosos. Porque há um dia em que tomam conta da mesa.
Na política. Nas empresas. Nas instituições. Da bola, às associações». (in “Violência
subterranea” por Domingos De Andrade)