Para facilitar a compreensão,
transcrevo, na íntegra, a intervenção do senhor primeiro-ministro, de forma a
que possamos compreender em pleno o que foi dito.
Irei responder à sua pergunta, mas
antes disso, não resisto a citá-la. E a citá-la em dezassete de Janeiro deste ano,
dirigindo-se a mim, e eu agora ora dirijo-me a sim. “A minha pergunta é esta:
porque é que não nos fala da dívida?” E a senhora deputada andou apaixonada
pela dívida. Não foi só no dia dezassete de Janeiro, foi também no dia vinte e
sete de Janeiro que me voltou a perguntar pela dívida, e no dia oito de
Fevereiro, e no dia vinte e dois de Fevereiro, e no dia oito de Março, e no dia
vinte e dois de Março, e no dia vinte-seis de Abril, sempre a falar-me da
dívida… Quenhora deputada, porque é que não me fala mais da dívida? Senhora
deputada, já não está preocupada pela dívida?
[Sons de matilha de mastins com cio].
A sen… A senhora deputada tem aquela coerênça do salta-pocinhas. A sua pergunta
é sobre sobre o tema do dia. Agora o tema do dia é o Montepiu : vou-lhe
responder ao Montepiu . Primeiro o Montepiu . O Montepiu num é um banco
quauquer . O Bancopiu é o banco uma associação mutualista . E àçuciação
mutualista também num é uma entidade quauquer . É uma suciedade, é umentidade a
quem milhares de purtugueses confiaram as suas poupanças e peservar àssociação
mutualista é peservar a poupança de milhares de purtugueses . Segundo lugar:
como o dotor Pedro Santana Lopes já teve ocasião de esclarecer , o tema surgiu
depois da Santa Casa da Misericórdia ter manifestado interesse em participar no
sistema financeiro, foi um tema discutido dento da Santa Casa, o governo e o
Banco de Putugal , quer a Santa Casa, quer o guverno, quer Banco de Purtugal
entenderam quiera que num avia nenhum obstáculopolíticoà paticipação , quiera
seguramente do interesse dàçociassão mutualista , e que provavelmente seria do
interesse tamém da Santa Casa. O que foi dito é que num poderia ser feito esse
neg… essa intervenção se num fosse do interesse da Santa Casa e o provedor da
Santa Casa naturalmente, como pimeiro guardião doz interesses da Santa Casa,
tomou a decisão de mandar fazer umstudo , que como onté divulgó ainda num está
concluído, e sem o qual num é possível tomar quauquer decisão. Essa decesão
será tomada nu estrito respeito pela autonomia própria da Santa Casa da
Misericórdia de Lisboa, o governo naturalmente acompanha com interesse o tema,
mas sem o substituir, sem dar instruções, caliás estatutariamente não poderia
fazer. E por isso aguardemos que oestudos tejam concluídos, ca mesa da Santa
Casa tome as decisões que tiver a tomar, e depois aí puderemos pronunciarmos
sobre essa matéria. Agora, o que num queira é fazer aquilo que num existe, qué
pôr o primeiro-ministro a fazer de povedor de Santa Casa porque o ministro num
é provedor da Santa Casa, fazer do provedor de Santa Casa primeiro-ministro,
porque não é. Esse trabalho que tem fuito feito ao longo destes meses cum
grande lealdade e correcção entre o governo, o então governador e assim e… o
então provedor e seguramente continuará a ser assim feito ente o actual governo
e o actual provedor. Muito obrigado senh.
(in ”Transcrição integral e sem sal”por vitorcunha)
(in ”Transcrição integral e sem sal”por vitorcunha)