Tardou
nove décadas, e, colada pelo descaramento, a União Nacional lá se consagrou.
De repente (força de expressão),
espécimes que tropeçam na língua e na decência têm Portugal inteirinho nas
mãos. E não se prevê que o larguem. Pior: não se imagina quem queira obrigá-los
a largar. Dado que o CDS é uma coisa de “direita” liderada por uma devota da
regulação, a verdade é que uns 30% dos eleitores se encontram sem
representação. Nem esperança. [...]
Contas
por baixo, um milhão de votantes em 2015 não saberá no que votar em 2019,
se
entretanto as eleições não tiverem sido abolidas para evitar transtornos
divisionistas.
(in “A
consagração da União Nacional” por Alberto Gonçalves)