domingo, 9 de julho de 2017

uma “obra prima” da desinformação...

Desinformação ou Contra-Informação refere-se à acção, estratégia ou conjunto de recursos que visam a neutralizar ou dificultar o acesso à informação verdadeira (ou até à divulgação de informações falsas).
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 “.... em 2014, o Governo PSD/CDS liderado por Passos Coelho foi confrontado com uma exigência de mais dinheiro por parte dos accionistas da PPP. O executivo quis baixar em 30% os custos do SIRESP, mas só conseguiu cortar pouco mais de 9%. A comissão encarregada da renegociação não conseguiu encontrar provas documentais sobre as regras acordadas com o Governo anterior.” (SIRESP. Mais uma PPP a facturar à custa de dinheiro público)
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o texto integral desta noticia é uma “obra prima” do modo como “funciona” aquilo a que Cavaco Silva chamou de “tenebrosa máquina de propaganda do partido socialista”...
O modo como é escrito é um excelente de “desinformação”,
repare nestes exemplos:
“...em 2014, o Governo PSD/CDS liderado por Passos Coelho foi confrontado com uma exigência de mais dinheiro por parte dos accionistas da PPP. O executivo quis baixar em 30% os custos do SIRESP, mas só conseguiu cortar pouco mais de 9%” (aqui o uso do “mas” corta o efeito e desvia a atenção do leitor da verdadeira informação).
Melhor ainda quando separar deste, o período que se segue:
“A comissão encarregada da renegociação não conseguiu encontrar provas documentais sobre as regras acordadas com o Governo anterior.”
(quem é que se irá lembrar que o “governo anterior” teve dois MAI, quando no texto apenas é citado o Rui Pereira e que o contrato foi negociado e assinado pelo António Costa?)
Reparem também nesta “pérola” onde se oculta o nome do actual presidente do conselho:
o Governo de José Sócrates acordou com accionistas desta parceria público-privada (PPP) várias alterações ao contrato inicial mas sem provas documentais de que tenham sido legalmente assinadas.
e nesta, onde se oculta o António Costa e se responsabiliza o seu sucessor:  

As medidas terão sido negociadas com o então ministro da Administração Interna, Rui Pereira mas não foi encontrada qualquer autorização formal nos arquivos do Estado.”