Nos anos 1940 parece não haver
melhor lugar no mundo para ser judeu do que os Estados Unidos. Mas quando
Franklin D. Roosevelt, ao tentar reeleger-se para um terceiro mandato, perde
para Lindbergh, o cenário se torna sombrio. O aviador é um ardoroso defensor da
Alemanha nazista, um homem para quem os Estados Unidos deveriam se defender da
diluição nas raças estrangeiras.
O que teria acontecido nos E.U.A. e
no mundo se o célebre aviador de ideias anti-semitas, Charles Lindbergh, se
tivesse apresentado às eleições em 1940 e tivesse derrotado Franklin Roosevelt?
Partindo deste cenário hipotético, Philip Roth conta o que foi para a sua
família e para um milhão de famílias judias em todo o país, a vida durante os
anos ameaçadores da presidência de Lindbergh. Num discurso transmitido
pela rádio à escala nacional, Lindbergh não só tinha acusado publicamente os
judeus de empurrarem egoistamente a América para uma guerra sem sentido com a
Alemanha nazi, mas também, ao tomar posse como trigésimo terceiro presidente
dos Estados Unidos, negociara um pacto cordial com Adolfo Hitler, cuja a
conquista da Europa e cuja virulenta política anti-semita ele parecia aceitar
sem dificuldade.